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O Secretário Leong Vai Tac auscultou as opiniões dos responsáveis das associações industriais e comerciais sobre a dinamização da economia

O Secretário Leong Vai Tac reuniu-se com os responsáveis de mais de 20 associações industriais e comerciais, no sentido de auscultar as suas opiniões relativamente à dinamização da economia de Macau.

Há dias, o Secretário para a Economia e Finanças, Leong Vai Tac, teve um encontro com os responsáveis provenientes de mais de 20 associações industrial e comercial locais, no intuito de se inteirar da actual situação operacional nos diversos sectores e dos eventuais impactos que poderão sofrer por causa da queda das receitas do jogo, bem como auscultar as suas opiniões acerca da dinamização da economia de Macau. O Secretário referiu que, devido ao ajustamento profundo das receitas oriundas do sector de jogo, verificou-se, no primeiro trimestre do corrente ano, um decréscimo no comércio a retalho, quer em termos do valor das transacções, quer em termos do volume de venda, demonstrando que a situação desfavorável de operação do sector nos últimos tempos começou a ter repercussões nos outros sectores. Por causa disto, espera que possa ter um conhecimento mais conciso sobre as condições que as diversas actividades sectoriais ora encontram, apercebendo-se das suas sugestões quanto às medidas que deverão ser adoptadas em prol da dinamização económica local e tomando-as como referência aquando da elaboração de políticas relevantes no futuro. Os representantes presentes entenderam ser atempado e necessário este encontro com o Secretário, concordando em que os diversos sectores sociais têm que ter uma consciência de “preparar-se para a crise em tempos de abastança” e, de mãos dadas, estudar planos viáveis destinados à revitalização da economia local, esperando que o Governo continue a manter-se em contacto com os sectores, permitindo-lhes adquirir as informações mais actualizadas sobre a evolução da conjuntura económica local, bem como as medidas que o Governo pretende promover, de modo a que possam proceder, em tempo oportuno, ao ajustamento das suas estratégias e planos empresariais. Os representantes presentes, para além de apresentarem o actual ponto de situação de exploração das suas actividades, emitiram também comentários sobre vários aspectos, nomeadamente o seguinte: a economia de Macau tem adquirido um certo desenvolvimento, com uma dimensão que já se encontra ultrapassada a de uma micro-economia em geral, portanto, a reflexão da economia local e seu mercado de consumo deverá ser feita a partir de um novo ângulo; registaram-se, nos últimos tempos, mudanças nos negócios dos estabelecimentos do comércio a retalho, tendo a descida das receitas do jogo afectado, em certo modo, a procura de consumo, por parte dos turistas e dos residentes de Macau, designadamente no que diz respeito aos produtos de elevada qualidade, originando, portanto, um decréscimo não só no valor dos seus negócios, como também no volume da sua venda; o consumo dos residentes locais também foi afectado dadas as alterações do ambiente económico, passando uma parte dos trabalhadores do sector de jogo a adoptar uma postura prudente nas suas despesas; determinadas actividades sectoriais viram as suas receitas a contrair-se, no entanto, não se conseguiram ser beneficiadas, ao mesmo tempo, de uma redução nos seus custos operacionais, dificultando assim a sua sobrevivência. Assim sendo, foram dirigidas ao Governo propostas como adopção de medidas que visam atrair a vinda de mais visitantes para Macau, a fim de aliviar os efeitos negativos provocados pela queda das despesas médias dos turistas, uma vez que se conseguir manter e aumentar o número de turistas, poderá então ser garantido o volume das despesas dos mesmos, mas, caso haja uma descida drástica deles, maiores dificuldades poderão ser trazidas para a economia de Macau; lançamento, mediante a conjugação dos esforços das associações de todos os sectores, de planos promocionais trans-sectoriais, ou realização de actividades festivas, feiras, etc., para atrair a visita a Macau dos turistas, e, por consequente, reforçar a dinâmica da economia local; aproveitamento, de melhor forma, a tecnologia electrónica para divulgar, junto dos turistas, os diversos pontos de consumo em Macau, encaminhando-os para as zonas comunitárias, apoiando a sobrevivência das pequenas e médias empresas (PMEs) lá instaladas; fomento do cumprimento, por parte das operadoras de jogo, das suas responsabilidades sociais, através do aumento de aquisição de bens e serviços locais; necessidade de assegurar a capacidade de consumo dos residentes locais, incentivando-os a consumir em Macau, assegurando a estabilidade de consumo por parte dos grupos de base. Além disso, os representantes presentes manifestaram ainda uma série de problemas que restringem o desenvolvimento das empresas, incluindo o tempo demasiado longo na apreciação e autorização dos pedidos de licenciamento dos estabelecimentos comerciais, insuficiência de mão-de-obra, rendas elevadas, entre outros, pelo que desejam que os serviços competentes diligenciem para aperfeiçoar o ambiente de negócios, apoiando e proporcionando às PMEs acções de formação ou reforçando os serviços de consultadoria prestados, face aos poucos conhecimentos que algumas PMEs têm relativamente à área jurídica e às matérias relacionadas com a nova tecnologia, ajudando as mesmas a aumentar a sua competitividade. O Secretário disse que, para quaisquer problemas que possam ser surgidos durante esta nova fase de desenvolvimento económico, Macau deverá enfrentá-los com proactividade e adoptar medidas eficientes para os ultrapassar. Adiantou que o Governo da RAEM decidiu, no passado recente, o aumento do valor da matéria colectável a beneficiar de isenção de imposto complementar sobre rendimentos de 300.000 patacas para 600.000 patacas, com efeitos a partir do corrente ano, destacando-o como uma medida virada para o futuro que poderá ajudar a diminuir os encargos fiscais das PMEs. Retorquiu ainda que, neste momento, o Governo e a sociedade necessitam de pensar, em conjunto, as formas que permitam ser aperfeiçoado, de forma eficiente e contínua, o ambiente de negócios, fomentada a diversificação adequada das indústrias locais e proporcionados maiores espaços para o desenvolvimento das empresas e população locais, a par de se envidarem esforços visados ao estímulo do consumo doméstico e ao aumento do consumo dos visitantes. O Secretário terminou por agradecer aos representantes presentes pelas opiniões apresentadas, afirmando que estas são muito construtivas e que algumas delas merecem ainda de uma reflexão mais aprofundada para que possam ser transformadas numas medidas viáveis. Os responsáveis de mais de 20 associações industriais e comerciais que participaram no encontro são os representantes provenientes das diferentes actividades sectoriais, tais como, ourivesaria e joalharia, turismo, hotelaria, mercearia e quinquilharia, comércio por grosso dos produtos alimentares e de óleo, restauração, lembranças, automóveis, vestuários, ramos fotográfico e revelação, entretenimento e serviços, equipamentos de divertimento, publicidade, carne congelada, produtos petrolíferos, venda por grosso de vegetais, venda de ninho de andorinha e de produtos saudáveis chineses, além da Associação Comercial de Macau e das associações industriais e comerciais das diversas zonas locais. O encontro contou ainda com a presença do Director dos Serviços de Economia, Sou Tim Peng e dos assessores do Gabinete do Secretário para a Economia e Finanças.

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