De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) no 3.º trimestre de 2014, a duração média mensal da Carteira de Encomendas das empresas do sector industrial inquiridas foi de 2,45 meses, representando um acréscimo de 3,8% em relação ao trimestre anterior (2,36meses) e 44,1% em relação ao período homólogo do ano passado (1,7 meses). A carteira de encomendas dos sectores de "Produtos Farmacêuticos", "Vestuário e Confecções", "Outros Sectores", "Equipamentos Electrónicos/Eléctricos" e "Outros Produtos Têxteis" foi de 5,11, 2,59, 1,94, 1,57 e 0,49 meses, respectivamente. No que se refere às perspectivas das exportações, da análise ao índice geral da situação de encomendas trimestral por mercados, na opinião dos inquiridos, as empresas consideram que Hong Kong e Interior da China são os mercados que apresentam perspectivas mais favoráveis para as exportações de Macau, apresentando índices na ordem dos 34,1 e 26,2. Entretanto, o mercado do Japão tem-se revelado menos favorável, devido à fraca carteira de encomendas.
No contexto das perspectivas da evolução das exportações para os próximos seis meses, o conjunto das empresas que anteciparam perspectivas favoráveis, aumentou para 29,3% (mais 8,7 e 4,4 pontos percentuais), comparativamente ao trimestre anterior (20,6%) e ao mesmo trimestre de 2013 (24,9%). Entre as empresas inquiridas, 0,5% previam um forte aumento e 28,8% um ligeiro crescimento das exportações. As empresas que antecipam uma situação menos favorável foram de 21,0%, correspondem a um ligeiro incremento de 1,6 e a uma descida de 14,7 pontos percentuais, comparando com o trimestre anterior (19,4%) e com o idêntico trimestre de 2013 (35,7%). Entre as empresas em questão, 2,8% apontam para um ligeiro decréscimo e 18,2% para um forte declínio. As empresas que prevêem uma situação semelhante diminuíram de 60,0% no trimestre anterior, para 49,7% no trimestre em apreciação (descida de 10,3 pontos percentuais). Estes dados revelam que as empresas inquiridas demonstravam uma atitude prudentemente optimista em termos de expectativa de exportações para o futuro. No tocante ao mercado de emprego, as empresas inquiridas indicam que o número de trabalhadores diminuiu 3,0 % e 5,2% comparativamente ao trimestre anterior e ao mesmo trimestre de 2013. Destas, 63,4% afirmam terem enfrentado falta de trabalhadores, menos 66,6% e mais 62,4% verificados no trimestre anterior e no mesmo trimestre de 2013, o que reflecte falta de trabalhadores na indústria transformadora, destacando-se o sector de "Produtos Farmacêuticos" (85,5%), o que reflecte a necessidade de pessoal sentida neste sector.
Com base nos resultados do Inquérito, de entre os problemas que afectam as actividades de exportação, 20,9% das empresas consideram a "Insuficiência de Trabalhadores" como o maior problema, enquanto que 14,2% referem o "Insuficiente Volume de Encomendas"; 9,7% os "Preços Elevados das Matérias-Primas", 3,4% indicam os "Salários Elevados" e 1,3% os "Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro".
Por outro lado, durante o exercício das actividades exportadoras no 3.º trimestre de 2014, as empresas inquiridas que enfrentaram problemas relacionados com "Preços Elevados das Matérias-Primas" e "Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro" foram de 58,6 e 54,5%, respectivamente, e as que enfrentaram "Salários Elevados", "Insuficiência de Trabalhadores" e "Insuficiente Volume de Encomendas" 40,6 %, 29,0% e 27,3%.
Para os próximos três meses, 54,9% das empresas inquiridas preocupam-se principalmente com "Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro", 42,5% com os "Salários Elevados", 36,1% com os "Preços Elevados das Matérias-Primas", e 28,9com "Insuficiência de Trabalhadores".