Sendo o ensino inclusivo uma importante forma de execução do ensino especial em Macau, o governo espera que um maior número de escolas abranjam este ensino, pelo que se torna necessário um envolvimento e articulação global entre o governo, a sociedade, as escolas, os docentes, os alunos e os encarregados de educação, entre outros. O Senhor Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam frisou, quando entrevistado pelos jornalistas após a realização da reunião conjunta dos Conselhos de Educação para o Ensino Não Superior e de Juventude, no passado dia 28, que a DSEJ tem contribuído para promover o ensino inclusivo e que actualmente se encontra a ponderar, de forma global, o funcionamento e a modalidade de financiamento deste ensino. Em relação à possibilidade da publicitação da lista contendo as cinco escolas subsidiadas que cobraram uma despesa administrativa de valor demasiado alto, o Senhor Secretário mostrou-se convencido de que as escolas não cobram intencionalmente mais do que devem cobrar, sendo possível que, devido à pouca clareza dos regulamentos e instruções, estas já tenham devolvido a verba, pelo que concordou com a sugestão da DSEJ de não publicar a lista das escolas envolvidas. Por seu lado, a directora da DSEJ, Leong Lai, referiu que o sector educativo de Macau presta grande atenção ao ensino inclusivo, nomeadamente através do “Plano de financiamento do ensino inclusivo” que, desde a sua implementação, aumentou, continuamente, o número de escolas particulares participantes, atingindo 29 escolas no ano lectivo de 2014/2015 e que o número de alunos abrangidos pelo ensino inclusivo aumentou para 806. Para implementação do ensino inclusivo, as escolas devem possuir instalações físicas e equipamentos correspondentes às exigências, não podendo o governo obrigá-las a impulsionar este ensino, sendo que, através do Fundo de Desenvolvimento Educativo, as escolas são subsidiadas na aquisição de instalações e equipamentos, software pedagógico, materiais e instrumentos didácticos necessários para este ensino e, ao mesmo tempo, mediante o plano de financiamento, são apoiadas no sentido de incrementarem o número de docentes capacitados para o ensino inclusivo, aumentando as acções de formação e reforçando a articulação conjunta das instalações e equipamentos, para que as escolas possam ter melhores condições para ministrarem este ensino. Leong Lai afirmou ainda que a DSEJ irá disponibilizar instruções ainda mais claras e, ao mesmo tempo, implementar, no ano lectivo de 2017/2018, novas formas de funcionamento e de desenvolvimento deste ensino, bem como diminuir, de forma adequada, o número de alunos por turma, sempre que as condições assim o permitam. Com estas novas formas de promoção pretende-se atrair mais escolas para participarem na ampliação do ensino inclusivo, tendo por objectivo, numa primeira fase, aumentar 5% a 10% o número das escolas participantes. Para além disso, a DSEJ encontra-se a promover os cursos de ensino inclusivo, através de uma cooperação com as instituições de ensino superior e de financiamento de escolas que realizam a respectiva formação interna, organizando ainda visitas às regiões vizinhas destinadas aos responsáveis interessados, bem como aos dirigentes e docentes das escolas que leccionam o ensino inclusivo, para ficarem a conhecer melhor a realidade da implementação deste ensino no exterior, de modo a adquirir experiências e conhecimentos a nível mundial.