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Resultado da pesquisa sobre a fonte de proliferação de mosquitos nos barcos de pesca, no período de defeso, realizada pelos Serviços de Saúde em 2006


Para efeitos de avaliação da quantidade e situação da fonte de proliferação de mosquitos nos barcos de pesca, no período de defeso, em Macau, os Serviços de Saúde realizaram, entre 01 e 07 de Junho, a necessária investigação. De acordo com o resultado desta pesquisa, os três índices que mostram a possibilidade de propagação da febre dengue situaram-se num nível considerado satisfatório. Há a possibilidade dos barcos de pesca puderem trazer para Macau vários tipos de mosquitos portadores de vírus provindos de outros territórios, na sequência de uma eventual viagem de longa distância. Assim, os Serviços de Saúde, a partir do ano 2002, juntamente com a Capitania dos Portos e a Associação de Ajuda Mútua dos Pescadores têm procedido, anualmente, no período de defeso, à investigação da fonte de proliferação de vectores e à divulgação dos conhecimentos sobre a febre dengue, sendo os destinatários os barcos que ancoram no porto interior, para que os pescadores possam conhecer melhor a fonte de proliferação de mosquitos, os quais podem ser transmissores da febre dengue. Entre 01 e 07 de Junho do corrente ano, os Serviços de Saúde procederam novamente à investigação sobre a fonte de proliferação de mosquitos nos barcos de pesca, por ocasião do período de defeso. Durante a pesquisa, os trabalhadores dos Serviços de Saúde também deram apoio aos pescadores quanto à identificação da fonte de reprodução de mosquitos e à sua eliminação, a fim de atingir-se o objectivo de prevenir a infecção da febre dengue pelos mosquitos. O Índice Bretaeu é a proporção do número de recipientes com larvas ou crisálidas que podem ser transmissores da febre dengue, para um determinado número de barcos de pesca objecto de pesquisa, multiplicada por 100 (cem). Quanto mais alto for o índice, maior é a possibilidade de propagação da febre dengue. Conforme os resultados da presente pesquisa, o valor médio deste índice foi de 1,23. O Índice de Habitação é o número de barcos de pesca que têm recipientes com larvas ou crisálidas que podem ser transmissores da febre dengue, em 100 (cem) barcos de pesca, sendo 1,23% o valor desta pesquisa. O Índice de Recipiente indica o número dos recipientes com larvas ou crisálidas que podem ser transmissores da febre dengue, em cada 100 (cem) recipientes com água, sendo o valor médio deste índice 0,18%. De acordo com a experiência, se o Índice de Habitação é superior a 18%, o Índice de Recipiente é superior a 10% ou o Índice Bretaeu é superior a 20, é possível ocorrer um surto de febre dengue. Se o Índice Bretaeu for inferior a 5, não é muito provável o início do surto da doença. Conforme esta pesquisa, os três índices mostraram que está afastado o perigo da sua propagação. De acordo com a tendência de ocorrência de um grande surto de febre dengue nos últimos dez (10) anos, a Organização Mundial da Saúde calcula que o presente ano e o próximo também sejam anos de pico para o surto da febre dengue, especialmente na região do Sudeste Asiático, havendo a possibilidade de ocorrer uma epidemia. Actualmente, em Macau, existe um período de alto risco para a propagação da febre dengue. O resultado desta pesquisa sobre os três índices que mostram a possibilidade de propagação da febre dengue nos barcos de pesca é satisfatório, mas, se os pescadores abrandarem o trabalho de eliminação dos mosquitos nos barcos, é possível a qualquer momento transportarem os vectores que podem transmitir a febre dengue em Macau. Assim, os Serviços de Saúde apelam aos pescadores e cidadãos que não devem abrandar o trabalho de eliminação das fontes de proliferação de mosquitos nos barcos de pesca e no interior e exterior das casas; quando viajarem ou pescarem, devem adoptar medidas para evitar a picada dos mosquitos; se, depois do regresso a Macau, aparecerem sintomas como febre e erupção cutânea, devem recorrer, logo que possível, ao médico e tomar medidas para evitar os mosquitos, não podendo protelar o tratamento médico, sob pena de provocarem a propagação da doença.