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CE: mais cooperação regional para o turismo no Grande Delta após classificação do Centro Histórico de Macau


O Chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), Edmund Ho, disse hoje que o governo tenciona aproveitar a classificação do Centro Histórico do território como património mundial para ir mais além no reforço da cooperação regional em termos de desenvolvimento integrado do turismo. Na intervenção por ocasião do II Fórum de Cooperação da Região do Grande-Delta do Rio das Pérolas, em Sichuan, Edmund Ho afirmou que a interacção permitirá acelerar o valor da complementaridade, para a criação de uma imagem de marca e promoção conjunta da integração regional, no sentido de atingir os objectivos a curto prazo e exceder os resultados previstos da cooperação regional para o desenvolvimento integrado do turismo. A cerimónia de inauguração da segunda edição do Fórum decorreu esta manhã, na capital da província de Sichuan, Chengdu. O Chefe do Executivo, acompanhado pela delegação da RAEM, participou na cerimónia de abertura e teve uma intervenção durante o encontro de altas individualidades no âmbito do programa. Na ocasião, Edmund Ho salientou que a cooperação regional no Grande Delta já passou da fase de intenções para o aperfeiçoamento de mecanismos e a execução prática em que se reflectem já, nitidamente, os princípios da livre iniciativa e concorrência de mercado à cabeça e de abertura justa, complementaridade e benefícios mútuos, com resultados concretos bem vísiveis e alicerces firmes já lançados para um desenvolvimento sustentável no futuro. O mesmo responsável realçou a importância da fórmula “um princípio, dois sistemas” como base do estabelecimento da RAEM e factor principal para algumas das condições privilegiadas de Macau. O Chefe do Executivo prosseguiu a sua intervenção explicando que a cooperação regional no Grande Delta do Rio das Pérolas criou novas oportunidades de desenvolvimento da RAEM, que se traduzem simultaneamente, em primeiro lugar, na complementaridade entre a construção da plataforma de serviços comerciais e, em segundo, a definição da estratégia de optimização do tecido industrial. A primeira, representa um privilégio do sistema, e a segunda uma oportunidade real. A fusão orgânica das duas faz com que Macau, através de mecanismos como o CEPA, possa acelerar e estreitar os contactos económico-comerciais com o resto do país, para tornar realidade a integração económica com as restantes províncias e regiões do Grande Delta do Rio das Pérolas e, em conjunto, aproveitar as oportunidades para alargar cabalmente o espaço de desenvolvimento, disse. Edmund Ho afirmou que tanto o governo como os empresários da RAEM estão empenhados em dar mais passos no sentido de uma cooperação regional integrada no Delta do Rio das Pérolas. No que diz respeito à comparticipação de Macau, o governo local tem em mente, em primeiro lugar, a forma de fornecer serviços de excelência às províncias e regiões irmãs e como desempenhar um papel qualificado de plataforma, em conformidade com as necessidades objectivas do progresso industrial do território e os requisitos de execução pragmática da cooperação regional no Grande Delta do Rio das Pérolas, disse o Chefe do Executivo. E, o principal responsável da RAE continuou manifestando a certeza de que, com o tempo, seguindo de perto o progresso regional e do próprio território, o desenvolvimento social e económico de Macau será uma realidade simultânea. Edmund Ho afirmou que é intenção do governo reforçar ainda mais os trabalhos a vários níveis aproveitando a oportunidade do reconhecimento internacional dos recursos turísticos e culturais de Macau, com a inclusão do seu “Centro Histórico” na lista de património mundial da UNESCO, que só foi possível graças ao apoio do Governo Central e de toda a população. Em primeiro lugar, reforçar a protecção do património cultural e a preservação de identidade cultural de Macau; segundo, incentivar o desenvolvimento da indústria dominante em direcção do turismo de qualidade que englobe um conjunto de elementos de cultura, jogo e lazer; terceiro, dinamizar a cooperação turística com os parceiros do Grande-Delta do Rio das Pérolas, explicou o Chefe do Executivo. O mesmo responsável adiantou que o Grande Delta do Rio das Pérolas é uma região rica em recursos turísticos, com identidades específicas e uma forte complementaridade, estando convicto de que com as experiências da cooperação regional ainda mais alargada no Delta, a complementaridade de privilégios, o empenho e dedicação na criação de uma imagem de marca e a promoção conjunta, se conseguirá, num período relativamente curto, resultados ainda mais relevantes em matéria de interacção turística.
Edmund Ho abordou também o papel de intermediário de Macau, entre a China e os países de língua portuguesa, afirmando que ele foi mais uma vez confirmado aquando da sua visita oficial ao Brasil, no final do mês passado, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou do reforço da ligação com o governo de Macau no sentido de aproveitar da melhor forma os privilégios do território para apoiar a entrada de empresários e produtos brasileiros no mercado chinês. E, lembrou igualmente que, ainda no ano passado, ficou igualmente bem patente a importância que as entidades oficiais e sector empresarial português deram à visita de uma delegação de Guangdong e de Macau, a qual contribui, também, para reforçar a experiência da província e da RAE na organização conjunta de actividades de promoção comercial no exterior. Por isso, o governo de Macau quer dar ainda mais passos para a consolidação do papel privilegiado de intermediário entre Grande Delta do Rio das Pérolas e os países lusófonos, com vista a poder oferecer os melhores serviços e colaboração. O Chefe do Executivo sublinhou que um ambiente aperfeiçoado de mercado é requisito principal para a cooperação no Grande Delta do Rio das Pérolas e uma das prioridades das linhas da acção do governo de Macau, o qual está empenhado no fomento de um mercado justo, aberto e ordenado, melhoria de infra-estruturas, reforço da gestão, introdução de nova tecnologia, preservação e aperfeiçoamento do papel de porto franco, tendo reduzido recentemente as taxas do imposto complementar de rendimentos, para que as empresas do Grande Delta do Rio das Pérolas possam aproveitar melhor o papel de Macau como plataforma de comércio e serviços. “Cooperação, progresso pragmático, complementaridade para vantagens mútuas” depois de confirmados com a prática, são o motor de desenvolvimento estável e sustentável da cooperação no Grande Delta do Rio das Pérolas, cada vez mais aprofundada a diferentes domínios e com mais resultados reais, contando, por isso, com o apoio e dedicação do governo e de toda a população da RAEM nesse sentido.



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