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Ingerir de forma segura bolos de arroz


Ao som do rufar dos tambores dos barcos de dragão, aproxima-se a festividade do Barco de Dragão, do mês de Maio do Ano Lunar. A preparação dos bolos de arroz é uma tradição chinesa característica da festividade do Barco de Dragão. Embora os ingredientes dos bolos de arroz variem de região para região, todavia segundo a forma tradicional de preparação, utiliza-se o borace na confecção de bolos de arroz para ficarem mais duradouros no Verão, bem como mais agradáveis ao paladar. Na vida quotidiana, o borace pode servir como detergente para limpeza ou medicamento para eliminar os insectos e formigas. Mas o borace detido no corpo humano pode-se transformar em ácido bórico e acumular-se no organismo, podendo com o tempo originar uma lenta lesão dos órgãos essenciais como fígado e rins e, em caso grave, pode afectar o sistema nervoso central até à morte. Existe também um relatório a indicar que pode prejudicar o feto, havendo a possibilidade de este ficar com malformação congénita. Com vista a assegurar a saúde dos consumidores, e com a aproximação da festividade do Barco de Dragão, os Serviços de Saúde analisaram aleatoriamente alguns bolos de arrroz existentes no mercado para averiguar sobre a situação do borace. Segundo o resultado da análise, dos 30 bolos examinados, 10 (33.3%) contêm o borace. A maior parte destes provêm das tendinhas e lojas. Como o borace afecta a saúde do ser humano, os Serviços de Saúde não recomendam que esta substância seja usada como aditivo alimentar. A Autoridade Sanitária já solicitou às tendinhas e lojas para cessar o fabrico e a venda destes bolos de arroz. Os confeccionadores de alimentos têm a responsabilidade pelo fornecimento de géneros seguros aos consumidores, não devendo adicionar aos bolos de arroz quaisquer conservantes, nomeadamente, o borace. É aconselhável a substituição de borace por “Sodium Trimeraphosphate”, uma vez que esta substância dissolvida na água, pode atingir um efeito semelhante no sabor e é mais segura. Os confeccionadores, para além de obterem as matérias-primas de fornecedores fidedignos, também devem cumprir as normas higiénicas de segurança alimentar, quanto à confecção, ao tratamento e à conservação dos bolos de arroz. Aumentar o alerta quanto à segurança alimentar é responsabilidade de cada um dos consumidores. Para que possamos passar com alegria a Festa do Barco de Dragão, o Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde sugere que os cidadãos adquiram os bolos de arroz em estabelecimentos que lhes mereçam confiança e com alvará, quer dizer, nunca nos vendedores ambulantes sem alvará. Ao adquirir os bolos de arroz, os cidadãos devem prestar atenção às boas condições de embalagem e de conservação, as quais devem ser mantidas na temperatura de 4.o graus ou inferior, não sendo adequada a sua conservação por um longo período de tempo. Antes do consumo, estes bolos devem ser bem reaquecidos (geralmente, é necessário mantê-los na água fervida durante quinze minutos, permitindo-lhes atingir a temperatura de 75o C no interior). De qualquer maneira, não é adequado o consumo excessivo destes bolos, pois a sua composição é de alta gordura proveniente da gema de ovo e toucinho, especialmente, para grupos específicos, com sensibilidade à quantidade de gordura. Embora no mercado existam alguns bolos de arroz que satisfazem os critérios de higiene e saúde, os cidadãos devem ser frugais no seu consumo, evitando ingeri-los nas três refeições diárias e, de preferência, devem procurar acompanhá-los com frutos, vegetais e legumes frescos, a fim de manter equilibradas as necessidades de nutrição.



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