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Resultados do inquérito às necessidades de mão-de-obra e às remunerações referentes ao 2º trimestre de 2017


A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) disponibiliza os resultados do Inquérito às Necessidades de Mão-de-Obra e às Remunerações referentes ao segundo trimestre de 2017, efectuado junto dos estabelecimentos do “comércio por grosso e a retalho”, dos “transportes, armazenagem e comunicações”, das “actividades de segurança” e das “actividades de tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos”. Excluíram-se do objecto estatístico deste inquérito os trabalhadores por conta própria.

No fim do segundo trimestre de 2017 encontravam-se ao serviço 59.971 trabalhadores no “comércio por grosso e a retalho”, isto é, mais 6,1% em relação ao fim do trimestre homólogo de 2016, realçando-se que 38.110 trabalhavam no “comércio a retalho”. Em Junho de 2017 a remuneração média (excluindo as participações nos lucros e os prémios) dos trabalhadores a tempo completo do “comércio por grosso e a retalho” cifrou-se em 13.050 Patacas, o que traduziu um acréscimo de 3,6%, em termos anuais.

Os “transportes, armazenagem e comunicações” tinham ao seu serviço 11.538 trabalhadores, ou seja, mais 6,1%, em termos anuais. Em Junho de 2017 a remuneração média dos trabalhadores a tempo completo desceu 1,2%, em termos anuais, para 20.460 Patacas, uma vez que o número de empregados recrutados recentemente aumentou e as respectivas remunerações iniciais eram relativamente baixas.

Nas “actividades de segurança” existiam 10.760 trabalhadores ao serviço, tendo-se registado uma descida ligeira de 1,7%, em termos anuais. A remuneração média dos trabalhadores a tempo completo em Junho de 2017 foi de 12.960 Patacas, isto é, mais 4,4%, em termos anuais.

As “actividades de tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos” empregavam 866 trabalhadores, ou seja, mais 3,2%, em termos anuais. Os trabalhadores a tempo completo tiveram uma remuneração média de 18.150 Patacas em Junho de 2017, equivalendo a um aumento de 3,8%, em termos anuais.

No fim do segundo trimestre de 2017 existiam 3.476 vagas no “comércio por grosso e a retalho” (-344, face ao fim do mesmo trimestre de 2016), das quais 59,2% pertenciam ao “comércio a retalho”. Por seu turno, havia 964 postos vagos nas “actividades de segurança”, ou seja, menos 275 vagas.

Em relação aos requisitos de recrutamento, apenas o nível académico inferior ou equivalente ao ensino secundário geral era exigido na maioria das vagas nas “actividades de segurança” (75,6%), nos “transportes, armazenagem e comunicações” (53,9%) e no “comércio por grosso e a retalho” (47,0%). Quanto aos conhecimentos linguísticos, o domínio do mandarim (em 86,0% dos postos vagos) e do inglês (em 51,6% das vagas) era requerido no “comércio a retalho”. Nas “actividades de segurança” o domínio do mandarim era exigido em 59,5% dos postos vagos e o do inglês em 33,7% das vagas.

No trimestre em análise, a taxa de recrutamento de trabalhadores (6,6%) no “comércio a retalho” subiu 1,3 pontos percentuais, em termos anuais, enquanto a taxa de vagas (6,3%) desceu 2,1 pontos percentuais, indicando o preenchimento de algumas vagas existentes deste ramo de actividade económica. Nos “transportes, armazenagem e comunicações” a taxa de vagas (6,8%) diminuiu 1,6 pontos percentuais, em termos anuais, enquanto a taxa de rotatividade (5,2%) e a taxa de recrutamento (5,0%) aumentaram 1,0 e 0,4 pontos percentuais, respectivamente. Estes indicadores reflectem que a procura de recursos humanos deste ramo de actividade económica abrandou. Nas “actividades de segurança” a taxa de vagas (8,5%) e a taxa de recrutamento (3,8%) decresceram 2,0 e 0,6 pontos percentuais, respectivamente, em termos anuais, enquanto a taxa de rotatividade (3,9%) cresceu 0,2 pontos percentuais, indicando que haviam vagas a serem preenchidas neste ramo de actividade económica.

Quanto à formação profissional nos ramos de actividade económica inquiridos no trimestre de referência, havia 14.146 participantes em 878 cursos de formação fornecidos pelos estabelecimentos (isto é, em cursos organizados pelos estabelecimentos, ou, realizados em conjunto com outras instituições, ou ainda, subsidiados pelos estabelecimentos). Destaca-se que 75,0% e 61,0% dos estabelecimentos das “actividades de tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos” e das “actividades de segurança” forneceram formação aos seus trabalhadores, respectivamente. No “comércio por grosso e a retalho” registou-se o maior número de formandos (8.115) que assistiram a 545 cursos de formação profissional. Em relação ao tipo de cursos, 61,1% dos formandos do “comércio por grosso e a retalho” e 58,6% dos formandos das “actividades de segurança” frequentaram os cursos de comércio e gestão. No que concerne ao pagamento, mais de 90% dos formandos de todos os ramos de actividade económica inquiridos frequentaram cursos pagos pelos estabelecimentos.