Visando melhorar os processos de tratamento de resíduos, a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) já solicitou à operadora do aterro de cinzas volantes em Ká-Ho que, ao transportar as cinzas volantes, deve procurar fazê-lo de forma fechada para evitar que estas substâncias se espalhem durante o descarregamento. A DSPA decidiu também que, até à conclusão dos trabalhos da actualização da antiga unidade da Central de Incineração (CIM), os três fornos da nova unidade vão funcionar como linha de tratamento principal, os fornos da antiga unidade passam a ser de reserva. O sistema de tratamento de cinzas volantes da antiga unidade vai ser ligado aos equipamentos da nova unidade, com vista a efectuar a solidificação conjunta das cinzas volantes. antes de serem transportadas para o aterro. Por outro lado, o Governo da RAEM encarregou uma instituição e uma empresa de consultadoria de iniciarem um estudo sobre o tratamento e o destino final das cinzas volantes com. Prevê-se que o estudo possa estar concluído no início do próximo ano. Na nova unidade da CIM, que entrou em funcionamento no 4.° trimestre de 2008, foi instalado um sistema para efectuar o tratamento de cinzas volantes que visa solidificar as referidas cinzas produzidas na nova unidade. Para a concepção deste sistema, foram consideradas as necessidades de actualização da antiga unidade, bem assim como a capacidade de tratamento que poderá satisfazer a solidificação das cinzas volantes resultantes dos seis fornos da CIM. Por sua vez, estes fornos produzem aproximadamente 30 toneladas de cinzas volantes por dia, das quais, três quartos resultam da nova unidade e são solidificadas. As restantes, ou seja, um quarto destas cinzas são transportadas para o aterro de cinzas volantes em Ká-Ho, depois de aspergidas com água. No fundo do aterro é instalada uma membrana impermeável e um sistema de recolha de águas. A zona é vedada por uma rede com 2 metros de altura, tapada por lona. A DSPA exigiu a operadora que efectue a aspersão apropriada no aterro, para evitar a disseminação das poeiras. Os funcionários devem cumprir as respectivas instruções, e usar os equipamentos de protecção adequados durante o exercício das suas funções. Considerando que o descarregamento das cinzas volantes pode disseminar poeiras, a DSPA exigiu à operadora que melhore de imediato as respectivas medidas, ou seja, todas cinzas volantes produzidas pelas nova e antiga unidades da CIM (incluindo as cinzas volantes solidificadas na nova unidade) deverão serem empacotadas em sacos de plásticos com o volume de 1 m3 cada um, devendo de seguida ser embalados num outro saco, antes de serem transportados para a zona de aterro. Estes sacos fechados com cinzas volantes serão movidos por guindaste e aterrados. O processo tem por objectivo evitar a disseminação das poeiras. Para melhorar o tratamento de resíduos, a DSPA solicitou à operadora da CIM que concretize as medidas de aperfeiçoamento o mais breve possível e, até à conclusão da actualização da antiga unidade, a Central continuará a funcionar com três fornos da nova unidade como linha de tratamento principal, enquanto os fornos da antiga unidade passam a funcionar como de reserva, conforme a necessidade (segundo estimativas do tratamento dos resíduos da RAEM, será apenas necessário activar trimestralmente um forno da antiga unidade, que funcionará cerca de um mês. Caso a quantidade de resíduos reduza, poderá não ser necessária usar este forno). Antes da actualização da antiga unidade, que terá início no próximo ano, o sistema de tratamento de cinzas volantes da antiga unidade será ligado aos equipamentos na nova unidade, com vista a melhorar o tratamento das cinzas volantes. Para resolver a situação da deposição final das cinzas volantes a longo prazo, o Governo já encarregou um organismo cientifico da realização de dois estudos de viabilidade sobre o aterro, a fusão e a reutilização das cinzas volantes, na esperança de assegurar o tratamento contínuo das cinzas volantes. Um destes estudos foi já iniciado em 2009 e abrange a escolha do local, a concepção, as exigências técnicas, a construção, a estimativa do orçamento de operação, e a avaliação ambiental, que melhor sirvam para este fim. Prevê-se que o relatório do estudo de viabilidade possa ser concluído ainda este ano e o relatório sobre a avaliação do impacte ambiental possa estar concluído em Março do próximo ano. O outro estudo de viabilidade está relacionado com a fusão e a reutilização das cinzas volantes. Recentemente, a fusão é considerada uma técnica de tratamento das cinzas volantes mais avançada e é muito aplicada em Japão. Por isso, o Governo efectuou, no mês de Março, uma visita aos respectivos equipamentos no Japão, cuja forma de tratamento consiste em fundir as cinzas volantes a alta temperatura. Os produtos resultantes, depois de arrefecidos, transformam-se em substâncias semelhantes ao vidro, sendo o componente mais estável, reduzindo, por isso, a libertação de metais pesados. Estes produtos poderão ser usados na construção, por exemplo, como pavimento das ruas. O Governo solicitou um estudo a uma firma de consultadoria, que engloba a viabilidade do tratamento de cinzas volantes em Macau, a avaliação geral das respectivas técnicas, a modalidade da construção da estrutura, a escolha do local, etc. Prevê-se que o respectivo relatório possa estar concluído em Abril de 2011. Por seu lado, a DSPA está atenta com a monitorização e a avaliação ambiental sobre os poluentes orgânicos persistentes como dioxina e encarregou, no inicio deste ano, o organismo de ciências especialistas da China de proceder ao “Estudo de Avaliação e Inquérito sobre os Poluentes Orgânicos Persistentes em Macau”, que engloba também a avaliação e análise de dioxinas, cuja área de estudo abrange em diversa áreas de Macau. Prevê-se que o estudo possa estar concluído no 1.° semestre do próximo ano. O director da DSPA, Cheong Sio Kei, o subdirector, Vai Hoi Ieong, e o chefe do Centro de Gestão de Infra-estruturas Ambientais, Chan Kuok Ho, o membro do Conselho Consultivo do Ambiente e subchefe da Comissão de Serviços Comunitários da Federação das Associações dos Operários de Macau, Leong Pou U, e o membro do Grupo de Acompanhamento dos Assuntos Cívicos, Lam U Tou (tradução) reuniram-se, em 29 de Novembro de 2010, para trocar ideias sobre o tratamento de resíduos. Durante o encontro, Cheong Sio Kei disse que o melhor método para reduzir os resíduos e cinzas volantes passa pela redução da produção e separação de resíduos, diminuindo, assim, a poluição “a partir da fonte”. A DSPA continuará empenhar esforços para promover as políticas e medidas de redução e separação de resíduos e a recolher as opiniões da sociedade, na esperança de contribuir para maximizar o efeito das acções de sensibilização e assegurar a qualidade do ambiente.