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Autoridades de segurança empenham-se na prevenção e combate às actividades ilegais


A análise dos dados estatísticos da criminalidade e dos trabalhos de execução da lei em Macau, entre os meses de Janeiro e Setembro de 2021, demonstra que a polícia instaurou um total de 8.802 inquéritos criminais, o que traduz uma subida de 24,1 por cento relativamente ao período homólogo de 2020. Este incremento pode estar relacionado com o aumento relativo do número de turistas, a lenta recuperação da economia desde a epidemia, a subida do tempo e da frequência no uso da internet pelo público para conhecer amigos e fazer compras, bem como o reforço da cooperação policial com as regiões vizinhas no desmantelamento de várias associações criminosas transfronteiriças, entre outros factores.

O número de casos registados nos primeiros três trimestres deste ano situa-se entre os números registados no mesmo período homólogo de 2020 (7.092 casos) e de 2019 (10.598 casos), evidenciando-se um crescimento dos crimes cibernéticos. Entretanto, verificou-se também uma subida de crimes relacionados com a troca ilegal de moeda.

Simultaneamente, as burlas praticadas através da internet também registaram um aumento rápido nos últimos anos, nomeadamente aquelas relacionadas com encontros românticos e investimentos online (burlas do tipo“sha zhu pan”). Nos primeiros três trimestres registou-se uma subida de 50 por cento e 18,8 por cento, respectivamente, comparado com o período homólogo do ano passado. De forma geral, entre o mês de Outubro do ano passado e a primeira metade do corrente ano, o número de crimes informáticos aumentou substancialmente, sendo que, nos primeiros nove meses do corrente ano, a subida foi de 279,6 por cento, comparativamente a período homólogo do ano passado. Entre estes crimes, de notar o aumento dos casos de furtos de dados dos cartões de crédito para compras online.

Entre os meses de Janeiro e Setembro de 2021, os casos de “criminalidade violenta” também subiram em cerca de 20 por cento, em comparação com o período homólogo do ano passado. No âmbito dos crimes de violência grave, tais como de “rapto”, de “homicídio” e de “ofensas corporais graves”, manteve-se uma situação boa, de taxa zero ou de casuística muito baixa. Também foi verificado um aumento dos casos de “crimes contra as pessoas”, de cerca de 17 por cento, face a igual período de 2020; os crimes vulgarmente conhecidos por “cárcere privado” cresceram sete por cento comparativamente com o período homólogo do ano 2020; os crimes vulgarmente conhecidos por “agiotagem” tiveram um aumento ligeiro de 5,3 por cento; e os crimes de “burla” ampliaram 47 por cento. Também foi registada uma ligeira subida dos casos de “violação”, com os dados estatísticos a demonstrarem que mais de metade ocorreram em quartos de hotel, com 70 por cento das vítimas a sofrerem violações quando se encontravam em estado de embriaguez. A polícia atribui grande importância a este tipo de casos, tendo reforçado as inspecções junto aos locais de entretenimento e nos arredores destes, bem como procedido com a devida divulgação e sensibilização.

Quanto aos casos de tráfico de droga, também houve um crescimento de mais de 20 por cento, em comparação com o período homólogo do ano passado. No entanto, a Lei n.º 10/2021, alteração da Lei n.º 17/2009 “Proibição da produção, do tráfico e do consumo ilícitos de estupefacientes e de substâncias psicotrópicas”, que entrou em vigor em meados de Julho do corrente ano, irá ajudar a polícia de Macau a continuar a reforçar a prevenção e o combate aos crimes relacionados.

Para reprimir a rede de contrabandistas, entre Janeiro e Setembro do corrente ano, os Serviços de Alfândega efectuaram, conjuntamente com o Corpo de Polícia de Segurança Pública, o Instituto para os Assuntos Municipais, os Serviços de Saúde, entre outros serviços, mais de 30 acções de combate a esta actividade, tendo detectado cerca de 160 casos de infracções. As autoridades de segurança incentivam os cidadãos a procederem activamente a denúncias, quando deparados com situações relacionadas com contrabando.

Nos primeiros três trimestres do corrente ano, a polícia usou o “Sistema de Videovigilância em Espaços Públicos de Macau”, vulgarmente conhecido por “Olhos no céu”, com método de auxílio à investigação de mais de 2.600 casos, representando cerca de 30 por cento do número total de casos, os quais incluíram a criminalidade violenta, nomeadamente crimes de “ofensas graves à integridade física”, “rapto” e “fogo posto”.

Já entre Agosto e Outubro do corrente ano, Macau sofreu com a situação epidémica e a passagem de tufões, pelo que a estrutura de protecção civil teve de ser activada. E com a colaboração activa do público, conseguiu-se, assim, reprimir a propagação comunitária da epidemia e reduzir significativamente os danos e prejuízos causados por tufões. A situação recente da epidemia em Macau permanece, por enquanto, sob controlo, graças aos esforços envidados por todas as partes, e a tutela da segurança irá continuar a empenhar-se no prosseguimento da política de prevenção da epidemia do Governo da Região Administrativa Especial de Macau de “prevenir casos importados e evitar o ressurgimento interno”. Simultaneamente vai acompanhar de perto e analisar a tendência de mudança nos diferentes tipos de crimes, reforçar a cooperação com os outros serviços e as regiões vizinhas, e ajustar atempadamente a forma de organização da polícia, tomando medidas eficazes para prevenção e combate às actividades ilegais.

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