Nos últimos dias, a PJ recebeu uma denúncia de burla telefónica de um indivíduo cujo filho, a estudar no exterior, caiu numa armadinha de burla telefónica, do tipo de “fingir pessoal de serviços públicos, ministério público e entidade de justiça”, tendo feito uma remessa bancária de grande montante para os burlões, de dinheiro que estava depositado num banco no exterior. O filho foi ainda instigado pelos burlões para pedir ajuda da família para levantar outra grande quantia de dinheiro e transferi-lo todo para eles, o que lhe causou um prejuízo de cerca de 3.5 milhões de patacas.
Segundo as informações deste caso a vítima, que se encontra a estudar no exterior, no mês passado recebeu um telefonema fraudulento de alguém que alegava ser entidade de segurança pública da China continental. Durante a conversa, dizendo exactamente os dados pessoais da vítima, informou-o que estava envolvido num caso de lavagem de dinheiro, e pediu-lhe para colaborar na investigação e manter sigilo do caso. Mais tarde disse-lhe, face a uma revisão de fundos e para provar sua inocência, que depositasse 260 mil de dólares americanos e 1.5 milhões de HKD para uma conta “segura” indicada. Para levar a vítima a acreditar em tudo isso, foi-lhe mostrado vários documentos como “Certificado de selo da revisão de fundos”, supostamente emitidos por vários serviços públicos. O burlão instigou-o a mentir à sua família dizendo que o senhorio do país onde se encontra lhe pediu a prova de depósito bancário pelo que, para isso, teve de pedir o dinheiro em questão. A família acreditou nele e depositou o dinheiro na sua conta. Nos últimos dias, a família descobriu que o dinheiro da conta da vítima tinha sido transferida para uma outra conta desconhecida e, ao ser questionada, só então esta ficou consciente do que realmente acontecera.
O Centro de Coordenação de Combate às Burlas da PJ alerta ao público que:
1. Não deve aceitar qualquer pedido de remessa ou transferência bancária por pessoa que alegue ser de serviços públicos, entidade de segurança pública ou justiça, mesmo que essa pessoa consiga dizer os seus dados pessoais (como número de bilhete de identidade);
2. Face a um pedido de dinheiro ou arrecadação de fundos exigido por familiar ou amigo, deve estar atento; mesmo que seja alegado um motivo razoável, deve confirmar outra vez se tiver recebido telefonema suspeito de quaisquer serviços públicos;
3. Se alguém ou um seu familiar ou amigo estiver perante uma situação de burla ou perante qualquer tipo de crime, fazer a denúncia à PJ através da linha aberta para a prevenção de burlas, nº 8800 7777 ou da linha aberta 993.