De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) no 3.º trimestre de 2024, os empresários industriais locais tomaram uma atitude ligeiramente optimista quanto às perspectivas das exportações para os próximos seis meses. As principais mercadorias exportadas de Macau durante o 3.º trimestre de 2024 foram, por ordem decrescente, “equipamentos electrónicos/eléctricos”, “os produtos farmacêuticos”, “vestuário e confecções” e “bebidas alcoólicas e tabaco e produtos alimentares - lembranças”. A região Ásia-Pacífico foi o mercado de destino das exportações de Macau com performance relativamente melhor.
Quanto à carteira de encomendas, a duração média da carteira de encomendas detida pelos empresários industriais inquiridos foi de 2,3 meses no trimestre em análise, representando uma diminuição de 0,7 meses face ao trimestre anterior. De entre estes, os sectores de “produtos farmacêuticos” e “vestuário e confecções” ocuparam o primeiro lugar, com uma duração da carteira de encomendas de 3,5 meses no trimestre em análise, enquanto as carteiras de encomendas detidas pelos sectores de “equipamentos electrónicos/eléctricos” e “outros produtos não têxteis” foram de 2,5 meses e 0,5 meses, respectivamente.
No que concerne aos mercados de destino das exportações, segundo o “Índice geral da situação de encomendas trimestral por mercados”, a região Ásia-Pacífico foi o mercado de destino das exportações de Macau com performance relativamente melhor, apresentando o índice de 22,2% (excluindo os dados do Interior da China, Hong Kong e Japão). Entretanto, a performance dos mercados da União Europeia e dos Estados Unidos da América foi relativamente menos favorável, apresentando índices de -25,1% e -23,6%, respetivamente.
No que respeita às perspectivas das exportações para os próximos seis meses, os dados reflectiram que os empresários industriais de Macau tomam uma atitude ligeiramente optimista quanto às perspectiva das exportações. 48,0% dos empresários inquiridos anteciparam uma perspectiva optimista no trimestre em análise, representando uma subida de 34 pontos percentuais face ao 2.º trimestre de 2024 (14,0%). De entre estes, os empresários que anteciparam um “ligeiro crescimento” foram de 46,8%, e as empresas que previram um “aumento acentuado” foram de 1,2%. Os empresários que anteciparam uma evolução menos favorável foram de 27,2%, apresentando uma descida de 11,9 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior (39,1%). De entre estes, 17,9% previram um “ligeiro decréscimo” e 9,3% apontaram para um “forte declínio”. Os empresários inquiridos que previram uma situação “semelhante” diminuíram para 24,8% no trimestre em análise, correspondendo a uma descida de 22,1 pontos percentuais face ao trimestre anterior (46,9%).
No tocante ao mercado de emprego, o número de trabalhadores das empresas industriais inquiridas registou um aumento de 2,2% e 7,5% face ao trimestre anterior e ao período homólogo do ano de 2023, respectivamente. Por outro lado, 62,4% dos empresários inquiridos afirmaram ter enfrentado a situação da insuficiência de trabalhadores, sendo esta percentagem superior à verificada no trimestre anterior (49,5%) e no idêntico período do ano de 2023 (60,2%). Além disso, 81,2% e 80,3% dos empresários inquiridos dos sectores de “vestuário e confecções” e de “equipamentos electrónicos/eléctricos” manifestaram uma procura relativamente notável de trabalhadores.
De entre os problemas que afectam as actividades de exportação, 52,8% das empresas exportadoras consideraram os “preços mais competitivos praticados no estrangeiro” como o maior problema que estavam a encarar, enquanto 43,4% apontaram para o “insuficiente volume de encomendas”. Quanto às perspectivas para os próximos três meses, de entre as empresas inquiridas, 31,5% preocuparam-se principalmente com os “preços mais competitivos praticados no estrangeiro”, 22,0% com o “insuficiente volume de encomendas”.