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Serviços de Saúde atentos aos recentes surtos de varíola dos macacos em muitos países pelo mundo


Diversos surtos de varíola dos macacos estão a ser monitorizados na Europa, América do Norte e Austrália pelo que os Serviços de Saúde apelam à população e profissionais de saúde para estarem atentos a eventuais sinais desta doença.

De acordo com o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), foram identificados vários surtos da varíola dos macacos na Europa, América do Norte e Austrália entre 14 a 19 de Maio de 2022.

Recentemente foram diagnosticados casos nos seguintes países: Bélgica (2 casos confirmados), França (1 caso confirmado), Itália (1 caso confirmado, 2 suspeitos), Portugal (14 casos confirmados, 20 suspeitos), Espanha (7 casos confirmados, 23 suspeitos), Suécia (1 caso confirmado), Reino Unido (9 casos confirmados), Canadá (2 casos confirmados, 17 suspeitos), Estados Unidos (1 caso confirmado, 1 altamente provável) e Austrália (1 caso confirmado).

Estas situações não possuem historial de viagens a África nem estão relacionados com um caso importado da Nigéria registado a 7 de Maio no Reino Unido. Até ao momento não houve mortes e apenas dois pacientes foram hospitalizados por outras razões que não o isolamento.

Os relatos de casos da varíola dos macacos principalmente na Europa estão a ser diagnosticados em homens jovens, muitos dos quais se identificam como homossexuais e a maioria dos sintomas está presente com lesões genitais ou peri-genitais, sugerindo que a transmissão pode ter ocorrido através do contacto físico próximo durante a actividade sexual.

Este é o primeiro relato, na Europa, de uma cadeia de transmissão sem qualquer ligação epidemiológica conhecida à África Ocidental ou Central e é o primeiro caso relatado no mundo decorrente de relações sexuais entre homens.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou a 20 de Maio que em todo o mundo existem aproximadamente 80 casos confirmados e 50 casos estão a serem investigados.

A varíola dos macacos é uma doença causada pelo vírus da varíola e é transmitida principalmente entre os primatas africanos (muitas espécies de macacos), roedores (esquilos africanos, esquilos de árvores, ratos gambianos, ratos adormecidos etc.) e, ocorre ocasionalmente em humanos.

Até agora os casos registados e relatados eram diagnosticados principalmente em pessoas que vivem em ou viajam até à África Central e Ocidental, ou pessoas que entravam em contacto com animais tais como ratos e macacos de África.

A varíola dos macacos é transmitida aos seres humanos através do contacto próximo com pessoas ou animais infectados ou materiais contaminados com o vírus. É transmitida interpessoalmente através do contacto próximo com materiais contaminados tais como lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e roupa de cama.

O período de incubação da varíola dos macacos é normalmente de 6 a 13 dias, mas pode ser de 5 a 21 dias. Os sintomas clínicos da varíola dos macacos podem ser ligeiros ou graves e incluem febre, dores de cabeça, dores musculares, dores nas costas, gânglios linfáticos inchados, arrepios e fadiga. A maioria dos doentes desenvolve erupção cutânea semelhante à varicela e recupera espontaneamente entre 14 a 21 dias. A taxa de mortalidade nos países africanos é de cerca de 3 a 6%, com taxas mais elevadas em crianças, adolescentes e indivíduos imunocomprometidos. As pessoas vacinadas contra a varíola são imunes à varíola dos macacos.

Para prevenir a varíola dos macacos, o público é aconselhado a evitar contactos com animais como macacos e ratos da África Central e Ocidental. O Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) identificou inicialmente homens que têm relações sexuais casuais ou múltiplos parceiros sexuais como sendo pessoas de alto risco e por isso recomenda que estas pessoas e aqueles que têm contacto próximo com eles, especialmente contacto sexual, devem estar atentos aos sintomas da varíola dos macacos.

Qualquer pessoa com suspeita de sintomas de varíola dos macacos deve procurar cuidados médicos imediatos e evitar actividade sexual ou contacto próximo com outras pessoas até que a doença tenha sido eliminada ou a infecção tenha desaparecido.

Pede-se também aos médicos e prestadores de cuidados de saúde em Macau que estejam vigilantes no tratamento dos doentes, especialmente os de áreas com elevada prevalência e que isolem e notifiquem atempadamente os casos suspeitos.

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