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“Prevenir casos importados, evitar o ressurgimento de casos internos” continua a ser um objectivo | Garantia da saúde e segurança da vida da população depende do esforço da sociedade

Conferência de Imprensa do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus

A Chefe da Divisão de Prevenção e Controlo de Doenças Transmissíveis do CDC dos Serviços de Saúde, Dr.ª Leong Iek Hou afirmou na conferencia de imprensa do Cemtro de Coordenação de Contingência que, até 31 de Março de 2022, foram registados 82 casos da COVID-19 e 81 casos já tiveram alta hospitalar. Até ao momento não foi registada qualquer infecção entre profissionais de saúde nem casos mortais. Há um total de 65 casos de infecção assintomática, todos casos importados do exterior, entre os quais, 16 pessoas estão em isolamento, 49 pessoas estão em isolamento no período de convalescença ou acabaram o período de isolamento.

No Centro Clínico de Saúde Pública, no Alto de Coloane, há um (1) caso confirmado importado do exterior, dezasseis (16) casos de infecção assintomática, um (1) caso que se encontra em isolamento do período de convalescença, sete (7) casos de recaída, bem como três (3) contactos próximos.

Vacinação: até às 16h00 de 31 de Março, foram administradas 1.246.959 doses da vacina. Existem 581,872 pessoas que receberam pelo menos uma dose da vacina, das quais há 69,558 com a primeira dose da vacina, 330,787 pessoas e 181,527 pessoas completaram as duas e três doses da vacina, respectivamente. Nas últimas 24 horas, foram registados onze (11) eventos adversos ligeiros; zero (0) eventos adversos graves, sendo seis (6) casos relativos à vacina inactivada da Sinopharm, e cinco (5) casos relacionados com a vacina de mRNA. Desde o início da vacinação até ao presente momento, houve 4,749 notificações de eventos adversos, incluindo 4,735 ligeiros, catorze (14) graves.

Testes de ácido nucleico: foram testadas em Macau 22,095 pessoas no dia 30 de Março de 2022.

Observação médica: por 7 dias consecutivos entre 24 e 30 de Março de 2022 mais 276 pessoas foram submetidas à observação médica, dos quais 124 foram residentes e 152 foram não residentes. Até ao dia 30 de Março de 2022, o número acumulado de pessoas submetidas à observação médica era de 61,643. Actualmente, há ainda 550 pessoas que se encontram submetidas à observação médica, todos em hotéis designados.

A Dr.ª Leong relatou que a partir das 00h00 do dia 3 de Abril, indivíduos com idade igual ou superior a 12 anos provenientes de países estrangeiros, Hong Kong ou da Região de Taiwan devem apresentar certificado de vacinação (ver o comunicado: https://www.gcs.gov.mo/detail/pt/N22CchmtfH?14). Após a alteração, uma disposição passou a ser a necessidade de apresentação de certificado médico ou certificado emitido pela autoridade competente, no qual mencione que a pessoa portadora não é adequada ou não pode ser inoculada com a vacina contra a COVID-19 nos próximos dois meses por parte dos indivíduos que regressam a Macau. Dado que se verificou durante os trabalhos realizados que a inadequação ou impossibilidade à vacinação de alguns indivíduos fosse temporária e a vacinação pudesse ser feita pouco tempo depois existiam algumas pessoas que estavam a aproveitar essa situação para não serem vacinadas, daí que tenha sido efectuada essa alteração. Espera-se que essas pessoas sejam vacinadas o mais rapidamente possível, antes de regressar a Macau, de modo a reduzir a propagação e o risco de doenças graves após a infecção.

Sobre a não ocorrência de propagação em Macau, e a possibilidade de lançamento de novas medidas antiepidémicas, a Dr.ª Leong indicou que o risco de infecção pela COVID-19 é igual em todo o mundo e em todas as pessoas. Face à evolução epidémica das regiões vizinhas, Macau tem de manter a máxima vigilância no âmbito de prevenção e controlo, pois, o risco de entrada de vírus torna-se cada vez mais elevado. Entretanto, em geral, os trabalhos de “Prevenir casos importados, evitar o ressurgimento de casos internos” estão a ser bem feitos e isso muito se deve à participação e esforço de toda a sociedade, incluindo a persistência no uso da máscara, administrar de forma activa as vacinas, bem como seguir rigorosamente todas as políticas impostas pelo Governo.

O Governo da RAEM, os Serviços de Saúde e as diferentes instituições médicas têm vindo a envidar todos os esforços para elaborar eficazmente o Plano de resposta à emergência na ocorrência da epidemia da COVID-19 de grande escala em Macau, aperfeiçoando continuamente o sistema de prevenção epidémico.

Espera-se que seja possível controlar, de imediato, a epidemia, evitando, assim, a sua propagação, caso ocorra um surto de grande escala em Macau.

A Dr.ª Leong salientou a importância do uso de máscara através de um exemplo de um contacto próximo de Macau se ter cruzado no elevador com um doente infectado pela COVID-19 em Zhuhai, que possuía uma elevada carga viral naquela momento. A pessoa infectada não usava máscara, mas felizmente o contacto próximo de Macau usava-a.

Actualmente, o contacto próximo já concluiu 14 dias de observação médica e não foi infectado.

A Dr.ª Leong também destacou que, quando um infectado estiver num mesmo espaço com um residente saudável, se ambas as partes não usarem máscaras, o risco de infecção é bastante elevado. Alguns estudos mostraram que a taxa de infecção é de 90% ou até mais. Se ambas as partes usarem máscaras, o risco de infecção pode ser reduzido.

A Dra. Leong frisou que, actualmente, a evolução epidémica ainda se mantém relativamente grave nas regiões vizinhas de Macau e em todo o mundo, pelo que todos os residentes devem insistir as medidas de prevenção da epidemia, e espera que os residentes que ainda não foram vacinados possam aproveitar a actual ocasião que não há surto da epidemia em Macau para administrar vacinas o mais rapidamente possível, no sentido de reduzir o número de casos graves e mortais registados em Macau em caso de ocorrência de epidemia.

Relativamente às situações de pessoas sujeitas à observação médica devido aos casos confirmados na Cidade de Zhuhai, a Dr.ª Leong referiu que 376 pessoas visitaram as zonas bloqueadas de prevenção e as de gestão e controlo, das quais 107 se encontram no Interior da China, e as restantes estão em Macau. Estas pessoas que se encontram em Macau, foram submetidas à observação médica e ao teste de ácido nucleico consoante o grau de risco. A observação médica irá terminar 14 dias após a data de saída das zonas bloqueadas de prevenção e das de gestão e controlo.

Sobre perguntas levantadas por jornalistas, sobre a situação de emissão de certificado de inadequação à vacina e da vacinação dos funcionários públicos que ainda não administram as vacina contra a COVID-19, a Dra. Leong referiu que os Serviços de Saúde emitiram um total de 7.557 certificados de inadequação à vacina contra a COVID-19, dos quais, a maioria referente a situações temporariamente inadequada à vacina, tais como, pessoas estão grávidas, a sua hipertensão não é temporariamente controlada, tinha sido vacinada nos últimos 14 dias ou estavam com febre naquele tempo, pelo que esses indivíduos só podem administrar as vacinas depois de demorar algum tempo.

Actualmente, os Serviços de Saúde apenas emitiram 6 certificados de inadequação absoluta à vacina contra a COVID-19, uma vez que as pessoas envolvidas são altamente alérgicas aos ingredientes da vacina.

De acordo com as orientações emitidas pela Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública aos serviços públicos, a partir da data de 21 de Fevereiro de 2022, à entrada do local de trabalho, todos os trabalhadores da Administração Pública devem apresentar a prova de que decorreram 14 dias após a conclusão da administração do esquema vacinal completo da série de vacinação inicial das vacinas contra a COVID-19, ou em alternativa, o certificado de resultado negativo do teste de ácido nucleico emitido nos últimos sete dias. Segundo informações de todos os serviços públicos, 3.889 pessoas precisam de exibir o certificado do teste de ácido nucleico por não estarem vacinadas contra a COVID-19 por várias razões. Aliás, as medidas relacionadas já foram implementadas por algum tempo, acredita-se que está cada vez o numero de pessoas que precisam exibir o certificado do teste de ácido nucleico seja menor. Até ao presente momento, a taxa de inoculação dos trabalhadores dos serviços de saúde ultrapassa 90%.

Em relação à situação da administração da 3.ª dose (dose de reforço) e aos tipos de vacina escolhidos pelos residentes, a Dra. Leong explicou que mais de 180.000 pessoas administraram a 3.ª dose, dos quais cerca de 130.000 foram vacinados as vacinas inactivadas e mais de 40.000 pessoas administram vacina mRNA. Dos indivíduos que administraram a 3. ª dose (dose de reforço), cerca de 24.000 fizeram a mistura na 3.ª dose, designadamente, administram outras técnicas de vacinação em comparação com as primeiras duas doses e a maioria das pessoas optaram pela vacina de mRNA. Mencionou ainda que segundo os dados, em tempo real, sobre a saúde publicados em Hong Kong, a inoculação é muito eficaz na prevenção de doenças graves e mortais, tanto vacinas inativadas como vacina de mRNA, a administração da 3.ª dose pode produzir até um nível de quase 95% da eficácia de protecção contra doenças graves e mortais. Apela-se aos indivíduos que não sejam vacinados, não tenham completado a segunda ou terceira dose da vacina, devem administrar o mais rapidamente possível.

No que se refere à situação de administração dos idosos e das pessoas com doenças crónicas que os jornalistas estão atentos, a Dra. Leong indicou que até agora em Macau:

- taxa de vacinação de pessoas entre 60 e 69 anos é de 74,9%;

- taxa de vacinação de pessoas entre 70 e 79 anos é de 65,1%;

- taxa de vacinação de pessoas com idade igual ou superior a 80 anos é de 40%;

a taxa de vacinação aumentou, mas não é a ideal, espera-se que a população de Macau incentive os idosos e doentes crónicos a administrarem vacinas. Podemos observar a situação epidémica nas regiões vizinhas, quando houver o surto da epidemia nos lares, os idosos sofrem com o maior impacto, é muito comum os idosos que não administrem as vacinas sofrem doenças graves ou mortais.

Em conformidade com as informações fornecidas pelo IAS, actualmente, cerca de 80% utentes dos 24 lares de idosos de Macau já administraram pelo menos uma dose da vacina contra a COVID-19. Dos restantes 20% que não foram ainda vacinados, 37 idosos manifestaram que não têm vontade em ser vacinados e 208 idosos os seus familiares discordaram da vacinação. Estas situações (208) decorrem de idosos que estão num estado de saúde em que não lhe é possível manifestar por si mesmo a vontante de inoculação, por isso os seus familiares devem fazer decisão sobre a vacinação dos idosos ou não.

A a Dr.ª Leong. enfatizou que quer sejam dados de estudo de laboratório ou dados do mundo real, ambos determinam que a inoculação pode reduzir de forma eficaz o risco da ocorrência de doenças graves e mortais, particularmente para os idosos. Espera-se mais uma vez, que os idosos e os seus familiares considerem mudar a sua vontade e administrarem as vacinas com a maior brevidade possível.

Na conferência, o Chefe substituto da DSEDJ, Dr. Cheong Chi Hin apresentou as organizações das aulas presenciais para docentes e alunos transfronteiriços, a situação da vacinação dos alunos, bem como a elaboração das orientações para competições escolares.

A Chefe de Divisão da Direcção dos Serviços de Turismo, Dr.ª Lam Tong Hou relatou o número de pessoas em observação médica em hotéis designados.

O Chefe da Divisão de Relações Públicas do CPSP, Dr. Lei Tak Fai relatou a situação da entrada e saída de Macau na semana passada. Eles responderam as perguntas os jornalistas.

Estiveram presentes na conferência de imprensa: o Chefe substituto do Departamento do Ensino Não Superior da Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude, Dr. Cheong Chi Hin; a Chefe da Divisão de Prevenção e Controlo de Doenças Transmissíveis do CDC dos Serviços de Saúde, Dr.ª Leong Iek Hou; o Chefe da Divisão de Relações Públicas do Corpo de Polícia de Segurança Pública, Dr. Lei Tak Fai; a Chefe da Divisão de Relações Públicas da Direcção dos Serviços de Turismo, Dr.ª Lam Tong Hou.

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