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Instituto Cultural continua a reforçar os trabalhos de salvaguarda dos troços dos muros de chunambo de Macau Iniciada inspecção anual dos segmentos dos muros de chunambo junto às Ruínas de S. Paulo

Instituto Cultural continua a reforçar a salvaguarda dos troços de muros de chunambo de Macau

A fim de salvaguardar os troços dos muros de chunambo de importante valor histórico de Macau, o Instituto Cultural (IC) tem realizado regularmente e de forma contínua trabalhos específicos de monitorização de segurança, análise de componentes, elaboração de planos de restauro, bem como intervenções de conservação e restauro dos troços dos muros de chunambo que se encontram localizados em várias zonas da cidade. Este ano, o IC encarregou o Laboratório de Restauro do Património Cultural da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau com o trabalho de examinar de forma aprofundada o Troço das Antigas Muralhas da Cidade (na Calçada de S. Francisco Xavier) e os dois troços dos muros de chunambo que se encontram próximo das Ruínas de S. Paulo, tendo também ficado incumbido de formular um plano de conservação e restauro para os mesmos.

O IC tem vindo a monitorizar regularmente as antigas estruturas de chunambo em toda a cidade, realizando assim todos os anos inspecções regulares e efectuando a digitalização 3D das referidas estruturas para se inteirar da sua condição geral de segurança, contando igualmente com o apoio técnico de outras entidades especializadas para a realização de outros tipos de inspecções detalhadas e intervenções de manutenção específicas. Em 2019, o Centro Experimental de Salvaguarda de Edifícios Históricos da Universidade de Tongji, em 2019, realizou trabalhos de inspecção e análise detalhados relativos aos muros de chunambo da zona da Fortaleza do Monte, elaborando também o respectivo plano de restauro, que foi posteriormente implementado pelo IC, resultando no restauro bem sucedido dos muros a sul e a leste da Fortaleza do Monte. Além disso, o IC tem ainda realizado intervenções de manutenção e restauro no muro de chunambo da Rua de Tomás Vieira e do Pátio do Espinho, no Troço das Antigas Muralhas da Cidade (próximo da Capela de N. Sr.ª da Penha, próximo da Estrada do Visconde de S. Januário), no muro de chunambo da Travessa do Patane e nos muros de chunambo localizados nas imediações das Ruínas de S. Paulo.

Este ano, o Instituto Cultural encarregou o Laboratório de Restauro do Património Cultural da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau para que efectuasse um trabalho de levantamento detalhado dos referidos muros e dos respectivos ambientes envolvente, incluindo também o registo sobre o respectivo estado de conservação dos referidos troços, e a realização de testes e análises no Troço das Antigas Muralhas da Cidade (na Calçada de S. Francisco Xavier), bem como nos dois troços dos muros de chunambo que se encontram próximos das Ruínas de S. Paulo, tendo em vista formular um plano de manutenção e restauro para os mesmos. No início de Abril, foi também concluído o registo de infravermelhos e lasers destes muros de chunambo, bem como o registo mais abrangente de dados relativos ao estado de conservação actual dos mesmos, tendo em vista detectar e prevenir quaisquer eventuais patologias o mais cedo possível. Em aditamento, os materiais dos muros serão igualmente examinados por meio de outros instrumentos técnico-científicos e, consoante os resultados desses testes, será posteriormente formulado um plano de manutenção mais específico, conforme as necessidades de manutenção dos referidos troços.

A construção de muros de chunambo constitui um testemunho importante sobre o passado histórico de Macau. Com base nos troços existentes, podemos constatar que este método de construção remonta ao século XVII. Devido à espessura e robustez do chunambo, que foi o principal material e técnica de construção utilizados na construção das antigas muralhas de defesa da cidade, incluindo nomeadamente, os três muros a sul, leste e oeste da Fortaleza do Monte de Macau, o Troço das Antigas Muralhas de Defesa e os muros do Colégio de S. Paulo, nota-se que estes importantes vestígios continuam em relativo bom estado de conservação e constituem testemunhos físicos relevantes sobres o processo do desenvolvimento urbano de Macau, desde as primeiras etapas da cidade. No entanto, e devido ao impacto de factores alheios, tais como o clima húmido de Macau, tufões e tempestades, a exposição prolongada ao sol e a porosidade do chunambo, as estruturas de chunambo de Macau estão naturalmente sujeitas a fenómenos paralelos, tais como erosão e instalação de plantas daninhas, podendo ainda acontecer o aparecimento de fendas, deterioração de partes internas que geram zonas ocas, a queda de determinadas superfícies exteriores mais consolidadas, ou a erosão natural pelo vento, requerendo assim a realização de obras regulares de manutenção e restauro.

Antes de cada intervenção de manutenção e restauro em troços de muros de chunambo, o IC necessita proceder assim a inspecções précias e a análises detalhadas e específicas, a fim de avaliar com rigor o estado de conservação de cada segmento de muro, para poder determinar deste modo quais os materiais de restauro e o plano de manutenção mais adequados para cada caso. No futuro, o IC irá continuar a examinar e a restaurar os troços dos muros de chunambo de Macau de acordo com as actuais necessidades de conservação específicas.

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