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Serviços de Saúde redobram alerta para higiene alimentar após aumento de casos de gastroenterite


Os Serviços de Saúde registaram nos últimos dias um aumento dos casos de gastroenterite de acordo com a monitorização que está a ser diariamente efectuada.

Antes da chegada dos tufões (período de 1 a 22 de Agosto), no Serviço de Urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário eram registados entre 5 (cinco) a 35 casos relativos à gastroenterite, contudo após o dia 25 de Agosto o numero de casos diários aumentou ligeiramente para 42 registados no dia 28 de Agosto.

Já o aumento de casos no Hospital Kiang Wu é mais evidente. Regularmente havia registo de 35 a 70 casos, porém, no dia 28 de Agosto, o numero de utentes registado foi de 178 utentes, todos eles sem relação e considerados esporádicos.

Outro dado é o facto de até ao dia 28 de Agosto, ou seja, após a passagem dos tufões, só tenham existido 4 (quatro) casos suspeitos de infecção colectiva devido a gastroenterite que envolveram entre 2 a 5 pessoas, no máximo, numero semelhante a dias anteriores.

De notar que os casos têm sido detectados particularmente em mulheres, com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos. Todos os pacientes foram considerados casos normais e não houve nenhum caso considerado grave. A análise inicial indicou que os principais motivos da gastroenterite podem estar relacionados com a ingestão de comida estragada, ou exposta a temperaturas anormais, ou o facto de não haver cuidados higiénicos ( p.e. lavar as mãos) após o manuseamento de lixo.

As causas exactas ainda estão sujeitas às pesquisas e análises que serão efectuadas pelo Centro de Segurança Alimentar do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais.

Os Serviços de Saúde apelam ainda que caso os fornecedores de alimentos não possam garantir a segurança alimentar, devem suspender o fornecimento dos alimentos mais facilmente deterioráveis.

Os Serviços de Saúde estão a proceder ao acompanhamento estreito da situação e apelam urgentemente que as recomendações apresentadas pelo Centro de Segurança Alimentar do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais devem ser rigorosamente cumpridas, tais como os seguintes:

  1. Ao fornecer os alimentos, deve ser garantida a segurança de matéria-prima de comidas, especialmente, o processo de culinária, a conservação e o transporte dos alimentos e, por outro lado, a conservação em temperatura ambiente das comidas mais facilmente deterioráveis e o transporte das comidas mais facilmente deterioráveis não devem ultrapassar duas horas;
  2. Caso não seja possível garantir a segurança alimentar, o fornecimento dos alimentos mais facilmente deterioráveis deve ser suspenso, mas os alimentos que suportem temperatura ambiental mais longa podem ser disponibilizados;
  3. Todos os cidadãos incluindo os trabalhadores de limpeza devem prestar atenção à higiene pessoal e alimentar. É conveniente usar as luvas para proceder ao trabalho de limpeza; após o trabalho, devem lavar bem as mãos antes de ingerir alimentos. Aliás a ingestão de comida deve ser feita só após a garantia de estarem em perfeitas condições. Alimentos ou bebidas com aspecto ou qualidade duvidosas não deve ser consumida.

Para informações pormenorizadas sobre as doenças transmissíveis, os cidadãos podem consultar o sítio electrónico dos Serviços de Saúde através de http://www.ssm.gov.mo/csr/ ou ligar para a linha aberta n.o 28700800.