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Estimativas do produto interno bruto (PIB)referentes ao 3º trimestre de 2014


No terceiro trimestre do corrente ano o Produto Interno Bruto (PIB) decresceu 2,1%, em termos reais, face ao idêntico trimestre de 2013, verificando-se pela primeira vez em cinco anos um crescimento económico negativo trimestral, devido principalmente à queda substancial das exportações de serviços. Destaca-se que a exportação de serviços do jogo baixou continuamente, acentuando a queda até 12,3%. As exportações dos outros serviços turísticos também desceram 0,7%. Porém, a despesa de consumo privado, a despesa de consumo final do Governo e o investimento privado subiram respectivamente 7,2%, 8,1% e 41,5%, reconfirmando a consistência do crescimento da procura interna. Além disso, as exportações de bens aumentaram 11,4%. Nos três primeiros trimestres de 2014 o crescimento económico estreitou-se, situando-se em 6,0%. O deflactor implícito do PIB do terceiro trimestre, que mede a inflação global, ascendeu 8,9% em termos anuais, informam os Serviços de Estatística e Censos. A despesa de consumo privado subiu estavelmente. O pleno emprego da mão-de-obra e a intensa procura de recursos humanos ajudaram a manter os crescimentos quer do número total de empregados quer do rendimento do emprego, impulsionando uma subida de 7,2% da despesa de consumo privado, em termos anuais. Realça-se que as despesas de consumo final das famílias, realizadas no mercado local e no exterior, subiram 6,7% e 10,6%, respectivamente. A despesa de consumo final do Governo apresentou um acréscimo de 8,1%, em termos anuais. Salienta-se que a remuneração dos empregados se elevou 2,6%, bem como ascenderam 14,2% as compras líquidas de bens e serviços. A expansão do investimento diminuiu a magnitude da queda económica. A formação bruta de capital fixo, que reflecte o investimento, continuou a subir (+38,1% em termos anuais). Beneficiado pela construção de várias instalações de turismo e entretenimento de grande envergadura, o investimento realizado pelo sector privado aumentou 41,5%, em termos anuais. Salienta-se que os investimentos em construção e em equipamento subiram 43,8% e 28,9%, respectivamente. O investimento do sector público cresceu 5,0%, destacando-se o investimento em construção, que ascendeu 15,0%, em contraste com a queda de 34,7% no investimento em equipamento. A tendência ascendente do comércio de bens manteve-se. A procura externa elevou-se, impulsionando um crescimento de 11,4% das exportações de bens, em termos anuais. Ao mesmo tempo, as importações de bens subiram 12,4% devido à expansão do investimento privado, assim como da despesa de consumo privado e do número de visitantes. O comportamento desfavorável do comércio de serviços foi a razão principal da contracção económica. O acentuamento do decréscimo da exportação de serviços do jogo (-12,3% em termos anuais) e a descida da despesa dos visitantes (apesar do aumento de visitantes) causaram uma queda de 0,7% das exportações dos outros serviços turísticos, em termos anuais. Os crescimentos negativos nas exportações de serviços do jogo e dos outros serviços turísticos resultaram na contracção significativa de 9,9% das exportações de serviços, enquanto que as importações de serviços diminuíram 17,8%, em termos anuais.