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Resposta a uma carta subscrita em nome dos familiares das Forças de Segurança


Relativamente a uma carta que nos foi enviada por alegados ­“familiares do pessoal das forças de segurança ligados pelo coração a Macau”, na qual é reflectido o trabalho de resgate e salvamento e de rescaldo do pessoal das forças de segurança no tufão “Hato”. Embora não se possa confirmar que a missiva tenha verdadeiramente origem nos familiares do pessoal das forças de segurança, as autoridades de segurança não deixam de devotar ao seu conteúdo elevada atenção.

O tufão “Hato” foi a catástrofe mais destrutiva que passou por Macau nos últimos 53 anos, tendo causado graves prejuízos para o território. Confrontados com esta realidade, todo o pessoal das forças de segurança demonstrou coragem perante o perigo, total empenho, dedicação e elevado espírito de sacrifício nas acções de socorro e de rescaldo para o salvamento da vida e a recuperação da ordem social à normalidade. Por isso, o Chefe do Executivo, acompanhado pelo Secretário para a Segurança, visitou, ontem (dia 29 de Agosto), todo o pessoal da primeira linha das várias corporações das Forças de Segurança que participou nas operações de socorro e salvamento, expressando o seu profundo agradecimento ao pessoal das Forças e Serviços de Segurança pela sua dedicação e manifestou o seu reconhecimento pelo seu trabalho.

Entretanto, as autoridades de segurança entendem perfeitamente que o pessoal da linha de frente de socorro e salvamento trabalha com total empenho e põe de lado os assuntos particulares, de modo que os familiares tenham que enfrentar os diversos incómodos para a vida quotidiana e eventuais perigos causados pelo tufão nos últimos dias, suportando diferentes níveis de pressão. As autoridades de segurança manifestaram profundos agradecimentos aos familiares pela compreensão e pelo apoio dado durante esse período.

Relativamente às questões suscitadas na carta que referem o excesso de tempo de trabalho e a insuficiência para o descanso dos agentes de resgate, as autoridades de segurança revelaram que os trabalhos de resgate em caso de calamidade, integram a missão das Forças de Segurança de Macau, constituindo uma responsabilidade que resulta da lei. Tendo em conta a gravidade de prejuízo causado pelo tufão, bem como a necessidade de repor o mais rápido possível a normalidade, é inevitável que os agentes da linha de frente das Forças e Serviços de Segurança necessitem de prolongar o tempo de serviço, perdendo uma das partes de descanso, para acelerar os trabalhos de resgate e de acompanhamento, assim, os respectivos serviços já tentaram arranjar formas para garantir que os agentes da linha de frente possam ter tempo para o descanso. Todavia, depois de consulta aos serviços ficamos a saber que existe discrepância entre o que, em matéria de tempo prolongado, é alegado na referida carta. Relativamente às demais questões suscitadas, o Governo da RAEM deve informar que está a proceder uma revisão sobre umas séries de modelos de trabalho de protecção em caso de calamidade e de resgate, ouvindo as sugestões e opiniões dos diversos sectores, de cujos conteúdos pretende resulte o aperfeiçoamento e a melhoria dos mecanismos de emergência, dos trabalhos de gestão e das respectivas capacidades de resposta, em caso de calamidades de grande dimensão.