Relativamente aos recentes casos de febre de dengue ocorridos na zona da Rua Coelho do Amaral, os Serviços de Saúde iniciaram os trabalhos de resposta durante dois dias, tendo concluído os trabalhos de acompanhamento da zona de risco, não tendo sido detectados mais casos relacionados.
Os Serviços de Saúde, após terem sido notificados, no dia 31 de Outubro, pelo Interior da China, de que o caso confirmado estava relacionado com a trajectória das actividades em Macau, enviaram de imediato pessoal às zonas de risco situadas na Rua de Coelho do Amaral, realizando pesquisa domiciliária de casos de febre de dengue, verificação da fonte de proliferação de mosquitos, educação para a saúde e eliminação química de mosquitos.
Para a detecção precoce de casos, foi criado um posto de colheita de sangue temporário, no local, para a recolha de sangue de indivíduos com sintomas suspeitos. Durante este período, foram detectados cinco residentes com sintomas suspeitos e após a realização dos testes, um dos casos foi um caso local confirmado ontem (dia 1), causado por um caso importado, e os restantes quatro casos tiveram resultados negativos. Tendo em conta os casos confirmados, foi alargado o âmbito dos trabalhos de resposta.
Nos dias 31 de Outubro e 1 de Novembro, os Serviços de Saúde realizaram inspecções a mais de 1.700 moradores nas proximidades da Rua de Coelho do Amaral, envolvendo 128 edifícios e 121 lojas no rés-do-chão, e distribuíram informações de prevenção da epidemia a 2.890 moradores de cerca de 180 edifícios. É de salientar que, durante a inspecção, verificou-se que alguns recipientes com água estagnada no domicílio, tais como vasos e bases de vasos, já têm uma situação de proliferação de mosquitos. E existem ainda outros recipientes que não foram devidamente cobertos ou colocados de forma invertida, o que permitiu a proliferação de mosquitos e aumentando o risco de propagação da febre de dengue. O pessoal dos Serviços de Saúde já prestou apoio in loco no tratamento e reforçou a divulgação da educação para a saúde.
A par disso, hoje (dia 2) foi notificado um caso importado de febre de dengue, com os seguintes detalhes:
O caso foi detectado numa mulher com 52 anos de idade, residente de Macau, que reside na Travessa do Botelho, na Rua do Tarrafeiro. Entre os dias 11 e 12 de Outubro, deslocou-se com a família a Zhongshan para visitar familiares; no dia 25, apresentou sintomas de dor muscular e fadiga e entre outros sintomas; no dia 28, apresentou sintomas de febre e, durante esse período, recorreu a uma instituição médica privada; no dia 1 de Novembro, devido à persistência dos sintomas, a doente recorreu ao Hospital Kiang Wu para tratamento e foi internada no hospital. A amostra de sangue foi confirmada hoje (dia 2) pelo Laboratório de Saúde Pública dos Serviços de Saúde como vírus de febre de dengue tipo I. Actualmente, a doente encontra-se em estado estável, não tendo visitado os parques e parques naturais de Macau após a manifestação da doença, e os familiares que coabitam com a doente não manifestaram qualquer indisposição.
De acordo com o historial de viagem, o tempo de aparecimento de sintomas, o resultado laboratorial e a trajectória da doente foram classificados como casos importados de febre de dengue, sendo o 24º caso importado de febre de dengue em Macau no corrente ano. Os Serviços de Saúde vão enviar pessoal para efectuar a eliminação preventiva de mosquitos nas proximidades da residência e dos principais locais de actividade da doente em causa.
A febre de dengue transmite-se aos seres humanos através da picada do mosquito Aedes Albopictus, portador do vírus da febre de dengue. Quando um doente com febre de dengue é picado por um mosquito transmissor de febre de dengue, este é portador de vírus e, caso volte a picá-lo, corre o risco de transmitir o vírus. Os Serviços de Saúde afirmam que Macau ainda se encontra na época de transmissão de doenças por mosquitos e que na província vizinha de Guangdong também existem muitos casos de transmissão local, pelo que apelam aos residentes para não negligenciarem a situação, apelando ao seguinte:
- Os residentes com domicílio contíguo ao domicílio do doente, devem coordenar-se, de forma activa e conjunta, para adoptarem medidas contra mosquitos;
- A instalação de redes mosquiteiras nas janelas, a utilização de mosquiteiros ou de ar condicionado, entre outras medidas, pode reduzir a possibilidade de serem picados por mosquitos;
- Devem prestar a devida atenção à higiene ambiental e à eliminação de água estagnada nos locais de trabalho e nas áreas periféricas ao domicílio, eliminando, assim, a proliferação de mosquitos e de larvas;
- Quando estejam fora de casa ou viajem para locais onde existam surtos de febre de dengue, vistam roupa de mangas compridas e calças compridas de cor clara. Devem alojar-se em sítios com ar condicionado ou que possuam instalações anti-mosquitos. Antes de saírem para o exterior, devem aplicar repelente anti-mosquitos nas partes expostas do corpo para evitar picadas de mosquitos;
- Independentemente do historial de viagem, em caso de manifestarem sintomas de febre, erupção cutânea e outros sintomas suspeitos de febre de dengue, devem recorrer atempadamente à assistência médica, informando o médico do historial de viagem ou dos locais onde estiveram;
- Todos os médicos devem estar atentos aos doentes que apresentem sintomas suspeitos de febre de dengue e proceder atempadamente à respectiva declaração e teste. O Laboratório de Saúde Pública dos Serviços de Saúde proporciona, de forma gratuita, o teste da febre de dengue a todas as instituições médicas;
- Para mais informações, os residentes podem ligar para a linha de doenças transmissíveis dos Serviços de Saúde n.º 2870 0800 ou consultar as informações sobre doenças transmissíveis na página electrónica dos Serviços de Saúdehttps://www.ssm.gov.mo/csr