Após vários anos de desenvolvimento o Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental (MIECF, na sigla inglesa), já se tornou numa plataforma internacional verde de alto nível, atraindo todos os anos inúmeros expositores e compradores, em parte devido ao grande número de produtos e serviços ambientais dos mais avançados aí expostos. Além disso, o evento cria oportunidades de cooperação entre as empresas locais e estrangeiras, proporcionando oportunidades ilimitadas de negócio. Participam nesta edição do MIECF mais de 450 expositores, provenientes de mais de 22 países e regiões. As províncias e regiões da Região do Grande Delta do Rio das Pérolas (conhecida por “9+2”) continuam a participar, instalando no recinto a sua própria zona de exposição. A par disso, estão também instalados no recinto, o Pavilhão temático e o Pavilhão e o Pavilhão dos Países/Regiões, onde se encontra também instalada as zonas de exposição do Ministério de Ciência e Tecnologia, da Região do Grande Delta do Rio das Pérolas, de Macau, zona internacional, do Pavilhão da Europa, Pavilhão dos EUA e ainda uma zona de expositores VIP. Os organismos e empresas provenientes de Portugal e do Brasil, ambos países de expressão portuguesa, também continuam a marcar presença nesta edição do MIECF. O Sr. Chan, de uma companhia de materiais de construção, que participa pelo segundo ano consecutivo no MIECF, disse que, no ano passado, não tinha qualquer experiência, mas que, através da Exposição Verde, bolsas de contacto e Fórum Verde, estabeleceu contactos com as outras empresas. Posteriormente, a referida empresa tornou-se a primeira companhia a construir habitações em Moçambique. Disse que o governo moçambicano dá muito valor aos materiais de construção dos projectos de habitação, pelo que a sua empresa concentra-se em encontrar empresas de materiais de construção verde para cooperação. Após um ano de esforço contínuo, a referida empresa conseguiu encontrar duas marcas de materiais de construção do Interior da China, acabando por celebrar com elas protocolos de cooperação, na edição anterior do MIECF, tornando-se o agente-geral das referidas marcas, em Macau, na África e nos Países de Língua Portuguesa. O Sr. Chan revelou que os produtos das referidas empresas foram utilizados nos projectos de construção em Moçambique e que a sua empresa tem dois projectos de construção habitacional naquele país africano. Explicando que um dos projectos, construção de resorts, já se encontra em curso e que o outro projecto se relaciona com a construção de um complexo habitacional com cinquenta mil fogos. Enfatiza que o governo moçambicano presta muita atenção aos materiais de construção verde e que os produtos de que é a sua empresa é agente são muito adequados em termos de preço/qualidade, pelo que se sente muito satisfeito em poder ser o agente daqueles dois produtos. O Sr. Chan observou que a sua participação na edição do MIECF do ano passado possibilitou a concretização da cooperação com as empresas do Interior da China e que as feiras de Macau, incluindo o MIECF e a Feira Internacional de Macau (MIF), desempenham um papel importante na ajuda às empresas locais a expandirem-se para o exterior. Frisou que os materiais de construção verde constituem a tendência de desenvolvimento futuro e que existe uma grande procura de tais materiais nos países em vias de desenvolvimento. Adiantou que a sua empresa irá primeiramente concluir o projecto em Moçambique, sendo o próximo passo a expansão para Timor-Leste, dado que se trata de uma nação nova e o único país de expressão portuguesa na Ásia, prevendo-se que o desenvolvimento de Timor-Leste no futuro irá necessitar de grande quantidade de materiais de construção verde. Por outro lado, os responsáveis de uma empresa do Interior da China, com capacidade para prestação de serviços de consultadoria, teste e certificação sobre a qualidade do ar para as construções, a Sra. Choi, Sr. Leong e Sr. Lau manifestaram que a sua empresa poderá prestar serviço de consultadoria e de certificação em regime de “agência única”, incluindo concepção das instalações, monotorização no local, realização de testes e certificação, análise de dados, monotorização e avaliação e certificação de construções verdes. No entender dos mesmos, todas as empresas esperam retornos dos seus investimentos, mas que é difícil quantificar os investimentos feitos para melhorar o ar no interior das construções, dado que a boa qualidade do ar poderá criar um ambiente de trabalho saudável e confortável para os seus colaboradores, protegendo a saúde dos mesmos. É, pois, difícil representar em número o retorno nesta área. Contudo, alguns locais concedem certas regalias às construções verdes. Deram como exemplo Hong Kong que se a construção obedecer a determinadas disposições pertinentes, poderá isentar determinado espaço de trabalho. As construções no Interior da China que atinjam determinados padrões beneficiam também de incentivos fiscais. Lembram que tudo isto constitue incentivos para os promotores construírem edifícios verdes, sendo exactamente este o serviço prestado pela referida empresa. Explicaram que a sua empresa já obteve a certificação emitida pelas autoridades competentes de Hong Kong, pelo que podem efectuar testes e emitir certificação sobre a qualidade do ar no interior dos prédios, cujos certificados são reconhecidos mundialmente, com validade para um ano, com vista a assegurar que a entidade certificada mantenha a qualidade do ar no interior das construções. De acordo com aqueles responsáveis, a participação no MIECF tem em mira dar a conhecer ao maior número de pessoas sobre os serviços prestados pela sua empresa, ao mesmo tempo que procuram compreender melhor o mercado, sendo esses os maiores retornos em participar no MIECF, e que, durante o evento, foram contactados por inúmeras pessoas, que pediram informações sobre os serviços prestados pela sua companhia, por isso acreditam que, através da participação no MIECF, terão a possibilidade de estabelecer contactos com outras empresas para prospecção de oportunidades de negócio. Além disso, realizou-se hoje o “encontro de rede de contactos do sector de construção”, para troca de informações entre os operadores do referido sector e de sectores inerentes, sobre a tecnologia avançada, tendo como alvo a exploração de oportunidades de negócio.
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