De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) no 1.º trimestre de 2015, a duração média mensal da carteira de encomendas das empresas inquiridas foi de 2,58 meses, representando um decréscimo de 26,5% e 17,6% em relação ao trimestre anterior (3,51 meses) e ao período homólogo do ano passado (3,13 meses), respectivamente. A carteira de encomendas detidas pelo sector de “Produtos Farmacêuticos”, “Vestuário e Confecções”, “Outros Sectores”, “Equipamentos Electrónicos/Eléctricos” e “Outros Produtos Têxteis” foi de 5,96, 2,1, 1,85, 1,65 e 0,49 meses. No que diz respeito aos mercados de destino das exportações, da análise ao índice geral da situação de encomendas trimestral por mercados, as empresas inquiridas consideram em geral que o Interior da China, Hong Kong, União Europeia e outros países da Ásia-Pacífico são os mercados que demonstraram melhor comportamento, apresentando índices na ordem dos 20,5, 6,0, 2,9 e 1,0, respectivamente. Por outro lado, o desempenho do Japão registou uma fraca carteira de encomendas. Quanto às perspectivas das exportações para os próximos seis meses, o número de empresas inquiridas que se revelavam optimistas foi de 18%, menos 0,2 pontos percentuais face ao trimestre anterior (18,2%) e menos 5,3 pontos percentuais perante o mesmo período do ano passado (23,3%). Destas empresas inquiridas, 0,1% previam um forte aumento e 17,9% um ligeiro crescimento nas exportações. O conjunto das empresas que antecipavam uma evolução menos favorável foi de 12,7%, correspondendo a uma diminuição de 2,2 e 1,9 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior (14,9%) e ao mesmo período do ano passado (14,6%), respectivamente. Entre estas, 2,8% apontaram para um ligeiro decréscimo e 9,9% para um forte declínio. As empresas que previam uma situação semelhante aumentaram de 66,9% no trimestre anterior, para 69,3% neste trimestre, ou seja, a subida de 2,4 pontos percentuais. Estes dados traduzem uma atitude mais prudente adoptada pelas empresas em relação às exportações no futuro. No tocante ao mercado de emprego, as empresas inquiridas indicaram que o número de trabalhadores aumentou 11,3%, e 6,4%, comparativamente ao trimestre anterior e ao período homólogo do ano passado, respectivamente. Por outro lado, 67,2% das empresas inquiridas afirmaram terem enfrentado falta de trabalhadores, um número superior a 54,3% e 61,8% verificado, respectivamente, no trimestre anterior e no mesmo período do ano passado. Assim, tudo apontará para que os trabalhadores da indústria transformadora sejam mais necessários. No entanto, no sector de “Outros Sectores”, 83,9% das empresas inquiridas registaram insuficiência de trabalhadores, o que significa que há grande procura de mão-de-obra neste sector. Com base nos resultados do Inquérito, entre os problemas que afectam as exportações, 29,4% das empresas exportadoras indicaram “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro” como o maior problema que estão a encarar, enquanto 25% apontaram “Preços Elevados das Matérias-Primas”, 24,8% “Insuficiência de Trabalhadores”, 13,6% “Salários Elevados” e 6,5% “Insuficiente Volume de Encomendas”. Além disso, quanto às exportações, no 1.º trimestre de 2015, as empresas inquiridas que enfrentaram problemas relacionados com “Preços Elevados das Matérias-Primas” e “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro” foram 56,6% e 54,9%, respectivamente, e as que enfrentaram “Insuficiência de Trabalhadores”, “Salários Elevados” e “Insuficiente Volume de Encomendas” foram 34,1%, 33,8% e 15,6%. Para os próximos três meses, 54,2% das empresas inquiridas têm principalmente “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro”, seguindo-se “Salários Elevados” (35,4%), “Insuficiência de Trabalhadores” (31,9%) e “Preços Elevados das Matérias-Primas” (30%).
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