O Chefe do Executivo, Edmund Ho, que se encontra em Kunming para o 3º Fórum para a Cooperação e Desenvolvimento da Região do Grande Delta do Rio das Pérolas (RGDRP), referiu hoje (6 de Junho) que esta região pode e tem capacidade para desempenhar um papel mais determinante na construção da ponte entre a China e a zona de mercado livre da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) . Edmund Ho, no discurso proferido durante a reunião com os ministros do comércio da ASEAN, adiantou ainda que uma grande parte dos territórios da RGDRP faz fronteira com países membros da Associação, com uma relação geográfica e entre pessoas bastante propícia para afirmar o papel de ponte na cooperação. E, que a Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), com as suas características próprias e no contexto de “9+2”, tem igualmente envidado esforços para poder ser utilizada como plataforma de comércio e serviços, essencialmente no âmbito do papel de elo de ligação entre a China e os países de língua oficial portuguesa, acrescentou o mesmo responsável. O Chefe do Executivo disse ainda que o papel de Macau de intermediário na oferta de serviços ficou mais evidente após o sucesso da realização do primeiro Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países da Língua Portuguesa em 2003 e a constituição do respectivo Secretariado Permanente. No três anos seguintes, ficaram patentes os mecanismos de cooperação multilateral em geral e o papel de plataforma de Macau. As relações sino-lusófonas evoluem com grande dinamismo e determinação de todas as partes envolvidas gerando, além de um espaço alargado de cooperação, muitas e novas oportunidades de comércio. O Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e o Países de Língua Portuguesa terá este ano a 2ª Conferência Ministerial, realizada em Macau, que representará, certamente, mais um dos passos para a afirmação do papel local no reforço da cooperação como os referidos países, contando ainda, para o efeito, com a colaboração dos parceiros da RGDRP. Se, por uma lado, os países amigos da ASEAN podem contar com os serviços articulados da RAEM no processo de procura e abertura do mercado lusófono, os empresários de Macau desejam e estão disponíveis para a exploração de novas possibilidades comerciais no sudeste asiático, disse Edmund Ho. E, os empresários chineses residentes em Macau, com relações pessoais e comerciais próximas e um bom conhecimento sobre a ASEAN, são já hoje os pioneiros para a consolidação do papel de intermediário. Daí, mais uma razão, pois, para defender, de forma inequívoca, esta conjugação de esforços entre o governo e a sociedade civil, para o incremento gradual e duradouro da qualidade dos serviços prestados e oferecidos enquanto elemento mediador, acrescentou. O Chefe do Executivo finalizou o discurso dizendo que Macau, com as suas potencialidades específicas, vai contribuir para a edificação de uma ponte de cooperação dinâmica e promissora entre a ASEAN e a Região do Grande Delta do Rio das Pérolas. Edmund Ho e comitiva deslocaram-se, esta manhã, até ao Centro Internacional de Convenções e Exposições de Kunming, visitaram o pavilhão da bolsa de contactos e negócios, onde tiraram fotografias com os empresários de Macau, e participaram na cerimónia de abertura do seminário e de assinatura de protocolos de cooperação em projectos conjuntos. À tarde, o chefe do Executivo, Edmund Ho e os responsáveis máximos das outras províncias e territórios do “9+2” têm um almoço oferecido pelo vice-Primeiro-Ministro e ministro do Comércio da Tailândia, Somkid Jatusripitak.