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Serviços de Saúde: Detectado um (1) caso de infecção colectiva por enterovírus


Os Serviços de Saúde foram notificados, a 26 de Março, para a detecção de um (1) caso de infecção colectiva por enterovírus na turma K1B da Escola Secundária Ilha Verde da Associação Comercial de Macau, localizada na Avenida do Conselheiro Borja, tendo sido infectadas cinco (5) alunos, sendo quatro (4) do sexo masculino e um (1) do sexo feminino.

Os primeiros sintomas de infecção por enterovírus manifestaram-se a partir do dia 22 de Março, tendo alguns doentes recorrido a instituições de saúde para tratamento médico. O estado clínico dos alunos infectados é considerado ligeiro e não houve registo de qualquer caso internado, nem com sintomas anormais do sistema nervoso ou outras complicações graves.

O estabelecimento em causa já aplicou medidas de controlo de infecção, como o reforço na desinfecção, limpeza e manutenção da ventilação de ar no interior das instalações, assim como o cumprimento rigoroso da norma do isolamento dos doentes e trabalhadores.

A infecção por enterovírus pode ser causada pelo vírus Coxsackie, echovírus e enterovírus 71. A infecção pelo enterovírus ocorre durante o ano inteiro, a nível mundial, mas é no verão que tem maior incidência. Este vírus é também a fonte de várias doenças, incluindo as menos graves e frequentes, tais como síndrome mão-pé-boca e herpangina e, outras mais graves, nomeadamente, miocardite e meningite asséptica.

A síndrome mão-pé-boca ocorre na maioria dos casos em crianças com idade inferior a cinco (5) anos. O período de incubação varia de três (3) a sete (7) dias, e a transmissão faz-se por contacto directo com fezes dos doentes infectados, gotículas de saliva ou com materiais contaminados. Devido ao contacto próximo das crianças nas creches e jardins-de-infância, especialmente, nas actividades de jogos, é fácil ocorrer um surto da síndrome mão-pé-boca, a qual é uma doença de grande contagiosidade. No período inicial aparecem sintomas, tais como, febre, dor de garganta, vesículas pequenas ou pústulas vermelhas que não provocam dores nem comichão nas palmas das mãos, pés e nádegas, e surgem herpes na boca, causando posteriormente úlceras. No período de sete (7) a dez (10) dias, as vesículas e as pústulas vermelhas vão desaparecer gradualmente, e o doente fica curado. A transmissão do enterovírus principia alguns dias antes dos primeiros sintomas surgirem, localizando-se os vírus na garganta e nas fezes e, durante algumas semanas, as fezes do doente podem conter estes vírus.

Os Serviços de Saúde estão a acompanhar de perto o desenvolvimento da epidemia deste enterovírus e salientam que a maioria dos doentes infectados por enterovírus pode recuperar por si mesmo. Contudo, uma parte muito reduzida dos infectados pode sofrer de complicações fatais. Assim, os Serviços de saúde apelam aos pais, alunos, bem como ao pessoal das escolas, creches e lares para adoptarem as seguintes medidas preventivas:

Medidas pessoais:

  • Lavar as mãos: Antes de contactar os olhos, o nariz e a boca com as mãos, antes das refeições, após a utilização das instalações sanitárias, depois de manusear fraldas de crianças ou outros objectos sujos;
  • Etiqueta respiratória: Cobrir a boca e o nariz com um lenço de papel quando espirrar ou tossir, e depois limpar imediatamente as mãos; quando não tiver lenço, cobrir a boca e o nariz com a manga ou o cotovelo em vez de com as mãos;
  • Diminuir os contactos: Evitar deslocar-se aos lugares públicos densamente povoados e pouco ventilados;
  • Aumentar a resistência física: Manter uma alimentação equilibrada e uma hidratação adequada, praticar desporto e descansar o suficiente, bem como evitar fadiga excessiva e fumar para tal efeito;
  • Recorrer de imediato ao médico: Em caso de aparecimento de febre e de sintomas da síndrome mão-pé-boca ou herpangina, deve recorrer imediatamente ao médico para tratamento médico, especialmente quando os sintomas forem graves.

Medidas a aplicar para estabelecimentos de ensino ou lares:

  • Higiene ambiental: Manter uma renovação de ar suficiente em recintos fechados, utilizando frequentemente a lixívia diluída na proporção de 1:100 para limpar os locais com os quais as crianças frequentemente têm contacto, tais como, as mesas, as cadeiras, os brinquedos e as paredes até à altura de 1 metro etc.;
  • Os doentes devem suspender a ida às aulas e a frequência de creches: Prestar atenção à situação dos elementos do pessoal e das crianças, quando aparecerem sintomas de febre, síndrome mão-pé-boca ou herpangina, devem suspender a ida às aulas ou ao trabalho;
  • Notificação oportuna: Em caso de aparecer uma infecção colectiva com uma situação anormal entre as crianças ou os elementos de pessoal, devem informar, imediatamente, o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Serviços de Saúde (Tel.: 2853 3525, fax: 2853 3524) e o Instituto de Acção Social ou a Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude.