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Serviços de Saúde continuam a acompanhar atentamente as situações epidémicas sobre Mers-Cov na Coreia do Sul, Arábia Saudita e Omã


De acordo com as informações divulgadas pelo Ministério da Saúde e Bem-Estar (MOHW) da Coreia do Sul, o número de casos de infecção de síndroma respiratória do Médio Oriente – Mers-Cov aumentou para 30, dos quais resultaram já duas (2) mortes. Neste contexto os Serviços de Saúde vão prestar estreita atenção à evolução destes casos, continuando, em particular, a acompanhar a situação do passageiro que após o aparecimento de sintomas partiu no dia 26 de Maio, no voo OZ723 da Asiana Airlines de Aeroporto Internacional de Incheon. Na sequência de situação epidemiológica sobre Mers-Cov na Coreia do Sul, o Centro Hospitalar Conde de S. Januário (CHCSJ) já preparou a enfermaria de isolamento para receber doentes a qualquer momento. Com o apoio da Direcção dos Serviços de Educação e Juventude, a Pousada de Juventude de Hác-Sá está preparada para proceder ao isolamento de indivíduos que têm contacto próximo com os doentesinfectados; Perante este contexto os Serviços de Saúde, avisam que a partir de hoje foi tornado obrigatório o uso de máscara para todos os indivíduos que entrem na área do Serviço de Urgência do CHCSJ. Foi exigido ao Hospital Kiang Wu a adopção da mesma medida. Entre os 5 viajantes com nacionalidade da Coreia do Sul classificados pelo Departamento dos Serviços de Saúde de Hong Kong, como contacto próximo com o coreano infectado dentro do mesmo avião do voo OZ723 no dia 26 de Maio e que permaneceram em Macau durante pouco tempo, 1 está isolado em Hong Kong para observações e até agora não apresentou quaisquer sintomas; os restantes 4 saíram de Macau no dia 27 de Maio através do terminal marítimo de Pac On. Segundo a informação do Departamento dos Serviços de Saúde de Hong Kong, estes 4 viajantes já regressaram à Coreia do Sul, e os Serviços de Saúde estão a contactar a Organização Mundial da Saúde de modo a que seja confirmado o seu estado de saúde. Os Serviços de Saúde salientam que o período de incubação da síndrome respiratória do Médio Oriente – Mers-Cov é de dois (2) dias, no entanto, estes 4 cidadãos coreanos, que contactaram com o caso confirmado, estiveram em Macau apenas um dia o que, no caso de estarem infectados, não houve tempo para manifestarem sintomas durante a estadia em Macau, por isso, pode ser excluída a possibilidade de risco de disseminação, razão pela qual os cidadãos não precisam de ter uma preocupação excessiva. Por outro lado, entre os 26 passageiros coreanos no mesmo voo não classificados como contacto próximo que se deslocaram a Macau entre o dia 26 e o dia 28 de Maio, 25 indivíduos saíram de Macau entre os dias 28 e 29 de Maio e o último que entrou em Macau no dia 26 ainda permanece no território, os Serviços de Saúde estão a proceder às diligências para contactar com o mesmo para se inteirar do seu estado de saúde. Os Serviços de Saúde apelam que este turista deve imediatamente contactar com o Centro de Prevenção e Controlo de Doenças dos Serviços de Saúde (através de Telefone n.º 28 700 800, Fax n.º 2871 5765, E-mail: info.cdc@ssm.gov.mo). Contudo como este passageiro ainda não foi classificado como contacto próximo, os Serviços de Saúde não podem submetê-lo a isolamento. Desdeo passada terça-feira (2 de Junho) pelas 19 horas até à quarta-feira (3 de Junho) pelas 19 horas, não houve registo de qualquer indivíduo que regressou a Macau proveniente da Coreia do Sul e necessitou de recorrer ao Centro Hospitalar Conde de São Januário devido a um sintoma de febre para efeitos do teste à síndroma respiratória do Médio Oriente – Mers-Cov, tendo o resultado do teste sido negativo. Por outro lado, de acordo com as informações actualizadas publicadas hoje (dia 03 de Junho) pela Coreia do Sul, registaram-se mais cinco (5) novos casos da infecção da síndrome respiratória do Médio Oriente – Mers-Cov, e mais nove (9) casos na Arábia Saudita e um (1) novo caso em Omã. Relativamente aos cincos novos casos registados na Coreia do Sul, 4 são do sexo masculino e 1 do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 43 e 77 anos. Quatro (4) dos casos são doentes ou seus familiares que ficaram na mesma unidade do hospital com o primeiro caso infectado nos dias 15 e 17 de Maio, o restante caso ( um) ficou na mesma unidade do hospital com o 16º caso nos dias 22 a 28 de Maio. Relativamente aos nove (9) doentes da Arábita Saudita, sendo 5 do sexo masculino e 4 feminino, com idades compreendidas entre 26 e 74 anos, dos quais, sete (7) proveniente da Cidade Al Hafoof, os outros dois (2) provenientes da cidade Al Taif. Um (1) deles é trabalhador de cuidados de saúde, sete (7) com outras doenças, dos quais quatro (4) morreram; todos os doentes tinham história de contacto com casos confirmados ou camelos. Para além disso, um (1) doente de Omã, do sexo masculino, com 75 anos de idade, residente na zona de Vidya, apresentou sintomas em 11 de Maio, foi internado para tratamento em 19 de Maio, posteriormente, piorou a situação clínica, apresentou sinais de pneumonia. Nas amostras de nasofaringe e de sangue foi confirmada laboratorialmente a infecção em 29 de Maio. Actualmente, o doente está clinicamente estável. No seu história tinha contactado camelos e vacas e entre outros animais antes da ocorrência da doença. Até ao dia 2 de Junho, a Organização Mundial de Saúde tinha registado, em todo o mundo, 1174 casos de infecção pelo coronavírus da síndroma respiratória do Médio Oriente dos quais resultaram 442 mortes. Os países do Médio Oriente afectados abrangem a Arábia Saudita, o Qatar, a Jordânia, os Emirados Árabes Unidos, Omã, o Kuweit, o Lémen, o Líbano e Irão. Existem também casos reportados na França, Alemanha, Grã-Bretanha, Tunísia, Itália, Espanha, Egipto, Malásia, Estados Unidos da América, Holanda, Algeria, Áustria, Turquia, Coreia do Sul e China, todos estes casos, têm relação directa e indirecta com os países do Médio Oriente. No período inicial da infecção pelo coronavírus da síndroma respiratória do Médio Oriente, os sintomas apresentados são de infecção respiratória, tais como, febre e tosse, que se agravam muito rapidamente e suscitam uma taxa de mortalidade mais elevada. Os pacientes de doenças crónicas com imunidade relativamente baixa e os idosos são particularmente vulneráveis, sendo possível manifestarem sintomas atípicos. Segundo as informações disponíveis, ainda são desconhecidas a origem e a via de transmissão deste vírus, sendo provável que o vírus esteja hospedado nos animais dos países onde ocorreram mais casos de infecção, como por exemplo, nos camelos. O vírus pode ser transmitido através de contacto próximo entre os seres humanos. Em diversos hospitais há casos de transmissão entre os doentes e também entre os doentes e os profissionais de saúde. Portanto, é sugerido que se deve tomar medidas de prevenção em resposta à transmissão de gotículas, quando se prestam cuidados de saúde para os doentes com sintomas de infecção respiratória aguda, que se deve tomar medidas para prevenção de disseminação através do contacto e evitando a disseminação através dos olhos, quando se prestam cuidados de saúde para os casos prováveis ou confirmados definitivamente, que se deve tomar medidas preventivas para protecção da disseminação através da atmosfera, quando se procedem a uma operação que possa produzir o aerossol. Os Serviços de Saúde afirmam que desde o momento da recepção da notificação pela Organização Mundial de Saúde, reforçaram a monitorização e a vigilância epidemiológica quanto à pneumonia de causa desconhecida e à infecção respiratória colectiva, e até ao presente momento, não foi detectada qualquer anomalia. Os Serviços de Saúde lembram aos trabalhadores de saúde da primeira linha para a necessidade de se manterem em alerta, especialmente para os indivíduos que vieram do Médio Oriente ou que se deslocaram ao Médio Oriente em viagem, e de comunicarem os casos suspeitos em tempo oportuno e tomarem as correspondentes medidas para o controlo da infecção. Os cidadãos que viajem para o exterior, em particular, para a região do Médio Oriente e Coreia do Sul, devem tomar atenção à higiene pessoal e alimentar, evitando a deslocação aos hospitais locais ou contactos com os doentes locais e os animais. Em caso de indisposição depois do regresso a Macau, devem recorrer ao médico o mais rápido possível, informando-lhe pormenorizadamente a história de viagem. Para mais detalhes sobre os coronavírus da síndroma respiratória do Médio Oriente, podem consultar a página electrónica dos Serviços de Saúde (em chinês: http://www.ssm.gov.mo/portal/csr/ch/main.aspx; em português: http://www.ssm.gov.mo/Portal/csr/pt/main.aspx), ou ligar para a linha aberta dos Serviços de Saúde n.o 2870 0800.