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Seminário sobre o Desenvolvimento do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa


Realizou-se no dia 17 de Maio em Pequim, o Seminário sobre o Desenvolvimento do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa. Foram convidados para este seminário vários peritos e estudiosos do Instituto de Investigação da América Latina da Academia das Ciências Sociais, do Centro de Pesquisa das Questões da África do Instituto de Investigação da Ásia e África da Universidade de Pequim, do Centro de Pesquisa de Taiwan, Hong Kong e Macau da Universidade de Pequim, Instituto de Pesquisa das Relações Internacionais, do Departamento do Canal Português da Rádio Internacional da China, da Companhia Geral Ultramarina de Engenharia da China e da Companhia de Tecnologia Agrícola Yuan Long Ping. O seminário foi presidido por Wang Chengan, com a presença do Embaixador de Moçambique na China, António Inácio Junior,antigo Embaixador da China em Eritreia e os Primeiros-Secretários das Embaixadas de Portugal e da Guiné Bissau. Rita Santos começou por fazer uma apresentação da política de "estabelecer relações com territórios e países distantes e consolidar a integração com países e territórios vizinhos", explicando duma forma sucinta o papel que o Secretariado Permanente do Fórum desempenha desde a sua criação em 2004. O Professor da Universidade de Pequim, Xu Yamin, fazendo uma história do comércio entre a China e o exterior, salientou que o papel de Macau na promoção da cooperação económica entre a China e os Países de Língua Portuguesa, é cada vez mais evidente, especialmente em termos das vantagens linguísticas e da cooperação económica regional. Em termos de cooperação económica regional, a China e os Países de Língua Portuguesa têm uma complementaridade forte. Macau como parte integrante da Região do Grande Delta do Rio das Pérolas e disfrutando do acordo CEPA, pode servir de plataforma para as pequenas e médias empresas daquela região para explorar o mercado dos países lusófonos. O Professor Lu Tingen, do Centro de Pesquisa das Questões de África do Instituto de Investigação da Ásia e África da Universidade de Pequim, ao falar sobre as relações de cooperação económica e comercial entre a China e os países africanos de língua portuguesa, disse que deve ser resolvido, em primeiro lugar, a questão da ajuda a África, devendo ser considerada em função da realidade dos países africanos. A seguir, deve-se privilegiar o incentivo ao investimento em projectos dos sectores de maior potencial em cada um dos países, com o objectivo de se fazer o que fôr mais adequado. Por último, conforme as características dos países lusófonos de África e a realidade da China, deverá considerar-se a possibilidade de se desenvolverem as áreas da agricultura, das infra-estruturas e da formação profissional. Quanto às perspectivas de desenvolvimento das relações económicas e comerciais entre a China e o Brasil, o Professor do Instituto de Pesquisa da América Latina da Academia das Ciências Sociais, Zhang Yuyu, referiu que o PIB do Brasil em 2004 foi de 649 mil milhões de dólares americanos, ocupando o décimo lugar do mundo. Tem ricos recursos naturais, oferece uma grande complementaridade em termos económicos e comerciais com a China, referiu. No entanto, ao desenvolverem-se as relações sino-brasileiras, é também necessário estar alerta para alguns factores, como por exemplo, as diferenças na cultura e na política. O gerente geral da Companhia Geral Ultramarina de Engenharia da China, empresa eleita consecutivamente nos últimos dez anos, como um dos 225 maiores empreiteiros do mundo pela revista americana “Engineering-News Record”, Fang Yuanming, disse que o seu grupo está empenhado de uma forma activa a desenvolver os seus negócios nos países lusófonos, inclusivamente a participação em obras em Angola, no âmbito da ajuda ao exterior por parte do governo chinês, através do estabelecimento duma companhia holding em Macau, tendo em vista aprofundar o conhecimento sobre o mercado dos países lusófonos. No caso da exploração de mercados ultramarinos, este gerente avançou com algumas ideias inovadoras sobre a transferência de tecnologia, aquisição de obras, empreitadas gerais, para além das formas tradicionais de assistência financeira e de concursos públicos. Abordou ainda as hipóteses de cooperação multilateral, cooperação entre bancos e empresas, visando criar uma nova forma de cooperação e um novo modelo de desenvolvimento. Salientou ainda Fang Yuanming que, através da plataforma de Macau, pode-se conhecer directamente a situação e as necesidades dos Países de Língua Portuguesa. Por exemplo: as grandes potencialidades na área petrolífera e de diamantes de Angola; os recursos minerais do Brasil; as pescas de Cabo Verde; os recursos de pescas e as potencialidades de exploração de alumínio e fosfatos na Guiné Bissau; as reservas de tântalo de Moçambique, que ocupa o primeiro lugar no mundo; o mármore e a cortiça de Portugal; e o petróleo e o gás natural de Timor-Leste. Num balanço geral, Wang Chengan referiu que este seminário foi uma actividade muito importante das acções de acompanhamento do Fórum, na medida em que as opiniões das autoridades governamentais, dos peritos e estudiosos e das elites empresariais, ajudam o Secretariado Permanente do Fórum no futuro, a desempenhar melhor o seu trabalho. Manifestou ainda que espera que as individualidades dos sectores sociais, continuem a aconselhar o desenvolvimento do Fórum. O Secretariado Permanente irá compilar as intervenções do seminário, que estiveram a cargo de Zhao Shuqing, Sun Yanfeng, Wang Zhigen, Huang Zequan, Yu Huijuan, Wang Heng, Chai Zhijing, Pang Jian, Hong Xuejun, Zhang Xihuan, Liu Bing e Wai Tong Kuan. Com a realização em Outubro de 2003 em Macau, do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, as visitas mútuas de alto nível e as actividades entre os países participantes, tornam-se cada vez mais activas, aumentando também a cooperação recíproca e o intercâmbio de pessoal. Macau como plataforma económica e comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa está já a produzir efeitos reais. A cooperação económica e comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa no quadro do Fórum, está já com um ritmo acelerado, tendo o valor global do comércio entre a China e os Países de Língua Portuguesa atingido em 2004, os 18 mil 266 milhões de dólares americanos, registando-se um aumento de 63,82% em comparação com 2003.



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