O Departamento de Saúde da Província de Guangdong informou os Serviços de Saúde o aparecimento do primeiro caso suspeito de infecção pelo novo tipo de coronavírus (coronavírus da síndroma respiratória do Médio Oriente – Mers-Cov) importado da Coreia do Sul. Os Serviços de Saúde após este caso reforçaram a inspecção sanitária nas fronteiras, emitiram um alerta aos profissionais de saúde e apelam a todos os cidadãos que tenham viajado no vôo OZ723 da Asiana Airlines de Aeroporto Internacional de Incheon de Seul, capital da Coreia do Sul para Hong Kong, devem entrar em contacto com o Centro de Prevenção e Controlo de Doenças dos Serviços de Saúde, bem como alertam todos os residentes locais que se deslocaram ou se vão deslocarar à Coréia do Sul que devem prestar atenção à higiene pessoal. Os Serviços de Saúde solicitam ainda que estas pessoas que no caso de um eventual aparecimento de sintomas tal como a febre, devem recorrer imediatamente a tratamento médico informando os médicos da viagem efectuada. De acordo com as informações disponíveis, este indivíduo que foi considerado como tendo tido contacto próximo do caso confirmado de infecção no Coréia do Sul deslocou-se à Cidade de Huizhou, Província de Guangdong através de Hong Kong e manifestou sintomas de febre. Logo após esta confirmação os Serviços de Saúde da Cidade de Huizhou da Província de Guangdong começaram imediatamente a acompanhar este coreano e já esta quinta-feira, 28 de Maio, durante a madrugada, o individuo foi enviado e internado numa área de isolamento hospitalar para tratamento. Já foram recolhidos materiais clínicos para análise laboratorial. Este coreano que apresentou sintomas de febre contactou com 35 pessoas, as quais ainda não apresentaram nenhuma anormalidade. Este homem coreano teve contacto próximo com primeiro caso confirmado de infecção pelo novo tipo de coronavírus que ocorreu na Coreia do Sul, no passado dia 21 de Maio. Apresentou indisposições e no passado dia 25 de Maio registou uma temperatura corporal de 38,7.o. No dia seguinte 26 de Maio, apanhou o voo OZ723 e chegou a Hong Kong pelas 12h50, a seguir, entrou na Cidade de Huizhou através da Distrito Sha Tau Kok da Cidade de Shenzhen. Os Serviços de Saúde estão a manter uma comunicação estreita com o departamento de saúde da Provinçia de Guangdong e Hong Kong. As entidades de Saúde estão ainda a averiguar se no vôo que transportou este doente existiam ou não cidadãos de Macau ou outros visitantes que se tenham dirigido para Macau. Contudo, os Serviços de Saúde apelam que os cidadãos de Macau ou turistas que no dia 26 de Maio apanharam o Voo OZ723 da Asiana Airlines no Aeroporto Internacional de Incheon de Seul, capital da Coreia do Sul com destino Hong Kong, devem imediatamente comunicar com o Centro de Prevenção e Controlo de Doenças dos Serviços de Saúde (através de Telefone n.o 28 700 800, Fax n.o 2871 5765, E-mail: info.cdc@ssm.gov.mo). Os Serviços de Saúde salientam que em virtude de aparecimento de caso de infecção pelo novo tipo de coronavírus e tendência de disseminação na Coreia do Sul, solicitaram aos trabalhadores de saúde nas fronteiras devem reforçar a monitorização e medição de temperatura corporal de visitantes provenientes da Coreia do Sul e caso se verifique a detecção de qualquer visitante com febre, este deve ser enviado de acordo com o mecanismo existente para a realização de um exame e análise avançado no Centro Hospitalar Conde de São Januário; os Serviços de Saúde vão emitir, através de vários meios de comunicação, alertas a todos os profissionais de saúde em Macau, os quais devem comunicar o caso suspeito rapidamente e adoptar as medidas de controlo de infecção. Até ao dia 25 de Maio, a Organização Mundial de Saúde tinha registado, em todo o mundo, 1.139 casos de infecção pelo coronavírus da síndroma respiratória do Médio Oriente dos quais resultaram 431 mortes. Os países do Médio Oriente afectados abrangem a Arábia Saudita, o Qatar, a Jordânia, os Emirados Árabes Unidos, Omã, o Kuweit, o Lémen, o Líbano e Irão. Existem também casos reportados na França, Alemanha, Grã-Bretanha, Tunísia, Itália, Espanha, Egipto, Malásia, Estados Unidos da América, Holanda, Algeria, Áustria, Turquia e Coréia do Sul, todos estes casos, têm relação directa e indirecta com os países do Médio Oriente. No período inicial da infecção pelo coronavírus da síndroma respiratória do Médio Oriente, os sintomas apresentados são de infecção respiratória, tais como, febre e tosse, que se agravam muito rapidamente e suscitam uma taxa de mortalidade mais elevada. Os pacientes de doenças crónicas com imunidade relativamente baixa e os idosos são particularmente vulneráveis, sendo possível manifestarem sintomas atípicos. Segundo as informações disponíveis, ainda são desconhecidas a origem e a via de transmissão deste vírus, sendo provável que o vírus esteja hospedado nos animais dos países onde ocorreram mais casos de infecção, como por exemplo, nos camelos. O vírus pode ser transmitido através de contacto próximo entre os seres humanos. Em diversos hospitais há casos de transmissão entre os doentes e também entre os doentes e os profissionais de saúde. Portanto, é sugerido que se deve tomar medidas de prevenção em resposta à transmissão de gotículas, quando se prestam cuidados de saúde para os doentes com sintomas de infecção respiratória aguda, que se deve tomar medidas para prevenção de disseminação através do contacto e evitando a disseminação através dos olhos, quando se prestam cuidados de saúde para os casos prováveis ou confirmados definitivamente, que se deve tomar medidas preventivas para protecção da disseminação através da atmosfera, quando se procedem a uma operação que possa produzir o aerossol. Os Serviços de Saúde afirmam que, a partir do momento da recepção da notificação pela Organização Mundial de Saúde, reforçaram a monitorização e a vigilância epidemiológica quanto à pneumonia de causa desconhecida e à infecção respiratória colectiva, e até ao presente momento, não foi detectada qualquer anomalia. Os Serviços de Saúde lembram aos trabalhadores de saúde da primeira linha para a necessidade de se manterem em alerta, especialmente para os indivíduos que vieram do Médio Oriente ou que se deslocaram ao Médio Oriente em viagem, e de comunicarem os casos suspeitos em tempo oportuno e tomarem as correspondentes medidas para o controlo da infecção. Os cidadãos que viajem para o exterior, em particular, para a região do Médio Oriente, devem tomar atenção à higiene pessoal e alimentar, evitando a deslocação aos hospitais locais ou contactos com os doentes locais e os animais. Em caso de indisposição depois do regresso a Macau, devem recorrer ao médico o mais rápido possível, informando-lhe pormenorizadamente a história de viagem. Para mais detalhes sobre os coronavírus da síndroma respiratória do Médio Oriente, podem consultar a página electrónica dos Serviços de Saúde (em chinês : http://www.ssm.gov.mo/portal/csr/ch/main.aspx; em português : http://www.ssm.gov.mo/Portal/csr/pt/main.aspx), ou ligar para a linha aberta dos Serviços de Saúde n.o 2870 0800.