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Divulgação dos resultados do Inquérito à Carteira de Investimentos referentes a 31 de Dezembro de 2014


O “Inquérito à Carteira de Investimentos” (ICI) tem por objectivo dar a conhecer o valor de mercado e a distribuição geográfica dos investimentos detidos por residentes de Macau, em títulos emitidos por entidades não residentes independentes. Tal como anteriormente, colaboraram conjuntamente no ICI, a Autoridade Monetária de Macau (AMCM) e a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Divulga-se seguidamente o resumo dos resultados com data de referência de 31 de Dezembro de 2014. Os investimentos dos residentes de Macau - incluindo indivíduos, governo e outras pessoas colectivas, mas excluindo o fundo de reserva cambial da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) - em títulos emitidos por entidades não residentes independentes, foram calculados a preços de mercado em 31 de Dezembro de 2014 e registaram um valor de 399,1 mil milhões de patacas, ou seja, menos 4,1% face a 30 de Junho de 2014, porém mais 2,3% em termos anuais. Entre os vários componentes da carteira, os investimentos em títulos representativos de capital, obrigações a longo prazo e obrigações a curto prazo atingiram 155,0, 228,9 e 15,2 mil milhões de patacas, respectivamente. Comparativamente com o final de 2013, o valor de mercado dos investimentos em títulos representativos de capital desceu 9,5%, salientando-se que os fundos mútuos e investimentos em trusts alcançaram 32,0 mil milhões. Por outro lado, os valores de mercado do investimento em obrigações a longo prazo e em obrigações a curto prazo cresceram 12,2% e 2,5%, respectivamente. Em termos da distribuição geográfica, a região asiática deteve a maior fatia da carteira de investimentos externos dos residentes de Macau, com 70,1%, sendo o restante valor aplicado principalmente na Europa (10,6%), ilhas do Atlântico Norte e Caraíbas (10,3%), América do Norte (6,3%) e Oceânia (2,3%). O investimento dos residentes de Macau continuou a concentrar-se nos títulos emitidos por entidades no Interior da China (incluindo títulos listados em bolsas no exterior), com 48,3% da carteira de investimentos externos. O respectivo valor de mercado atingiu 192,9 mil milhões de patacas, aumentando 8,2% em relação ao período homólogo de 2013. Refira-se que este investimento consistiu em 28,2 mil milhões de patacas em títulos representativos de capital, 151,7 mil milhões em obrigações a longo prazo e 13,0 mil milhões em obrigações a curto prazo, que equivalem, respectivamente, a 18,2%, 66,3% e 85,5%, do valor total nas respectivas categorias. Em contrapartida, a quota da carteira de investimentos emitidos por entidades em Hong Kong desceu de 29,7% no fim de 2013 para 18,3%, tendo caído 36,9% o valor de mercado dos respectivos investimentos, com 73,1 mil milhões. Realça-se que os investimentos em títulos representativos de capital e em obrigações a longo prazo atingiram 58,2 e 13,6 mil milhões de patacas, respectivamente. A quota de investimento em títulos europeus cifrou-se em 10,6%, traduzindo um aumento de 1,9 pontos percentuais face ao final de 2013, enquanto que o seu valor de mercado atingiu 42,3 mil milhões de patacas, crescendo 24,3%. Entre os países europeus, o Luxemburgo contabilizou a maior quota do investimento, com um valor de mercado de 14,5 mil milhões, correspondente a uma subida anual de 10,8%. Por seu turno, o investimento em títulos emitidos no Reino Unido foi de 8,8 mil milhões, aumentando 21,9% em termos anuais, tendo crescido também os investimentos em valor de mercado dos Países Baixos 131,4%, Irlanda 26,7% e França 9,2%. A carteira de investimentos dos residentes de Macau no Atlântico Norte e Caraíbas continuou a crescer, atingindo 41,2 mil milhões de patacas em valor de mercado, ou seja, mais 33,1% em relação ao final de 2013, tendo aumentado para 10,3% o respectivo peso na carteira de investimentos no exterior. Em particular, aumentaram os valores das carteiras nas Ilhas Caimão 41,1% e nas Ilhas Virgens Britânicas 54,0%, atingindo 25,0 e 9,7 mil milhões, respectivamente, ao passo que desceu 4,9% nas Bermudas, para 6,4 mil milhões. A maior parte dos investimentos dos residentes de Macau na América do Norte concentrou-se nos EUA, onde a carteira de investimentos alcançou 22,6 mil milhões de patacas em valor de mercado, com um considerável aumento de 154,9% face ao final de 2013, que empurrou de 2,3% para 5,7% o respectivo peso na carteira de investimentos no exterior. O valor de mercado do investimento em obrigações a longo prazo dos EUA situou-se em 8,9 mil milhões de patacas, ou seja, mais 40,4% em 2014, ocupando assim o quarto lugar na respectiva categoria de investimento. Em 2014 expandiu-se bruscamente 183,6% o valor do investimento dos residentes de Macau em obrigações a longo prazo emitidos por entidades na Austrália, atingindo 8,6 mil milhões de patacas, incrementando o peso da Oceânia de 1,0% no final de 2013 para 2,3% no final de 2014.