O Departamento de Saúde da Província de Guangdong confirmou hoje dia 29 de Maio, os Serviços de Saúde o aparecimento do primeiro caso de infecção pelo novo tipo de coronavírus (coronavírus da síndroma respiratória do Médio Oriente – Mers-Cov) importado da Coreia do Sul. Os Serviços de Saúde após este caso reforçaram a inspecção sanitária nas fronteiras, emitiram um alerta aos profissionais de saúde e apelaram a todos os cidadãos que tenham viajado no vôo OZ723 da Asiana Airlines de Aeroporto Internacional de Incheon de Seul, capital da Coreia do Sul para Hong Kong, que devem imediatamente, entrar em contacto com o Centro de Prevenção e Controlo de Doenças dos Serviços de Saúde (Telefone n.o 2870 0800, Fax n.o 2871 5765 e e-mail info.cdc@ssm.gov.mo), bem como já emitiram um alerta dirigido a todos os residentes locais que queiram deslocar-se à Coreia do Sul que devem prestar atenção à higiene pessoal e no caso de um eventual aparecimento de sintomas tal como a febre, devem recorrer imediatamente a tratamento médico informando os médicos da viagem efectuada. De acordo com as informações disponíveis, este indivíduo, de nacionalidade coreana, com 44 anos de idade, é filho do terceiro caso confirmado de infecção pelo novo tipo de coronavírus, ou seja, é irmão menor do quarto caso confirmado. No passado dia 21 de Maio, apresentou indisposições e sintomas de febre e no passado dia 25 de Maio registou uma temperatura corporal de 38,7.o. No dia seguinte 26 de Maio, apanhou o voo OZ723 e chegou a Hong Kong pelas 12h50, a seguir, entrou na Cidade de Huizhou da Província de Guangdong através da fronteira de Shenzhen. Na noite do dia 27 de Maio, o Departamento de saúde da Cidade de Huizhou acompanhou este caso e o individuo foi rapidamente enviado e internado numa área de isolamento hospitalar para tratamento. Na tarde do dia 29 de Maio, os materiais clínicos recolhidos para análise laboratorial revelaram resultados positivos. De acordo com o quadro clínico deste caso, o resultado de vigilância epidemiológica e o resultado de análise laboratorial, foi confirmado o caso de coronavírus da síndroma respiratória do Médio Oriente – Mers-Cov. Os Serviços de Saúde mantêm uma comunicação estreita com o departamento de saúde da Provincia de Guangdong e Hong Kong. De acordo com informação dos serviços de saúde de Hong Kong, entre os 29 indivíduos que tiveram contacto próximo com este caso confirmado, nenhum é possuidor de passaporte de Região Administrativa Especial de Macau e de Portugal e também não existe na listagem nenhum telefone de Macau para efeitos de contacto. O Departamento de Saúde de Hong Kong continua a acompanhar os individúos de contacto próximo e até às 19h00, verificou-se que apenas um coreano , após algumas horas de estadia em Macau, no dia 28, regressou a Hong Kong. Este coreano está a ser observado num local de isolamento e não manifestou nenhum sintoma de síndroma respiratória do Médio Oriente – Mers-Cov. Os Serviços de Saúde continuam a manter a comunicação estreita com o departamento de saúde de Hong Kong e salientam que perante o quadro clínico existente, o coreano que permaneceu em Macau durante um curto período, caso seja confirmado durante o período de observação, também não existe um risco de disseminação a outrem durante a seu estadia em Macau, por esta razão, os cidadãos não precisam entrar em pânico. Os Serviços de Saúde apelam outra vez que a todos os cidadãos que tenham viajado no vôo OZ723 da Asiana Airlines de Aeroporto Internacional de Incheon de Seul, capital da Coreia do Sul para Hong Kong, devem imediatamente, entrar em contacto com o Centro de Prevenção e Controlo de Doenças dos Serviços de Saúde (Telefone n.o 2870 0800, Fax n.o 2871 5765 e e-mail info.cdc@ssm.gov.mo). Até às 19h00 do dia 29 de Maio, registaram-se que quatro pessoas contactaram com o Centro de Prevenção e Controlo de Doenças dos Serviços de Saúde, declarando que apanharam o respectivo voo, no entanto, após a verificação da lista de passageiros pela entidade competente, foram excluídas estes 4 indivíduos com o coreano em apreço na mesma avião. Os Serviços de Saúde salientam que em virtude de aparecimento de caso de infecção pelo novo tipo de coronavírus e tendência de disseminação na Coreia do Sul, solicitaram aos trabalhadores de saúde nas fronteiras devem reforçar a monitorização e medição de temperatura corporal de visitantes provenientes da Coreia do Sul e caso se verifique a detecção de qualquer visitante com febre, este deve ser enviado de acordo com o mecanismo existente para a realização de um exame e análise avançado no Centro Hospitalar Conde de São Januário. Hoje, os Serviços de Saúde começaram a aplicar uma nova medida, além de medida de monitoramento existente através de medição de temperatura corporal, todos os visitantes provenientes da Coreia do Sul são obrigados a submeter à medição de temperatura corporal na saída do avião. Os Serviços de Saúde emitiram, através de vários meios de comunicação, alertas a todos os profissionais de saúde em Macau, os quais devem comunicar o caso suspeito rapidamente e adoptar as medidas de controlo de infecção. Por sua vez, o Centro Hospitalar Conde de São Januário já está pronto para receber os casos suspeitos. As orientações foram enviadas aos profissionais de saúde na linha da frente, os quais também foram e são submetidos à formação e pariticiparam de vários simulacros. A enfermaria de isolamento também preparada e existem recursos materiais suficientes de protecção. Até ao dia 25 de Maio, a Organização Mundial de Saúde tinha registado, em todo o mundo, 1.139 casos de infecção pelo coronavírus da síndroma respiratória do Médio Oriente dos quais resultaram 431 mortes. Os países do Médio Oriente afectados abrangem a Arábia Saudita, o Qatar, a Jordânia, os Emirados Árabes Unidos, Omã, o Kuweit, o Lémen, o Líbano e Irão. Existem também casos reportados na França, Alemanha, Grã-Bretanha, Tunísia, Itália, Espanha, Egipto, Malásia, Estados Unidos da América, Holanda, Algeria, Áustria, Turquia e Coréia do Sul, todos estes casos, têm relação directa e indirecta com os países do Médio Oriente. No período inicial da infecção pelo coronavírus da síndroma respiratória do Médio Oriente, os sintomas apresentados são de infecção respiratória, tais como, febre e tosse, que se agravam muito rapidamente e suscitam uma taxa de mortalidade mais elevada. Os pacientes de doenças crónicas com imunidade relativamente baixa e os idosos são particularmente vulneráveis, sendo possível manifestarem sintomas atípicos. Segundo as informações disponíveis, ainda são desconhecidas a origem e a via de transmissão deste vírus, sendo provável que o vírus esteja hospedado nos animais dos países onde ocorreram mais casos de infecção, como por exemplo, nos camelos. O vírus pode ser transmitido através de contacto próximo entre os seres humanos. Em diversos hospitais há casos de transmissão entre os doentes e também entre os doentes e os profissionais de saúde. Portanto, é sugerido que se deve tomar medidas de prevenção em resposta à transmissão de gotículas, quando se prestam cuidados de saúde para os doentes com sintomas de infecção respiratória aguda, que se deve tomar medidas para prevenção de disseminação através do contacto e evitando a disseminação através dos olhos, quando se prestam cuidados de saúde para os casos prováveis ou confirmados definitivamente, que se deve tomar medidas preventivas para protecção da disseminação através da atmosfera, quando se procedem a uma operação que possa produzir o aerossol. Os Serviços de Saúde afirmam que, a partir do momento da recepção da notificação pela Organização Mundial de Saúde, reforçaram a monitorização e a vigilância epidemiológica quanto à pneumonia de causa desconhecida e à infecção respiratória colectiva, e até ao presente momento, não foi detectada qualquer anomalia. Os Serviços de Saúde lembram aos trabalhadores de saúde da primeira linha para a necessidade de se manterem em alerta, especialmente para os indivíduos que vieram do Médio Oriente ou que se deslocaram ao Médio Oriente em viagem, e de comunicarem os casos suspeitos em tempo oportuno e tomarem as correspondentes medidas para o controlo da infecção. Os cidadãos que viajem para o exterior, em particular, para a região do Médio Oriente, devem tomar atenção à higiene pessoal e alimentar, evitando a deslocação aos hospitais locais ou contactos com os doentes locais e os animais. Em caso de indisposição depois do regresso a Macau, devem recorrer ao médico o mais rápido possível, informando-lhe pormenorizadamente a história de viagem. Para mais detalhes sobre os coronavírus da síndroma respiratória do Médio Oriente, podem consultar a página electrónica dos Serviços de Saúde (em chinês : http://www.ssm.gov.mo/portal/csr/ch/main.aspx; em português : http://www.ssm.gov.mo/Portal/csr/pt/main.aspx), ou ligar para a linha aberta dos Serviços de Saúde n.o 2870 0800.