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Secretários para a Administração e Justiça, Segurança e Assuntos Sociais apresentam trabalhos de rescaldo na sequência do tufão


A secretária para Administração e Justiça, Sónia Chan, e os secretários para a Segurança, Wong Sio Chak, e Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, estiveram, hoje (24 de Agosto), presentes na conferência de imprensa, onde apresentaram os trabalhos de rescaldo efectuados na sequência da passagem do tufão «Hato» em Macau.

Na ocasião, a secretária para Administração e Justiça, Sónia Chan, afirmou que os serviços sob a sua tutela acompanharam, sempre e de perto, a evolução dos acontecimentos durante a passagem do tufão pelo território, avaliando as medidas de contingência necessárias a adoptar. Sublinhou que o pessoal do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), sendo um dos serviços que integra a estrutura da Protecção Civil, procedeu sempre, de forma determinada e empenhada, aos trabalhos de socorro e salvamento, em coordenação com os restantes serviços da estrutura da Protecção Civil, nomeadamente à remoção dos troncos de árvores e objectos que obstruíam as vias públicas. Acrescentou que os restantes serviços têm também um plano de contingência, explicando que após analisada a situação provocada pelo tufão, verificam qual a forma de prestar serviços à população e quais aos canais se deve recorrer para transmitir as informações.

Adiantou que, a fim de garantir o funcionamento dos serviços básicos, a sua tutela criou um grupo de trabalho composto por 200 voluntários sob a coordenação do Centro de Operações de Protecção Civil (COPC), com o objectivo de procederem, em conjunto, aos trabalhos de salvamento e de limpeza. Referiu que, tendo em consideração os prejuízos causados pelo tufão «Hato» às instalações de serviços públicos e trânsito e, sob a premissa de assegurar os serviços mínimos e necessários, todos os serviços podem ajustar o local e hora de trabalho dos seus funcionários, designadamente caso o funcionário não consiga chegar a horas ao local de trabalho, as chefias podem, de acordo com a Lei, recorrer ao poder discricionário e considerar como falta justificada.

A mesma responsável indicou ainda que os funcionários com dificuldades podem inteirar-se, junto dos Serviços de Administração e Função Pública (SAFP), sobre os requisitos necessários para solicitarem apoio económico único. Salientou ainda estar disponível apoio psicológico para quem necessitar e para que seja dado um serviço atempado e oportuno, os interessados podem proceder à marcação prévia através do número de telefone 2871 5131. Acrescentou ter sido criado um grupo de trabalho de apoio psicológico e ainda palestras também de ajuda.

Por sua vez, o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, referiu que, de acordo com as orientações uniformizadas do Chefe do Executivo e Governo da RAEM, a sua tutela está empenhada no acompanhamento das operações da Protecção Civil durante o tufão e nos trabalhos de salvamento e rescaldo. Acrescentou que o tufão «Hato» foi o mais forte desde 1964 e, apesar do COPC não ter experiência com este género de tufão e de não ter recebido os devido alertas, já na noite do dia 22 de Agosto este Centro encontrava-se pronto a entrar em acção, como também os diversos serviços convocaram, antecipadamente, reuniões para organizar e distribuir os trabalhos. Adiantou que antes das 8 horas, do dia 23, já todos os representantes dos serviços que integram a estrutura da Protecção Civil se encontravam nas instalações do COPC.

Wong Sio Chak esclareceu que, durante o funcionamento do COPC, a estrutura da Protecção Civil foi ajustando o plano de contingência conforme a trajectória do tufão e os prejuízos causados. Reiterou que o COPC continua em funcionamento, com a finalidade de coordenar os trabalhos de rescaldo e divulgação de informações, garantiu estarem a ser envidados todos os esforços, no sentido de proceder da melhor forma ao seu trabalho.

O mesmo responsável indicou que, conforme os dados do COPC, o tufão provocou oito vítimas mortais e, até ao momento, não existe informação de desaparecidos. Adiantou que, no final dos trabalhos, será efectuada uma revisão geral de todo o mecanismo de coordenação, um balanço e que serão tiradas as devidas ilações. Indicou que todos os agentes da corporação cancelaram ou suspenderam as férias, no sentido de responderem ao trabalho de salvamento, manter a ordem e segurança pública. Explicou que a Direcção dos Serviços das Forças de Segurança (DSFS) vai proceder aos trabalhos de logística, a Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) apoiar os bombeiros nos trabalhos de desobstrução das vias e os diversos serviços apoiar o COPC na divulgação atempada de factos precisos, através de vários canais e, assim, dar esclarecimentos afastando rumores que não correspondam à verdade.

Indicou que, de acordo com o mecanismo de ligação do policiamento comunitário, o COPC, conjuntamente com o grupo de voluntários de outros serviços e outras entidades cívicas, vai proceder a trabalhos de rescaldo e envidar todos os esforços para levar «o barco a bom porto».

Entretanto, o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, manifestou-se muito triste e desolado pelos mortos, feridos e danos materiais causados pelo tufão «Hato», que assolou gravemente Macau. Garantiu que todos os serviços sob a sua tutela estão unidos, sob o mesmo objectivo, no salvamento e trabalhos de rescaldo. Acrescentou que, com o esforço da equipa médica pública e privada, os mais de cem cidadãos feridos, vítimas do tufão, receberam cuidados médicos adequados, no entanto é de lamentar as oito vítimas mortais. Sublinhou que caso os familiares das vítimas necessitem de ajuda, nomeadamente jovens e estudantes, ser-lhe-á providenciado apoio psicológico por parte dos assistentes sociais.

Aproveitou para agradecer ao pessoal da linha da frente pela dedicação altruísta e ainda ao pessoal da área da saúde terem participado, por iniciativa própria, nos trabalhos de salvamento, minimizando o impacto causado por esta catástrofe natural.

Alexis Tam revelou que, devido ao tufão, também muitas escolas primárias e secundárias foram afectadas com inundações, sendo por isso difícil arrancarem com o ano lectivo a 1 de Setembro. No entanto, prometeu que a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) irá empenhar-se em apoiar as referidas escolas. Indicou também que algumas instalações desportivas e culturais sofreram danificações, sendo necessário tempo para proceder aos trabalhos de recuperação. No entanto, referiu que património cultural registou poucos prejuízos. Revelou ter-se deslocado às zonas mais afectadas pela passagem do tufão, nomeadamente Fai Chi Kei e Ilha Verde, onde visitou os idosos e portadores de deficiência, entre outras pessoas da camada mais desfavorecida, tendo ainda ido manifestado a sua solidariedade às pessoas que se encontravam no Centro de Abrigo. E salientou a criação de um grupo, pela DSEJ, com cerca de dois a três mil voluntários, havendo uma participação activa dos vários sectores nos trabalhos de rescaldo.