Os Serviços de Saúde foram notificados para um caso de infecção de vibrio vulnificus.
O caso foi detectado num residente de Macau, de 62 anos de idade, com história de doenças crónicas. Na noite do dia 23 de Setembro, apresentou dores no membro inferior direito e febre. Na manhã do dia 24, recorreu ao Hospital Kiang Wu e à tarde, devido aos sintomas, recorreu ao Centro Hospitalar Conde de São Januário, tendo o exame médico revelado um inchaço evidente na perna direita e nas costas do pé direito, tendo sido diagnosticado com celulite infecciosa na perna direita e internado para tratamento de desbridamento. No dia 30, após a análise laboratorial das secreções da ferida, confirmou-se que se tratava de vibrio vulnificus. Actualmente encontra-se internado e o seu estado é considerado estável. Antes do aparecimento dos sintomas, o doente deslocou-se ao mercado para comprar peixe fresco, a área arranhada e danificada da pele exposta do pé direito havia sido exposta a respingos de água das bancas de peixe e marisco do mercado. Não foi picado por frutos do mar, não tem hábitos de pesca e não foi à praia.
Vibrio vulnificusé uma bactéria que existe de forma natural na água morna do mar e pode causar infecções se a ferida tocar na água do mar comvibrio vulnificusou se consumir marisco contaminado.As infecções causadas porvibrio vulnificusatravés de feridas, podem ser ligeiras, mas também pode causar fascite necrótica, com manifestação de dor extrema, vermelhidão, inchaço e rápida necrose de tecidos. As pessoas com fascite necrótica podem ter de proceder à amputação de membros para salvar as suas vidas, com cerca de 20 a 30% delas podem ser fatais. O consumo de mariscos contaminados por vibrio vulnificuspode causar diarreia, vómitos e dores abdominais, não havendo de um modo geral, consequências graves. Contudo, se a pessoa infectada tiver outras doenças crónicas, principalmente doenças hepáticas e diabetes, pode ocorrer sepse, apresentando sintomas como febre, calafrios, diminuição da pressão arterial, aparecimento de bolhas na pele e, nos casos mais graves, pode resultar em morte.
Os Serviços de Saúde apelam aos residentes para que tomem medidas para prevenir a infecção por vibrio vulnificus:
1. Evitar o contacto de feridas ou pele danificada com água marinha;
2. Limpar bem e fazer um curativo adequado na ferida;
3. Devem ser utilizadas luvas durante o tratamento de marisco cru;
4. Cozinhar bem os mariscos, especialmente os mariscos, como ostras, moluscos, mexilhões, etc.;
5. Ao cozinhar mariscos, deve-se cozinhá-los até que as cascas, se abram antes de comer;
6. Os alimentos cozinhados e os mariscos crus, devem ser devidamente separados, para evitar contaminação cruzada;
7. Caso apareçam sintomas de infecção, como vermelhidão da pele, inchaço, dor, supuração, etc., procure atendimento médico, o mais rápido possível.