Em Abril de 2022 o volume de negócios dos proprietários entrevistados da restauração desceu 15,5%, face a Abril de 2021. Destaca-se que os volumes de negócios dos restaurantes ocidentais e dos restaurantes chineses diminuíram 24,0% e 23,9%, respectivamente. Quanto ao comércio a retalho, observou-se que no mês em análise o volume de negócios dos retalhistas entrevistados baixou 44,6%, em termos anuais. Realça-se que os volumes de negócios dos relógios e joalharia (-59,0%), das mercadorias de armazéns e quinquilharias (-58,2%), do vestuário para adultos (-56,1%), bem como dos produtos cosméticos e de higiene (-51,1%) registaram quedas superiores a 50%. Contudo, o volume de negócios dos supermercados (+7,3%) subiu, informam os Serviços de Estatística e Censos.
No mês em análise o volume de negócios dos proprietários entrevistados da restauração desceu ligeiramente 0,2%, face a Março do corrente ano. Salienta-se que o volume de negócios dos restaurantes chineses diminuiu 1,8%, porém, o dos restaurantes ocidentais subiu 1,8%. Relativamente ao comércio a retalho, observou-se que no mês de Abril o volume de negócios dos retalhistas entrevistados decresceu 10,9%, em termos mensais. Realça-se que os volumes de negócios dos artigos de couro, das mercadorias de armazéns e quinquilharias, assim como dos automóveis diminuíram 17,0%, 12,5% e 12,2%, respectivamente.
Em relação às expectativas sobre o volume de negócios, 43% dos proprietários entrevistados da restauração previram que o volume de negócios para Maio de 2022 aumentasse em termos mensais, destacando-se que as proporções dos proprietários dos restaurantes chineses e dos proprietários dos restaurantes ocidentais atingiram 60% e 52%, respectivamente. Por seu turno, 19% dos proprietários da restauração anteviram decréscimos mensais no volume de negócios para Maio, salientando-se que as proporções dos proprietários dos estabelecimentos de comidas e lojas de sopas de fitas e canjas, bem como dos proprietários dos restaurantes japoneses e coreanos foram de 34% e 31%, respectivamente. Relativamente ao comércio a retalho, 37% dos retalhistas entrevistados previram que o volume de negócios para Maio aumentasse em termos mensais, realçando-se que as proporções dos retalhistas de artigos de couro, dos retalhistas de produtos cosméticos e de higiene, assim como dos retalhistas de vestuário para adultos foram de 60%, 55% e 41%, respectivamente. Além disso, 16% dos retalhistas entrevistados anteviram decréscimos mensais no volume de negócios para Maio, destacando-se que a proporção dos vendedores de automóveis (46%) foi a mais significativa.
Quanto ao índice de perspectivas de negócios, que reflecte a previsão dos proprietários e retalhistas entrevistados sobre a tendência da variação mensal do volume de negócios, verificou-se que o do ramo de actividade económica da restauração (61,7) e o do ramo do comércio a retalho (60,8) foram ambos superiores a 50, isto é, os proprietários da restauração e os retalhistas entrevistados anteviram que o desempenho dos negócios para Maio de 2022 seria melhor do que o do mês em análise.
Os destinatários entrevistados do “Inquérito de Conjuntura à Restauração e ao Comércio a Retalho” foram 229 amostras do ramo de actividade económica da restauração e 161 do ramo do comércio a retalho, correspondentes a cerca de 53,5% e 70,6% das respectivas receitas dos ramos em 2019. Os resultados do inquérito não foram obtidos pela inferência global. O desempenho dos negócios do mês em análise é reflectido através da variação entre o volume de negócios global do mês em análise, dado pelos comerciantes da amostra do inquérito, e o volume de negócios do mês de comparação, dado pelos mesmos comerciantes. O valor do “índice de perspectivas de negócios” varia entre 0 e 100. Se o valor do índice for superior a 50, significa que a expectativa dos negócios do ramo para o mês seguinte seria melhor face ao mês de comparação. Se o valor do índice for inferior a 50, a expectativa dos negócios do ramo para o mês seguinte seria mais fraca.