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Resultados do inquérito às necessidades de mão-de-obra e às remunerações referentes ao 4º trimestre de 2021


A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) disponibiliza os resultados do Inquérito às Necessidades de Mão-de-Obra e às Remunerações referentes ao quarto trimestre de 2021. O âmbito estatístico do inquérito deste trimestre engloba os ramos de actividade económica: do “comércio por grosso e a retalho”; dos “transportes, armazenagem e comunicações”; das “actividades de segurança” e das “actividades de tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos”. Excluíram-se do objecto estatístico deste inquérito os trabalhadores por conta própria.

No fim do quarto trimestre de 2021 encontravam-se ao serviço 62.624 trabalhadores no “comércio por grosso e a retalho”, menos 1,7%, face ao fim do trimestre homólogo de 2020, realçando-se que 39.417 trabalhavam no “comércio a retalho”, menos 0,3%. Em Dezembro de 2021 a remuneração média (excluindo as participações nos lucros e os prémios) dos trabalhadores a tempo completo do “comércio por grosso e a retalho” cifrou-se em 13.980 Patacas, correspondendo a um decréscimo de 3,5%, em comparação com Junho de 2021 e a um aumento de 3,9%, em termos anuais.

Nos “transportes, armazenagem e comunicações” existiam 13.783 trabalhadores ao serviço, este número foi semelhante ao registado no fim do quarto trimestre de 2020. Em Dezembro de 2021 a remuneração média dos trabalhadores a tempo completo fixou-se em 21.390 Patacas, menos 2,0%, em termos anuais.

As “actividades de segurança” tinham 13.028 trabalhadores ao serviço, menos 3,6%, em termos anuais. A remuneração média dos trabalhadores a tempo completo em Dezembro de 2021 foi de 13.580 Patacas, mais 2,2%, em termos anuais.

Nas “actividades de tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos” havia 956 trabalhadores ao serviço, mais 1,7%, em termos anuais. Os trabalhadores a tempo completo tiveram uma remuneração média de 18.020 Patacas em Dezembro de 2021, equivalendo a uma descida de 3,6%, em termos anuais.

O número de vagas no “comércio por grosso e a retalho” (1.836) diminuiu 420, em termos anuais, porém, nas “actividades de segurança” (1.170) aumentou 116.

Em relação aos requisitos de recrutamento, apenas o nível académico inferior ou equivalente ao ensino secundário geral era exigido na maioria das vagas das “actividades de segurança” (86,7%) e do “comércio por grosso” (72,0%). O ensino superior era requerido em 18,8% das vagas dos “transportes, armazenagem e comunicações”. Quanto aos conhecimentos linguísticos, o domínio do mandarim e o do inglês eram exigidos em 59,0% e 37,1% das vagas do “comércio a retalho”, respectivamente. Os domínios destes idiomas eram exigidos em 50,2% e 46,2% dos postos vagos das “actividades de segurança”, respectivamente.

No ramo do “comércio a retalho” a taxa de recrutamento de trabalhadores (4,6%) subiu ligeiramente 0,1 pontos percentuais, em termos anuais, enquanto a taxa de rotatividade de trabalhadores (4,3%) e a taxa de vagas (4,0%) caíram 1,3 e 0,9 pontos percentuais, respectivamente. Estes indicadores indicam que foram preenchidas algumas vagas neste ramo de actividade económica. No ramo dos “transportes, armazenagem e comunicações” a taxa de recrutamento de trabalhadores (4,6%) cresceu 0,7 pontos percentuais, em termos anuais, enquanto a taxa de rotatividade de trabalhadores (3,3%) e a taxa de vagas (3,4%) desceram 2,5 e 0,5 pontos percentuais, respectivamente. Estas taxas relevam que a perda de recursos humanos neste ramo de actividade económica melhorou ligeiramente.

Quanto à formação profissional, nos ramos de actividade económica do inquérito referente ao trimestre em análise, 42.989 participantes frequentaram 1.428 cursos de formação fornecidos pelos estabelecimentos (isto é, cursos organizados pelos estabelecimentos ou realizados em conjunto com outras instituições, ou subsidiados pelos estabelecimentos). Destaca-se que 44,8% dos estabelecimentos das “actividades de segurança” e 25,0% dos estabelecimentos das “actividades de tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos” forneceram formação profissional aos seus trabalhadores. O número de formandos do ramo do “comércio por grosso e a retalho” foi o mais elevado, isto é, 19.997, os quais assistiram a 1.068 cursos de formação profissional. Analisando por tipo de curso, observou-se que no ramo do “comércio por grosso e a retalho” os cursos de “comércio e gestão” e de “serviços” foram os que tiveram os maiores números de formandos, ou seja, 73,8% e 13,0%, respectivamente. No que concerne ao pagamento da formação, foram pagos pelos estabelecimentos os encargos de mais de 70% dos formandos dos ramos deste inquérito, com excepção do ramo das “actividades de tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos”.