Saltar da navegação

Os Serviços de Saúde apelam aos residentes no sentido de prevenir a Febre Dengue


A situação epidemiológica da Febre Dengue ainda se encontra em estado grave a nível mundial. Na Tailândia, país para o qual os residentes de Macau viajam com frequência, registou-se até Julho do corrente ano um número de 20000 casos, que é próximo do número total de casos do ano 2004 e dois terços dos casos verificados em 2005. Actualmente, Macau registou 2 casos importados da Tailândia e a situação epidemiológica da região vizinha, a Província de Guangdong, também é desfavorável. Até 31 de Agosto, registou-se na Província de Guangdong um número de 124 casos e existindo uma tendência para o aumento. Até 30 de Agosto, Taiwan registou um número acumulado de 119 casos locais de febre dengue contra 21 casos do mesmo período do ano transacto. A fim de avaliar a situação epidemiológica da Febre Dengue na Província de Guangdong e adquirir experiências quanto à prevenção e controlo e em resposta ao convite dos Serviços de Saúde da Província de Guangdong, o Centro de Controlo e Prevenção da Doença enviou no dia 30 de Agosto dois médicos para Cantão a fim de participar na Reunião sobre a apresentação do trabalho quanto à prevenção e tratamento da Febre Dengue presidida pelos Serviços de Saúde da Província de Guangdong. Os representantes dos Serviços de Saúde e os peritos e dirigentes das entidades médicas da Província de Guangdong, do Ministério da Saúde e do Centro de Controlo e Prevenção da Doença realizaram vivos debates, bem como visitaram os locais de epidemia da Cidade de Cantão. Desta actividade resultou grande vantagem para os representantes dos Serviços de Saúde. De acordo com a apresentação dos peritos da China Continental, os diversos recipientes e águas estagnadas encontradas nos domícilios (incluindo jarras, base dos vasos, recipientes para lixos e outros) são as fontes essenciais de proliferação do vector de transmissão da Febre Dengue, o mosquito “Aedes Albopictus”. No que diz respeito aos viajantes que viajam nas regiões do Sudeste Asiático afectadas por Febre Dengue são estes a fonte dos casos importados de Febre Dengue. Os peritos prevêm que o pico da epidemia se dê no mês de Setembro do corrente ano.
O clima e o ambiente geográfico de Macau é muito semelhante ao da Cidade de Cantão, e nos últimos tempos existe um pico de movimentação de mosquitos “Aedes Albopictus” e, quanto maior o número de residentes regressados das Regiões do Sudeste Asiático maior o risco de ocorrência de Febre Dengue em Macau. Assim os Serviços de Saúde apelam aos residentes de Macau para adoptarem as seguintes medidas de prevenção de Febre Dengue: Os residentes ao viajarem devem vestir roupas com mangas compridas e calças, bem como devem aplicar repelente anti-mosquito nas parte do corpo expostas. Os residentes após terem viajado para fora do território, se padecerem de sintomas de febre e, em especial acompanhada de errupção cutânea, devem de imediato consultar o médico. Dez recomendações para eliminar a fonte da proliferação dos mosquitos “Aedes” Os mosquitos “Aedes” gostam de reproduzir-se em pequenas quantidades de água estagnada, na sombra. A fim de impedir a proliferação dos mosquitos “Aedes”, os cidadãos devem prestar atenção às seguintes dez recomendações: 1. Não abandonar lixos, especialmente, garrafas vazias, latas, vasilhas, caixas de comida, copos plásticos, sacos plásticos, resíduos da construção civil e outros objectos que podem acumular água, nos espaços devolutos, casas abandonadas ou pátios, terraços e beirais de telhados dos prédios; 2. Limpar todos os recipientes que possam acumular água no interior e exterior da casa ou, em caso de impossibilidade, colocar os recipientes de forma invertida ou removê-los; 3. Lavar, pelo menos uma vez por semana, jarras e vasos para flores ou plantas, sendo também necessário mudar a água que ali contida; evitar utilizar bases de vasos, e, em caso de utilização, evitar a acumulação de água; remover a água na base dos frigoríficos, de tipo mais antigo, e limpá-la uma vez por semana; evitar a água estagnada na base do ar condicionado; 4. Evitar abandonar pneus ao ar livre ou utilizá-los como instalação contra-choque; caso necessário, fazer neles furos para evitar a água estagnada; 5. Tapar e limpar periodicamente os depósitos de água nos terraços dos prédios; cobrir os poços com a respectiva tampa; evitar depositar água nos baldes e tinas e caso necessário, cubri-los bem com tampas e limpá-los, mudando a água uma vez por semana; 6. Utilizar cimento, barro, areia, esponja ou outros materiais para encher covas, tanques profundos e baixas com água estagnada, bem como troncos de bambu cortados, buracos de árvore, grutas, jarras e vasos fixos nos cemitérios; 7. Ligar todos os esgotos à rede pública de esgotos; limpar periodicamente os esgotos, canais e valas, mantendo-os desimpedidos; 8. Evitar a fuga de água nos canais de água, contador de água, bem como sistemas de incêndio e esgotos; 9. Possibilitar a criação de peixes (gambusia affinis, poecilia reticulata ou macropodus opercularis) ou outros seres que comam larvas de mosquito nos tanques, reservatórios e poços que não podem ser limpos. 10. Quanto aos tanques e às jarras para plantas aquáticas ou algumas espécies de ninfeáceas, tais como lótus ou nenúfares, se não for possível utilizar os métodos acima referidos para remover a água estagnada nestes recipientes, deve-se periodicamente, aplicar insecticida para matar as larvas de mosquito. (Para quaisquer informações, é favor contactar com as Equipas Sanitárias Comunitárias dos Centros de Saúde.)