O secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, revelou, hoje (21 de Maio), que Macau registou, no primeiro trimestre deste ano, uma descida de 4,7 por cento na “criminalidade violenta” e continua sem crimes de violência grave, podendo-se dizer que Macau tem um ambiente seguro e estável. Ao fazer o balanço da criminalidade do primeiro trimestre de 2015, Wong Sio Chak revelou que os crimes no âmbito da «criminalidade da burla por telefone» e a «extorsão por via de ameaças de divulgação de imagens íntimas na internet» registaram uma descida. Salientou que as autoridades para a segurança continuam atentos à situação da segurança em Macau e à tendência da criminalidade, implementando, especificamente, acções de prevenção e de combate ao crime, com o objectivo de assegurar a estabilidade e o desenvolvimento de Macau. O mesmo responsável indicou que, durante o primeiro trimestre deste ano, foram abertos um total de 3588 inquéritos criminais, o que traduz um aumento ligeiro de 2,4 por cento (+83 casos), relativamente com o mesmo período do ano passado, registando-se uma subida significativa no “Crime de cárcere privado” e nos crimes de “Usura”. Todavia, a “criminalidade violenta” registou uma descida de 4,7 por cento, comparativamente ao período homólogo, enquanto não se verificou nenhum caso de “homicídio” e de “rapto” no âmbito dos crimes de violência grave, assim pode-se afirmar que Macau vive num ambiente com segurança estável, disse o secretário. Wong Sio Chak revelou não ter existido grande diferença no registo dos crimes relacionados com o jogo, comparativamente com o ano transacto. No entanto, conforme os dados pode-se verificar que houve um abrandamento nos crimes relacionados com o jogo, quando comparado os resultados do período do ajustamento das receitas entre o ano 2014 e o primeiro trimestre do ano 2015 e com o período dos anos de 2012 e 2013, em que se registou um incremento das receitas dessa mesma actividade. Contudo, na sua opinião, estes dois tipos de crimes não trazem influência para a estabilidade social de Macau, não obstante o governo vai continuar a concentrar um elevado nível de atenção. Acrescentou que, durante as operações policiais e operações de investigação efectuadas, no primeiro trimestre deste ano, foram detidos e presentes ao Ministério Público um total de 1394 indivíduos. Salientou que, no ano passado, os dois tipos de crime mais grave foram a «criminalidade da burla por telefone» e a «extorsão por via de ameaças de divulgação de imagens íntimas na internet», mas, no primeiro trimestre deste ano, registou-se uma descida de 29,7 por cento (-19 casos) e de 77,8 por cento (-14 casos) respectivamente, verificando-se uma melhoria óbvia, devido ao esforço do combate e da prevenção empreendido pela polícia, conjugado com a actividade de divulgação e de educação, e em consequência da maior consciencialização dos cidadãos sobre estes temas. Referiu ainda que os valores envolvidos no crime de burla por telefone entre Janeiro e Maio do corrente ano já ultrapassaram os registados no último ano, a causa principal foi o surgimento súbito em que o burlão faz-se passar por um funcionário das autoridades do interior da China, o que vem mostrar existência de várias formas de burla por telefone. O mesmo responsável afirmou que, no primeiro trimestre de 2015, os «Crimes contra a vida em sociedade» registaram 258 casos, significando uma descida de 10,4 por cento, comparando com o período homólogo, sendo de destacar a «passagem de moeda falsa», com uma descida significativa de 116 para 53 casos, que traduz num decréscimo percentual de 54,3 por cento, comparativamente ao mesmo período de 2014. No entanto, referiu que os casos de «falsificação de documento» registaram uma subida de 24,5 por cento e os de «fogo posto» uma subida de seis casos. Relativamente aos «Crimes contra o território», o secretário adiantou que se registaram um total de 280 casos, significando uma subida de 37,9 por cento, comparativamente ao período homólogo, para o que contribuiu a subida do «Crime de desobediência» e do de «Falsas declarações», respectivamente 38,7 por cento e 63,6 por cento. Revelou ainda que foram registados um total de 347 casos de «Crimes não classificados noutros grupos», significando uma descida de 16,4 por cento, sinalizando-se aqui, principalmente, casos de «aliciamento», «auxílio», «acolhimento» e «Emprego de imigrantes ilegais», os quais somaram, no primeiro trimestre deste ano, 123 casos, representando uma descida ligeira de 2,4 por cento, relativamente ao período homólogo. Referiu ainda que o “Tráfico de droga” e “Consumo de droga” registaram uma descida, respectivamente, de 50,9 por cento e 58,1 por cento. Wong Sio Chak indicou que no âmbito da “Delinquência Juvenil”, no primeiro trimestre deste ano, registaram-se 10 casos, menos seis, relativamente ao período homólogo, envolvendo 17 menores naqueles delitos. Explicou que, no primeiro trimestre deste ano, o número de imigrantes ilegais e as pessoas em excesso de permanência totalizou 8678 pessoas, o que representa uma descida de 31 por cento, dos quais: entrada ilegal de pessoas provenientes do Interior da China, 427 pessoas; excesso de permanência de titulares de Visto Individual, 1207 pessoas; excesso de permanência de titulares de outros documentos do Interior da China, 6358 pessoas e excesso de permanência de estrangeiros, 686 pessoas. O responsável destacou que além disso, entre Janeiro e Março deste ano, as operações conjuntas do Corpo de Polícia de Segurança Pública(CPSP) e da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) de combate às actividades de infracções dos taxistas, resultaram em 1724 autuações (um número que já ultrapassou o ano inteiro de 2014 com 1666 casos), dos quais 512 casos foram infracções por cobrança de preço elevado por serviços de táxi (correspondente a 29,7 por cento) e 381 casos foram de recuso de tomada de passageiros (correspondente a 22,1 por cento). Por último, Wong Sio Chak concluiu que os dados estatísticos, em geral, mostram que o primeiro trimestre, deste ano, apresenta uma subida na eficácia de execução, comparativamente com o período homólogo do ano passado, mas mesmo assim, reconhece haver falhas e espaço para melhoramento. Reiterou que as autoridades para a segurança continuam a prestar muita atenção à segurança de Macau e à tendência da criminalidade, implementando, especificamente, acções de prevenção e de combate ao crime, a fim de assegurar a estabilidade e o desenvolvimento de Macau.