No segundo trimestre de 2017 o Produto Interno Bruto (PIB) registou um aumento homólogo de 11,5%, em termos reais, superior ao aumento do primeiro trimestre (10,3%), principalmente devido às subidas das exportações de serviços e da despesa de consumo privado. A procura externa manteve-se expandida, impulsionando o crescimento anual de 18,8% das exportações de serviços. Destacam-se os aumentos homólogos de 19,0% nas exportações de serviços do jogo e de 22,1% nas exportações de outros serviços turísticos, com uma ligeira subida de 0,5% das exportações de bens. A procura interna subiu consistentemente, enquanto a despesa de consumo privado e as importações de bens cresceram respectivamente 3,4% e 2,4%, em termos anuais. No entanto, desceram a despesa de consumo final do Governo e o investimento, cada um 2,4%, em termos anuais. Por seu turno, o deflactor implícito do PIB, que mede a variação global de preços, registou um crescimento anual de 2,2%, informam os Serviços de Estatística e Censos.
A despesa de consumo privado aumentou à medida da recuperação económica, do abrandamento da inflação e do contínuo comportamento satisfatório do mercado de emprego, os quais suportaram o crescimento anual de 3,4% da despesa de consumo privado, que superou o do primeiro trimestre (1,6%). A despesa de consumo final das famílias cresceu 2,5% no mercado local e 5,0% no exterior.
A despesa de consumo final do Governo diminuiu, apresentando uma queda homóloga de 2,4%, inferior à do primeiro trimestre (+4,8%), em consequência da notável descida de 11,0% nas aquisições líquidas de bens e serviços. Entretanto, as remunerações dos empregados aumentaram 2,7%.
O investimento abrandou. A formação bruta de capital fixo, que reflecte o investimento, registou uma contracção homóloga de 2,4%, contrastando com o primeiro trimestre (+7,1%), em consequência da contínua conclusão das obras de grande envergadura de construção de instalações do turismo e entretenimento. O investimento do sector privado registou um recuo homólogo de 8,8%, salientando-se as quedas de 7,3% no investimento em construção e de 20,2% no investimento em equipamento. Em contrapartida, aumentou significativamente 73,1% o investimento do sector público, devido ao acréscimo substancial de 84,1% em obras públicas. O investimento público em equipamento caiu 11,3%.
O comércio de mercadorias manteve-se em crescimento. As exportações e as importações de bens cresceram respectivamente 0,5% e 2,4%, em termos anuais, graças aos aumentos da despesa de consumo privado e da despesa dos visitantes.
O comércio de serviços acelerou o ritmo de crescimento. Devido ao acréscimo quer do número de visitantes entrados, quer da respectiva despesa, o aumento homólogo das exportações de serviços registou 13,4% no primeiro trimestre passando para 18,8% no segundo trimestre, realçando-se os acréscimos de 19,0% nas exportações de serviços do jogo e de 22,1% nas exportações de outros serviços turísticos, superiores aos do primeiro trimestre (+11,3% e +20,9%). Quanto às importações de serviços, a subida homóloga de 15,1% superou a subida de 12,5% registada no primeiro trimestre.
No primeiro semestre de 2017 a economia de Macau registou um crescimento homólogo de 10,9%, em termos reais. Em termos dos principais componentes das despesas do PIB, registaram-se subidas de 2,5% na despesa de consumo privado; 0,9% na despesa de consumo final do Governo e 1,8% no investimento, observando-se aumentos de 5,5% nas exportações de bens e 3,8% nas importações de bens, assim como acréscimos de 16,0% nas exportações de serviços e 13,8% nas importações de serviços. Salienta-se que as exportações de serviços do jogo e as exportações dos outros serviços turísticos aumentaram 15,0% e 21,5%, respectivamente.