Certo dia num lugar abstracto, três rapazes confrontam-se com a ausência dos pais, tentando sobreviver à existência de cada um. Mergulhando mais fundo que um retrato de família, Os Três Irmãos é uma viagem visceral, lidando com as dificuldades da distribuição de afectos e da partilha do espaço físico. Um sentimento de abandono premente instiga ao amor e egoísmo, ao sacrifício e ao derramamento de sangue.
Dissecando o dia a dia de uma família subitamente órfã, a peça dá forma ao vazio, à medida que os corpos dos bailarinos se sobrepõem, retratando momentos de intimidade, espelhando rotinas e angústias que, ocasionalmente, a maioria de nós vive.
Nascida das dores da pandemia em Portugal, Os Três Irmãos foi concebida por Victor Hugo Pontes, prolífico director artístico da Nome Próprio, levando ao palco personagens imaginadas pelo premiado escritor Gonçalo M. Tavares, cujos livros tendem a descrever paisagens emocionais, disfunções e receios humanos.
Fundada por Pontes em 2000, a Nome Próprio é um projecto artístico dedicado à produção de dança e teatro contemporâneo. Os seus espectáculos são consistentemente apresentados em Portugal bem como em palcos e festivais europeus.
Direcção Artística: Victor Hugo Pontes
Texto Original: Gonçalo M. Tavares
Aproximadamente 1 hora e 30 minutos, sem intervalo
Interpretado em português, com legendas em chinês, português e inglês
Conteúdo fornecido por: Instituto Cultural (IC)
Última actualização: 2024-05-17 21:46
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