O 3.° Fórum de Alto Nível das Nações Unidas sobre Gestão de Informação Geográfica Global, foi realizado em Pequim, de 22 a 24 de Outubro deste ano. O Director da Direcção dos Serviços de Cartografia e Cadastro, Cheong Sio Kei, chefiou uma delegação para participar no evento. Subordinado ao tema "Desenvolvimento Sustentável com Informações Geográficas", o Fórum foi organizado em conjunto pela Administração Estatal de Topo-cartografia e Informações Geográficas da China e pelo Comité de Peritos das Nações Unidas sobre a Gestão de Informação Geográfica Global. 261 representantes provenientes de 44 países, 9 instituições das Nações Unidas, 27 organizações e empresas internacionais participaram no Fórum para discutir o rumo de desenvolvimento dos serviços de informação geográfica após 2015, tendo em vista prestar o apoio eficaz em prol do desenvolvimento sustentável no Mundo.
A cerimónia de abertura do Fórum foi presidida pelo Vice-Ministro de Solos e Recursos e Director da Administração de Topo-cartografia e Informações Geográficas da China, Kurexi Maihesuti; Secretário-geral Adjunto das Nações Unidas, Wu Hongbo; Co-presidente do Comité de Especialistas em Informação Geográfica Global, Eduardo Sojo; e o representante da União das Organizações Nacionais Académicas de Informação Geográfica, Mark Cygan. No seu discurso de abertura, o Vice-Ministro Kurexi Maihesuti sublinhou que o governo chinês tem dado importância à ciência, tecnologia e desenvolvimento da indústria da informação geográfica. Está previsto que o primeiro censo nacional sobre as condições geográficas no país poderá ser concluído no final de 2015, cujos resultados poderão ajudar a compreender plenamente a distribuição espacial das características geográficas da natureza e das paisagens humanas, servindo-se como a segurança para a civilização ecológica do país. Na Cimeira das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, realizada neste ano, o governo chinês doou dados globais de cobertura do solo com 30 metros de resolução para serem utilizados pelas Nações Unidas e a comunidade internacional, para que os Estados-Membros possam melhor monitorizar e lidar com as mudanças nos aspectos globais de solos e o aproveitamento de terrenos. O Secretário-Geral Adjunto das Nações Unidas, Wu Hongbo, ressaltou que o Fórum oferece uma oportunidade para o sector da informação geográfica global se concentrar no seu papel chave na integração da tecnologia da informação geográfica GIS nos três aspectos pilares do desenvolvimento sustentável - a economia, a sociedade e o ambiente. Os especialistas participantes no Fórum possuem a representação global. Este fórum de alto nível proporciona uma plataforma de intercâmbio livre, aberto e abrangente para que as Nações Unidas possam dar orientações e influenciar os países sobre as práticas comuns neste âmbito, desempenhando melhor o papel da gestão da informação geográfica.
Na conferência ministerial, integrada no Fórum, foram convidados os ministros da China, Bahamas, Ilhas Fiji, Irão, Zimbabué, entre outros países para apresentar relatórios e trocar ideias sobre o papel dos serviços de informação geográfica no desenvolvimento sustentável local, regional e global. No Fórum que decorreu em três dias, foram abordados os temas "Agenda do Desenvolvimento da Informação Geográfica após 2015", "Sustentabilidade Urbana e Ambiente Habitacional", "Alterações Climáticas e Prevenção e Mitigação de desastres", "Uso de Tecnologia, Inovação Topográfica e o Desenvolvimento de Monitorização", "Cooperação Inter-regional e Internacional". Sob a iniciativa das Nações Unidas de reforçar a cooperação na gestão de informações geográficas e dar suporte para enfrentar os desafios globais a par do desenvolvimento sustentável, os representantes participantes apresentaram a "Declaração de Beijing - Desenvolvimento Sustentável com Informação Geográfica", que visa sublinhar a importância da cooperação no desenvolvimento de informação geográfica, prestando incentivos para fortalecer a colaboração e a criação de capacidades, a prestação dos serviços de gestão de informação geográfica destinados à avaliação e monitorização do desenvolvimento sustentável a níveis global, regional e nacional; dando apoio ao mecanismo de cooperação e o enquadramento global a estabelecer de acordo com o sistema de gestão de informação geográfica global das Nações Unidas; promover a aplicação e inovação das ciências e tecnologias para ajudar vários países a enfrentar e resolver as questões de planeamento urbanístico e gestão dos solos, a par do desenvolvimento sustentável; promover a mitigação e adaptação às mudanças climáticas, a gestão de risco de desastres, entre outros desafios comuns em todo o mundo.
A fim de promover a coordenação e cooperação na área da informação geográfica, o Conselho Económico e Social das Nações Unidas criou, em Julho de 2011, o Comité de Peritos sobre a Gestão da Informação Geográfica Global, que está empenhado em promover o desenvolvimento da informação geográfica para enfrentar os desafios do desenvolvimento global, proporcionando uma plataforma colaborativa entre os Estados-Membros e as organizações internacionais. Desde a criação deste Comité de Peritos, foram realizados dois fóruns de alto nível, um na Coreia do Sul em 2011, e outro em Qatar em 2013. O Fórum de Alto Nível das Nações Unidas sobre Gestão de Informação Geográfica Global fornece uma boa plataforma de comunicação para os delegados a trocar ideias, através da qual os países podem entender uns aos outros por meio de intercâmbios, aumentar as oportunidades de cooperação, prestar o apoio à tomada, em tempo útil, de decisões e políticas científicas e efectivas sobre os desastres e as necessidades humanitárias, entre outras questões relacionadas com o desenvolvimento da informação geográfica. Este fórum de alto nível promove a cooperação contínua no domínio da gestão da informação geográfica global, a aplicação da informação geográfica em face do planeamento urbano, a gestão de terrenos, a monitorização ambiental, o estabelecimento de normas, entre outras questões. Por seu lado, Macau pode aprender com as experiências do desenvolvimento de outros países que permitem formular políticas no futuro para promover o desenvolvimento da informação geográfica, reforçar a cooperação regional, apoiar a tomada de decisão científica, assim como fornecer uma base científica e objectiva para a implementação de políticas públicas.
