DSAT e DSF anunciam medidas de apoio a proprietários de viaturas danificadas pelo tufão
A Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) revelou, hoje (31 de Agosto), que vai apoiar os proprietários nos trabalhos de rescaldo aos veículos danificados pela passagem do tufão, nomeadamente na uniformização de preço único para reboque e coordenação com as companhias de autocarros na adopção de medidas, de acordo a situação das estradas, como resposta ao início de aulas.
Entretanto, os Serviços de Finanças estão a elaborar medidas de incentivo fiscal, com o objectivo de reduzir os impostos sobre os veículos motorizados, como forma de aliviar as dificuldades dos proprietários que viram as suas viaturas danificadas pelas inundações.
Durante a conferência de imprensa desta tarde organizada pelo Gabinete do Porta-voz, o director dos Serviços para os Assuntos de Tráfego, Lam Hin San, referiu que, relativamente aos veículos motorizados danificados pelas inundações durante a passagem do tufão Hato, os serviços chegaram a um consenso com as companhias de reboque sobre a uniformização de preço único para este serviço. Entretanto, caso haja veículos em parques privados que necessitem de serem removidos, sugere-se à assembleia geral de condomínio o recrutamento da mesma companhia de reboque por forma a elevar a eficácia de remoção dos carros desse parque. O mesmo responsável garantiu que a DSAT tem já na sua posse os dados das companhias de reboque, que serão tornados público muito brevemente, acrescentando que caso os proprietários queiram abater as viaturas danificadas nesta calamidade, os mesmos podem contactar a DSAT que lhes prestará apoio, nomeadamente na indicação do local onde deverá ser deixado o veículo.
Relativamente aos quatro silos de automóveis que ficaram submersos, Lam Hin San revelou existirem 700 automóveis privados e 200 motociclos afectados.
Na mesma ocasião, o director dos Serviços de Finanças, Iong Kong Leong, afirmou que aqueles serviços estão a elaborar medidas de incentivo fiscal de redução de impostos a veículos motorizados, como medida de alívio às dificuldades dos proprietários dos carros danificados. Esclareceu que quem adquirir veículos movidos a combustíveis tradicionais, poderá usufruir de uma dedução máximo até 80 por cento do imposto pago pelo anterior veículo que foi afectado pelas inundações. Contudo, se a viatura for movida a combustíveis alternativos, como por exemplo a gás natural, a energia solar ou a energia eléctrica, além da isenção de imposto prevista na lei para este tipo de veículos, poderá ainda usufruir da devolução do imposto já pago pelo carro danificado pelas inundações.
Para os proprietários dos veículos danificados pelas inundações poderem usufruir de medidas de incentivos fiscais, é obrigatório proceder ao abatimento da viatura antiga junto da DSAT. Contudo, explicou que a matéria de isenção fiscal é da competência exclusiva da Assembleia Legislativa, sendo necessário passar por processo legislativo e, por essa razão, é necessário aguardar a entrada em funções da nova Assembleia Legislativa, mas garantiu que o projecto será submetido para apreciação com carácter urgente.
Reiterou que devido à destruição verificada no terminal de autocarro das Portas do Cerco, nomeadamente a nível da electricidade, ar-condicionado, sistema contra incêndios e elevadores, é necessário algum tempo para as devidas reparações, adiantando que estão a ser estudados métodos de reparação, a fim de se recuperar o serviço o mais rápido possível. E afirmou que por se compreender a necessidade urgente dos cidadãos na utilização do referido terminal, fez-se um ajustamento das 24 rotas dos autocarros para 10 paragens periféricas, no sentido de permitir aos passageiros maior facilidade na mobilidade.
Lam Hin San salientou que os enormes esforços e determinação nos trabalhos de limpeza de detritos e obstáculos, por parte de todos, permitiram que as vias públicas de Macau estivessem, no momento, em condições de circulação. Disse ainda que a DSAT vai apoiar as companhias de autocarro com a utilização de autocarros reservados e novos autocarros, no início do ano lectivo. Em caso de engarrafamento, os condutores de autocarros estão autorizados a não parar em todas as paragens, para evitar que as vias públicas fiquem mais congestionadas. Espera-se a compreensão dos cidadãos, e apela-se que planeiem o seu itinerário e saiam mais cedo de casa.