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Estimativa do produto interno bruto (PIB) referente ao 1º trimestre de 2015


No primeiro trimestre do corrente ano a economia de Macau continuou a descer. O Produto Interno Bruto (PIB) registou um decréscimo real de -24,5%, sendo maior do que o do quarto trimestre do ano precedente (-17,2%). A contracção económica deveu-se, principalmente, à queda substancial das exportações de serviços. Destaca-se que a amplitude decrescente das exportações de serviços do jogo atingiu -39,7%, em termos anuais e as exportações dos outros serviços turísticos desceram 17,7%. Em contrapartida, a despesa de consumo privado, a despesa de consumo final do Governo e o investimento privado subiram 6,7%, 6,8% e 28,1%, respectivamente, devido à procura interna sólida e provocaram a diminuição do impacto causado pela retracção económica. As exportações de bens aumentaram 32,5%, em termos anuais. O deflactor implícito do PIB do primeiro trimestre, que mede a inflação global, ascendeu 5,6% em termos anuais, informam os Serviços de Estatística e Censos. A tendência ascendente do consumo privado foi estável. O mercado de emprego permaneceu ainda favorável, embora a pressão da queda económica tenha continuado. O número de empregados e o rendimento do emprego foram mais elevados, impulsionando a despesa de consumo privado a crescer 6,7%, em termos anuais. As despesas de consumo final das famílias, realizadas no mercado local e no exterior, expandiram-se 4,7% e 10,6%, respectivamente. A despesa de consumo final do Governo aumentou 6,8%. Salienta-se que a remuneração dos empregados e as compras líquidas de bens e serviços ascenderam 3,6% e 11,6%, respectivamente. O investimento subiu fortemente. A formação bruta de capital fixo, que reflecte o investimento, cresceu 32,2%, em termos anuais. O investimento realizado pelo sector privado aumentou 28,1%, em termos anuais, pois foram construídas várias instalações de turismo e entretenimento de grande envergadura. Realça-se que os investimentos em construção e em equipamento do sector privado subiram 30,6% e 12,9%, respectivamente. O investimento do sector público elevou-se, bruscamente, 208,7%, em termos anuais, graças ao investimento em construção, que ascendeu 221,0%, porém o investimento em equipamento caiu 23,9%, em termos anuais. O ritmo do crescimento do comércio de bens atenuou-se. As exportações de bens aumentaram 32,5%, em termos anuais, contudo as importações de bens abrandaram +10,4% (devido à redução do número e da despesa dos visitantes), sendo este o crescimento trimestral mais baixo nos últimos dois anos. O comércio de serviços continuou a retrair-se. As exportações de serviços apresentaram um comportamento desfavorável, pois, a tendência decrescente das exportações de serviços do jogo alargou-se, atingindo -39,7%, enquanto que as exportações dos outros serviços turísticos desceram 17,7%, devido aos crescimentos negativos registados no número e na despesa dos visitantes. As exportações de serviços do jogo e as dos outros serviços turísticos diminuíram ambas, contribuindo para as exportações de serviços se terem atenuado 35,6%, em termos anuais. As importações de serviços reduziram-se substancialmente 37,9%, em virtude do comportamento desfavorável das exportações de serviços.



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