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Serviços de Saúde vai rever sistema de prevenção e controlo de doenças transmissíveis implementado em Macau após problemas detectados pelos especialistas da OMS na República da Coreia (Coreia do Sul)


Após a visita durante uma semana de uma delegação de especialistas da Organização Mundial de Saúde (OMS) à República da Coreia (Coreia do Sul) foi realizada na manhã de sábado, 13 de Junho uma conferência de imprensa na capital da República da Coreia (Coreia do Sul), Seoul. De acordo com o chefe da delegação e director-geral assistente, Keiji Fukuda, a forma de transmissão de Mers-CoV na República da Coreia (Coreia do Sul) é similar ao surto do mesmo nas regiões do Médio Oriente, o vírus não se transformou nem se tornou mais transmissível. De acordo com as investigações, as causas desta grave propagação resultaram dos seguintes factores: 1. A maioria dos médicos não previa a situação nem conhecia bem o Mers-CoV; 2. As medidas de prevenção e controlo de infecção não produziram os efeitos desejados; 3. As salas de urgência estavam superlotadas e os doentes foram colocados na enfermaria com várias camas de doente; 4. É provável que os hábitos dos coreanos como “doctor-shopping” (ie. o doente recorre ao mesmo tempo a diversas unidades de saúde quando está doente) e a visita de vários familiares e amigos aos doentes internados facilitaram a propagação da doença. O especialista da OMS salientou que até ao presente momento, o surto de vírus na República da Coreia (Coreia do Sul) limita-se aos doentes, familiares que visitaram aos doentes, e aos trabalhadores de saúde que trataram os doentes, mas não há provas que verificam a transmissão comunitária. Começou já a registar-se uma diminuição do numero de casos novos, o que reflecte que a monitorização e quarentena fortes e rigorosa das pessoas que tiveram contactos produzem efeitos, mesmo assim, são necessárias várias semanas para confirmar a influência destas medidas e se o surto é controlado. Actualmente, apesar de não haver a transmissão comunitária, continua necessitar de proceder à monitorização estreita. Uma vez que o surto é de escala grande e complexo, e que há hipótese de surgirem mais casos novos, por este motivo, a delegação de especialistas recomendaram ao Governo da República da Coreia (Coreia do Sul) que: 1. O reforço de imediato das medidas de prevenção e controlo de infecção em toda as instalações médicas do país; 2. Para os doentes que apressentam sintomas respiratórias como febre, deve perguntar-lhes se contactaram com doentes com Mers-CoV, ou se visitaram instalações médicas do Médio Oriente onde estavam em tratamento doentes de Mers-CoV ou se ter viajou ao Médio Oriente nos últimos 14 dias antes da apresentação dos sintomas. Deve informar oportunamente o departamento responsável de saúde sobre a existência dos doentes com estes sintomas e tratá-los como o caso suspeito aquando da espera de resultado de diagnóstico. 3. As pessoas com contacto próximo não devem viajar durante o período em que estão a ser monitorizadas sobre a apresentação de sintomas de Mers-CoV; 4. Recomendam fortemente ter em conta a reabertura das escolas, porque quer na República da Coreia (Coreia do Sul), quer nas outras regiões, a transmissão de Mers- CoV não tem relação com as escolas; 5. Para impedir a ocorrência de novos casos, é critíco que todos os departamentos de saúde implementam continuamente as medidas básicas de saúde pública, em particular: (1) Identificar e investigar mais cedo e completo possível todos os contactados; (2) Proceder de modo rigoroso à quarentena/isolamento e monitorização de todos as pessoas que tiveram contacto e casos suspeitos; (3) Implementar as medidas de prevenção e controlo de infecção; (4) Impedir a viagem das pessoas infectadas e contactados, especialmente em viagens internacionais. A par disso, deve mobilizar completamente a participação do governo local para enfrentar esta epidemia de grande escala e complexa. Quando se aplicam as medidas de prevenção e controlo de infecção, tomam-se medidas para reforçar a devoção e confiança domésticas e internacionais e a melhoria da comunicação de risco é um acto critico. O Ministério da Saúde e de Bem-Estar da República da Coreia (Coreia do Sul) deve actualizar regularmente as situações epidemiológicas, e as informações das medidas de investigações e controlo de doenças (em coreano e inglês); mobilizar mais pessoas para a participação e aliviar a pressão de recursos humanos motivada pelos trabalhos de prevenção de epidemia. Além disso, deve indicar os hospitais que executem uma triagem segura de doentes e uma avaliação dos casos suspeitos, o que implica a formação de profissionais, gestão de equipamentos e comunicação com o público; concluir o estudo e investigação sintéticos para preencher lacunas de conhecimento indisponível, incluindo o estudo de epidemiologia de soro além de comunicar o mais rapido possível o resultado. A República da Coreia (Coreia do Sul) deve, ainda assegurar que pode dar a melhor resposta à epidemia no futuro, especialmente o reforço das instalações médicas necessárias para o tratamento das doenças transmissíveis e graves, como o aumento do número das enfermarias de isolamento com pressão negativa; pensar na redução do ferómeno de “doctor-shopping”; formar mais especialistas na prevenção e controlo de infecção, doenças infecciosas, epidemiologia e em comunicação de risco; investir mais recursos para elevar a capacidade de saúde pública e de liderança, sobretudo o Centro de Prevenção e Controlo da Doenças da República da Coreia (Coreia do Sul). Neste contexto os Serviços de Saúde da RAEM vão pedir à OMS mais informações detalhadas para o estudo e revisão do sistema de prevenção e controlo de infecção adoptado em Macau, a fim de complementá-lo. Dado que a situação de Mers-CoV ser irá manter por mais algum tempo, os Serviços de Saúde continuarão a prestar atenção estreita à evolução de epidemia, elaborando as medidas preventivas que garantam, com todo o esforço, a saúde dos cidadãos, apelando de novo os cidadãos que caso não seja necessário, evitem viajar para nesta região e caso necessitem de viajar devem evitar visitar aos hospitais ou contactar com doentes, devendo dar atenção a higiene pessoal e lavar frequente as mãos.



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