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Criminalidade de 2022 regista o número mais baixo dos últimos quatro anos


A Secretaria para a Segurança realizou, hoje (3 de Março), a conferência de imprensa sobre a “Estatística da criminalidade e dos trabalhos de execução da lei de 2022 em Macau”. No encontro, o secretário, Wong Sio Chak indicou que resumindo as estatísticas da criminalidade do ano 2022, verificou-se uma redução no número de crimes em geral e uma diminuição óbvia na maioria dos crimes, em comparação com o ano transacto, o que leva a concluir que o ambiente da segurança de Macau se mantém estável.

Face à melhoria gradual da situação da pandemia e a política antiepidémica em Macau optimizada foi novamente retomada a divulgação por conferência de imprensa dos dados estatísticos sobre a criminalidade e os trabalhos de execução da lei. O secretário Wong Sio Chak referiu que durante os anos de 2019 a 2022, a Polícia de Macau instaurou, respectivamente 14.178, 10.057, 11.376 e 9.799 inquéritos criminais. Referiu que a criminalidade de 2022 é a mais baixa, comparativamente com os anos de 2021, 2020 e 2019, apresentando, respectivamente, quedas de 13,9%, 2,6% e 30,9%.

Explicou que comparando os dados 2019 a 2022, constata-se facilmente que devido ao impacto epidémico, nos anos de 2020 a 2022, registou-se uma diminuição óbvia do número de crimes em geral, comparando com o ano de 2019, altura em que ainda não havia o surto epidémico. Acredita-se que isso se deve ao impacto provocado pelas políticas de passagem fronteiriça e à situação económica em geral, bem como com o reforço contínuo da prevenção e do combate à criminalidade por parte da Polícia.

No ano 2022 registaram-se 153 casos de “criminalidade violenta”, um decréscimo de 102, 90 e 520 casos comparativamente aos anos de 2021, 2020 e 2019, o que representa uma redução de 40%, 37% e 77,3%, respectivamente. No âmbito dos crimes de violência grave, de “rapto”, de “homicídio” e de “ofensas corporais graves”, continuam a manter uma taxa zero ou muito baixa.

Em 15 de Novembro de 2021, entrou em vigor a Lei n.º 16/2021 “Regime jurídico do controlo de migração e das autorizações de permanência e residência na Região Administrativa Especial de Macau”. Os actos ilícitos mais preocupantes para a sociedade e conhecidos vulgarmente por “casamento falso” e “contrato de trabalho falso” são definidos como novos crimes autónomos de “Simulação e invocação de certos actos jurídicos para obtenção de autorizações”, e quem os cometer será severamente punido. Em 2022, foi registado um total de 147 casos relacionados com este crime.

Quanto à avaliação do impacto da situação actual do sector do jogo na segurança de Macau, o número de inquéritos criminais registado em 2022 é 371, uma redução de 264 casos em comparação com os 635 casos de 2021, representando uma descida de 41,6%. Acredita-se que a principal razão está relacionada, por um lado, com a influência da epidemia, que foi mais grave em 2022 do que 2021, o que levou a uma acentuada diminuição do número de turistas em Macau, causando impactos graves à indústria do jogo e às respectivas actividades associadas. Em 2022, e em comparação com 2021, verificou-se uma tendência de descida dos principais tipos de crimes relacionados com o jogo e, de entre estes, o número de crimes de burla é o mais alto, e na maior parte dos casos respeita a actividades de troca ilegal de dinheiro, seguindo-se os casos de desobediência (entrada nos casinos) e de apropriação ilegítima.

O secretário Wong Sio Chak indicou que relativamente aos tipos de crimes em concreto, tem-se registado um aumento dos números dos diversos crimes praticados via internet, principalmente relacionados com o furto de dados pessoais, os crimes tradicionais de burlas e extorsão, que por influência da epidemia, também passaram a ser praticados online. Embora a situação actual da epidemia em Macau e nas regiões vizinhas tenha registado um abrandamento, as medidas de prevenção epidémica e de passagem fronteiriça também foram objecto de aperfeiçoamento e ajustes, e o modo de vida das pessoas sofreu mudanças, pelo que se acredita que o crime cibernético será um dos tipos de crimes que o público precisa de prevenir, especificadamente no futuro, pelo que a Polícia continuará a reforçar as acções de divulgação sobre prevenção criminal, de fiscalização online e trabalho de combate.

Adiantou que com o lançamento sucessivo de medidas favoráveis para viajar pelos governos de Macau e das regiões vizinhas, prevê-se um aumento do número de pessoas a entrar e sair de Macau, e com a retomada e normalização gradual das actividades económicas, certamente esta situação irá envolver factores indeterminados relacionados com a segurança da sociedade de Macau, tais como o ressurgimento dos “burlões da troca de dinheiro”, que causaram vários problemas na sociedade, assim como poderá haver um certo aumento no número de crimes dos casos em geral, nomeadamente, podem ocorrer possíveis mudanças em relação ao “modi operandi” e à tendência de desenvolvimento dos crimes.

Face a estas situações, as autoridades da segurança continuam a manter uma elevada atenção, a persistir no conceito da execução de lei sobre a investigação criminal orientada pelas informações e policiamento activo, a empenhar-se na orientação policial de melhoria do trabalho com recurso à tecnologia, e ao mesmo tempo continuarão a reforçar a troca de informações e a cooperação com os departamentos homólogos das regiões vizinhas, a desenvolver activamente as diferentes acções de divulgação e prevenção e a ajustar atempadamente os dispositivos policiais de acordo com a situação real resultante das mudanças da sociedade, salvaguardando assim, a prosperidade e a estabilidade da sociedade de Macau.

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