As palestras de “Salão de Memória “Searching for Macau” e “Memórias de 70 Anos – Pessoas e Acontecimentos no Pátio do Espinho” organizadas pelo site “Memória de Macau” da Fundação Macau em Novembro, no Centro UNESCO de Macau e no Colégio Matteo Ricci, respectivamente, no fim-de-semana passado (dia 9 e 10), abordaram as mudanças comunitárias da Cidade, através de fotografias e história oral, partilhando a existência e a harmonia multicultural de Macau.
A primeira palestra “Searching for Macau” foi apresentada pelo fotógrafo português Jorge Veiga Alves. Ele partilhou com a audiência as suas experiência de trabalho em Macau durante a segunda metade da década 80 e o início da década 90 do século passado, e o processo de digitalização das fotografias analógicas. Durante a palestra ele utilizou as suas fotografias a mostrar as grandes mudanças de Macau da década 80 e após a transferência, partindo da pespectiva de vida diária das pessoas, procurou também mostrar a mistura da cultura chinesa e ocidental nas suas fotografias. Tendo partilhado estas fotografias com memórias daquela época no internet, ele recebeu atenção e comentários dos residentes de Macau, de maneira que ficou muito encorajado. Também recordou que não se esqueceria a atitude amigável e transigente das pessoas fotografadas quando ele tirava fotografias nas ruas de Macau. Os participantes ficaram muito entusiasmados com a apresentação do fotógrafo.
A segunda palestra “Memórias de 70 Anos – Pessoas e Acontecimentos no Pátio do Espinho” foi apresentada por Esther Chan, vice-presidente da direcção da Associação de História Oral de Macau. Sendo um bairro tradicional chinês de Macau, o Pátio do Espinho, situado atrás das Ruínas de São Paulo, é a maior e última aldeia murada da Cidade, como uma parte do antigo Colégio de São Paulo. A palestrante conseguiu aprofundar o conhecimento do público sobre a cultura das aldeias muradas e pátios de Macau, a partir do estudo da história oral do Pátio do Espinho, através dos aspectos da vida diária, divertimento, festivais e trabalhos, levando os participantes a explorar o estilo comunitário e a conotação cultural do passado do Pátio do Espinho, e a pensar na questão da conservação cultural. Após a palestra seguiu uma visita a poço, árvores, as muradas e telhas antigas no Pátio do Espinho, residentes seniores lá contaram as mudanças de 70 anos para os visitantes conheceram a vida antiga lá.
A FM tem organizado, ao longo de muitos anos, o “Salão de Memória” nas escolas e nas comunidades, convidando trabalhadores da história e cultura de Macau a efectuar palestras. Até agora já foram realizadas 114 sessões em escolas, 3 sessões em universidades, 41 sessões para o público, e 3 sessões em instituições de assistência social, num total de 161 sessões com participação de cerca de 13,600 pessoas, tornando esta actividade uma marca sobre a história e cultura de Macau. No próximo mês serão organizadas palestras especiais, e os cidadãos interessados podem seguir os avisos do site “Memória de Macau”. Além de visitar o site (www.macaumemory.mo), podem, ainda, seguir a página de facebook, a conta oficial de Wechat, o canal de Instagram e de Youtube “Memória de Macau” (ID: MacauMemoryFM), ou a conta de Toutiao “澳門記憶MacauMemory”.
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