De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) no 1º trimestre de 2006, a duração média mensal da Carteira de Encomendas dos industriais inquiridos em Abril de 2006 era de 3,17 meses, número superior em 6,0% à carteira do trimestre anterior (2,99 meses), mas inferior em 0,3% à registada em igual período do ano passado (3,18 meses).
A Carteira de Encomendas com maior duração é detida pelas empresas dos sectores de “Vestuário e Confecção” (3,31 meses) e “Calçado” (2,71 meses), seguindo-se “Outros Sectores” (1,72 meses).
Relativamente aos mercados de destino das exportações, os EUA e a UE são os principais mercados para as exportações de Macau, seguindo-se o Canadá. Quanto aos mercados de outros países da Europa, América Latina, Austrália, outras regiões da Ásia-Pacífico, Médio Oriente, África e Japão, esses continuaram a apresentar comportamentos desfavoráveis, com uma situação de Carteira de Encomendas fraca.
No contexto das perspectivas quanto à evolução das exportações nos próximos seis meses, o conjunto das empresas inquiridas que antecipavam uma situação favorável foi de 52,3%, o que representa um decréscimo em relação ao trimestre anterior (56,5%), mas um crescimento em relação ao período homólogo do ano passado (48,3%). Destas, 39,1% previam um ligeiro crescimento, e 13,2% um forte aumento nas exportações. Entretanto, 32,5% das empresas inquiridas previam uma situação de estagnação, 8,8% um ligeiro decréscimo e 6,4% uma forte declínio nas exportações.
Quanto ao mercado de trabalho, as empresas inquiridas afirmaram que o número de trabalhadores do sector industrial exportador teve um decréscimo de 5,6% e de 9,0% relativamente ao trimestre anterior e face ao período homólogo do ano passado, respectivamente. Ao mesmo tempo, 62,5% das empresas exportadoras apontaram para uma insuficiência de trabalhadores, valor esse pouco inferior em relação ao trimestre anterior (65,5%), bem como face ao período homólogo do ano transacto (64,3%), destacando-se o sector de “Vestuário e Confecção”, com 69,6% das respectivas empresas inquiridas.
De acordo com os resultados do Inquérito, nas actividades de exportação do último trimestre, 67,4% das empresas inquiridas enfrentaram o problema de “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro”, 67,3% de “Preços Elevados das Matérias-Primas”, 62,7% “Insuficiência de Trabalhadores” e 37,7% de “Salários Elevados”. Relativamente aos problemas acima referidos, que afectam as exportações, os mais importantes sentidos pelas empresas exportadoras foram a “Insuficiência de Trabalhadores” (22,1%) e os “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro” (16,4%). Para os próximos três meses, as principais preocupações dos industriais inquiridos centram-se nos “Preços Elevados das Matérias-Primas” (57,3%), “Insuficiência de Trabalhadores” (51,6%), bem como “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro” (50,2%).