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O vírus da varicela tornou-se recentemente mais activo em Macau Serviços de Saúde apelam aos residentes para prestarem atenção à prevenção


O vírus da varicela em Macau tornou-se mais activo recentemente, pelo que os Serviços de Saúde apelam aos pais, instituições de ensino e creches para estarem atentos à varicela.

De acordo com os dados de vigilância sobre as doenças transmissíveis de declaração obrigatória dos Serviços de Saúde, na semana passada, registou-se uma tendência de aumento do número de casos de varicela, com a média semanal de oito casos a partir de 1 de Novembro a subir para 40 na semana passada. Este número é superior ao do período homólogo do ano passado (três casos) e ao do período homólogo de 2019 (sete casos). Após a investigação, foram notificados, recentemente, pelo Colégio de Santa Rosa de Lima (Secção Inglesa) e pelo Colégio Dom Bosco (Yuet Wah), dois casos de infecção colectiva de varicela, que afectaram um total de 18 pessoas, as quais todas foram vacinadas com uma dose de varicela. Desde o passado dia 17 de Novembro que estes alunos apresentaram sintomas de erupção cutânea e pequenas bolhas na cabeça, na cara, nos membros, nas costas e no peito, tendo sido submetidos a tratamento médico e não tendo havido qualquer doença grave ou outras complicações graves.

É de salientar que algumas pessoas que foram vacinadas contra a varicela ainda são susceptíveis de serem infectadas com varicela, o que se designa por infeção disruptiva. No entanto, os sintomas são geralmente ligeiros e atípicos, com menos bolhas e a duração da doença é relativamente curta. Tendo em conta que estes dois casos de infecção colectiva são causados pela infecção disruptiva, os Serviços de Saúde enviaram pessoal para inspeccionar o local, reforçando a comunicação com o estabelecimento em causa, a desinfecção, limpeza e manutenção da ventilação de ar no interior das instalações, entre outras medidas de controlo da infecção, bem como a aplicação rigorosa das normas de suspensão escolar para os alunos e trabalhadores infectados.

Entre 1 de Janeiro e 26 de Novembro de 2024, foram registados 355 casos de varicela em Macau, um número superior ao período homólogo do ano passado (221 casos), mas ainda assim inferior ao total registado no período homólogo de 2019 (404 casos). Cerca de três quartos dos casos são crianças, entre as quais, a maioria tem idades compreendidas entre os 8 e os 17 anos, representando 58,0% do total, enquanto as pessoas com idade inferior a 7 anos representam apenas 16,9% do total. Houve 6 casos de varicela que necessitaram de internamento hospitalar, tendo todos recuperado e tido alta hospitalar. Não houve registo de casos graves ou mortais.

A varicela é uma doença infecciosa aguda comum em crianças, é causada pelo vírus varicela-zóster, que principalmente em crianças com idades compreendidas entre os 5 e os 10 anos. A varicela pode ocorrer durante todo o ano, mas é mais comum no inverno e na primavera. A varicela transmite-se diretamente pelo contacto pessoal, através de gotículas dos doentes ou de secreções respiratórias espalhadas no ar, e indiretamente pelo contacto com objetos contaminados pelas secreções das feridas do doente.

Pode haver febre ligeira na fase inicial da infeção, seguida de erupções cutâneas maculopapulares na pele, que depois se transformam em bolhas e finalmente deixam crostas granulares. A erupção aparece inicialmente na pele da cabeça e do tronco e depois espalha-se para o rosto e membros, sendo o número do tronco maior. A varicela é altamente contagiosa, especialmente nas fases iniciais da erupção cutânea; Depois de ser infetado uma vez, o corpo fica imune durante toda a vida, no entanto, o vírus da varicela também pode permanecer inativo no corpo e ser reativado após muitos anos, causando "herpes zóster".

A maioria dos casos de varicela apresenta apenas sintomas ligeiros e recupera naturalmente, mas as pessoas com sistemas imunitários fracos têm maior probabilidade de desenvolver complicações, tais como infeções cutâneas, escarlatina, pneumonia e encefalite; Se um bebé recém-nascido contrair varicela, a condição pode ser grave ou mesmo fatal. As crianças podem ser vacinadas contra a varicela. De um modo geral, a vacinação começa no 12.º mês após o nascimento, e cerca de 90% das pessoas vacinadas podem produzir imunidade.

Para prevenir a propagação da varicela, quando os alunos e o pessoal docente das instituições educativas forem infectados pela varicela, devem suspender as aulas ou suspender as actividades lectivas, de acordo com as exigências do Decreto-Lei n.º 1/97/M, que estabelece o regime de suspensão de aulas; Caso as instituições educativas e creches detectem casos de infecção colectiva, devem informar, imediatamente, o Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde, a Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude ou o Instituto de Acção Social. Para além disso, os Serviços de Saúde apelam aos residentes e às instituições para adoptarem as seguintes medidas preventivas:

Higiene pessoal

  1. Lavar frequentemente as mãos, mantendo-as sempre limpas, ou usar um desinfectante alcoólico, em especial antes de estarem em contacto com os olhos, o nariz e a boca;
  2. Cobrir a boca e o nariz quando espirrar ou tossir, de preferência com um lenço e deitá-lo no lixo depois de usado; quando não tiver lenço, usar a manga da camisola ou cotovelo em vez das palmas das mãos;
  3. Não partilhar toalhas com outra pessoa;
  4. Praticar sempre desporto, descansar o suficiente, ter uma alimentação equilibrada, evitar fumar e deslocar-se a lugares públicos densamente frequentados;
  5. Evitar contactos próximos com doentes que manifestem sintomas da varicela;
  6. No caso de sofrer sintomas da varicela, tais como, febre, tosse, devem usar máscara e recorrer de imediato ao médico, permanecer no domicílio e suspender o serviço ou a ida à escola.
  7. Administrar a vacina contra a varicela de acordo com o Programa de Vacinação.

Higiene ambiental:

  1. Manter a limpeza e a secura do ambiente e garantir uma boa ventilação de ar no interior da sala;
  2. Proceder, no mínimo, uma vez por dia à limpeza e desinfecção dos brinquedos utilizados, mobiliário, pavimento e locais com os quais as mãos têm contacto frequente;
  3. Assegurar a existência de sabão líquido e toalhas de papel descartáveis nas instalações sanitárias.
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