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Debates sobre a qualidade do ar no Fórum Verde

Intercâmbio entre a Dra. Gro Harlem Brundtland e os participantes durante a sessão especial de entrevista.

Decorreram, hoje (27 de Março), as actividades do segundo dia do Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental 2015 (2015MIECF, na sigla inglesa), cujo programa incluiu quatro sessões e um seminário em que os participantes proferiram palestras sobre a qualidade do ar e debateram o referido tema. Os participantes são da opinião que o Fórum Verde desempenhou satisfatoriamente a sua função de explorar as questões relacionadas com a qualidade do ar a nível mundial. Entre os temas de hoje destacaram-se as sessões “Área urbana limpa – experiências adquiridas e trajectórias futuras”, “Estratégias para minimizar as alterações climáticas – Inovação das políticas e tecnologias”, “Mesa redonda sobre Políticas de prevenção da poluição atmosférica e tecnologia de tratamento no Grande Delta do Rio das Pérolas” e ainda uma entrevista especial com a Dra. Gro Harlem Brundtland”. Na sessão intitulada “Área urbana limpa – experiências adquiridas e trajectórias futuras”, foram apresentados vários casos de sucesso de algumas cidades no estabelecimento de padrões de avaliação da qualidade do ar e debatidos os factores principais que reduzem a poluição do ar e as emissões de gases, sem afectar o crescimento económico. A palestra teve como orador principal o Prof. Hao Jiming, decano do Instituto de Ciências Ambientais e Engenharia da Universidade de Tsinghua, o qual explicou os trabalhos realizados a nível nacional para tratamento da poluição do ar, a moderar a sessão esteve Li Jinhui, professor catedrático da Faculdade do Ambiente da Universidade de Tsinghua. A sessão contou ainda com a presença de Feng Bo, director do Departamento de Ciência, Tecnologia e Padrões do Ministério de Protecção Ambiental da República Popular da China, Liu Wengqing, director do Instituto de Óptica e Mecânica Fina da Academia Chinesa de Ciências e Academia Chinesa de Engenharia, Elliot Treharne, gerente da Qualidade do Ar da Greater London Authority, Dave Ho Tak Yin, oficial principal da protecção do ambiente (Air Policy) do Departamento de Protecção Ambiental da Região Administrativa Especial de Hong Kong, e Jason Blake Cohen, professor-adjunto do Departamento de Engenharia Civil e do Ambiente da Universidade Nacional de Singapura. Na sua intervenção, o Prof. Hao Jiming disse ser necessário promover a revolução no consumo de energia, com vista a reduzir o consumo irracional de energia, no fornecimento de energia, com vista a criar sistemas de abastecimento diversificados, na tecnologia energética para elevar o nível daquele sector, no sistema de energia para abrir canais de fornecimento de energia, e, simultaneamente, promover a prevenção e tratamento das fontes móveis de poluição, sendo a poluição causada por veículos um dos desafios que a China enfrenta. Torna-se também necessário tratar da poluição móvel não rodoviária. No entender do Prof. Hao Jiming, o impulso à análise sobre o efeito da poluição do ar para a saúde humana será a força-motriz para promover a melhoria da qualidade do ar e reduzir a poluição. Pelo que, é necessário melhorar a precisão, confiabilidade e transparência das estações rodoviárias de monotorização do ar e, através do desenvolvimento de tecnologia, reduzir as emissões de dióxido de carbono, elevar a capacidade de certificação científica e capacidade de tomar decisões. Para controlar a poluição é necessário determinar metas de qualidade ambiental, além de esforços contínuos. Acrescentou que, só dessa forma, se pode esperar que haja uma melhoria da qualidade do ar. A sessão “Estratégias para minimizar as alterações climáticas – Inovação das políticas e tecnologias”, teve como moderador Ju Jixin do Secretariado da Comissão do Tufão da organização ESCAP/WMO, e contou com a presença dos seguintes palestrantes, Li Junfeng, director do Centro Nacional de Estratégia sobre Alterações Climáticas e Cooperação Internacional da República Popular da China, Ana Teresa Perez, membro da Direcção da Agência Portuguesa do Ambiente, I.P., de Portugal, Fong Soi Kun, director dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos de Macau, Zhang Feng, director-adjunto do Gabinete de Investigação sobre Políticas dos Serviços de Protecção Ambiental do Município de Pequim (China), Stefan M. Buettner, consultor sénior de Política da Parceria Internacional para Cooperação na Eficiência Energética (IPEEC) de França, o Prof. Gao Xiang, vice-presidente da Faculdade de Engenharia de Energia da Universidade de Zhejiang (China) e Jeff Swartz, director de Política Internacional da Associação Internacional do Comércio de Emissões (IETA, na sigla inglesa), da Suíça. Os participantes analisaram as diversas estratégias para mitigação das alterações climáticas, incluindo, promoção da inovação, transferência de tecnologia, políticas e estratégias de apoio, demonstração da influência na escolha de políticas de redução de emissões de gases, as melhores condições para formação, com vista a transformar as preocupações principais da redução de emissões de gases em estratégias de desenvolvimento sustentável. Consideram que Macau necessita de ampliar e reforçar os trabalhos de monotorização contínua da alteração climática e recolha das respectivas informações, com vista a criar uma base de dados perfeita, para proporcionar dados credíveis e suficientes para elaboração dos relatórios, projectos de investigação e formulação de políticas no futuro. Ao mesmo tempo, no tocante às áreas de vulnerabilidade de Macau propuseram estratégias para enfrentar alterações climáticas, e introduzir ajustamentos e melhoramentos em tempo oportuno. Sublinham a necessidade de aperfeiçoar o actual sistema de alarme de desastres naturais e de resposta às situações de emergência, com vista a enfrentar acontecimentos extremos e graves e ainda a escassez de água, em consequência das mudanças climáticas. Defendem a integração no plano de desenvolvimento social, o impacto da alteração climática e as respectivas estratégias de adaptação, de modo a melhorar a capacidade de toda a cidade em enfrentar alterações climáticas. A sessão especial de entrevista com Gro Harlem Brundtland, ex-primeira-ministra da Noruega, ex-presidente da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, conhecida por “Comissão Brundtland”, enviada especial da ONU, ex-directora geral da Organização Mundial de Saúde (WHO, na sigla inglesa), geralmente conhecida como a “Mãe” do desenvolvimento sustentável, foi moderada pelo reitor da Universidade de Macau, Zhao Wei. Na entrevista, Brundtland frisou que a alteração climática em todo o mundo sofre constantes mudanças e que os problemas estão a tornar-se cada vez mais desafiantes. Nesta circunstância, é necessário que todos os países assumam as suas próprias responsabilidades, cheguem a um consenso e estabeleçam objectivos, salientando que os problemas só poderão ser resolvidos com o esforço concertado de todos. Durante os dois dias em que decorreram o Fórum Verde, foram realizadas seis sessões e um seminário, o evento contou com mais de 50 especialistas em protecção ambiental, dirigentes de empresas multinacionais da indústria ambiental e decisores de políticas regionais, da China, Grã-Bretanha, França, Noruega, Portugal, Suíça, Singapura, Hong Kong e Macau, os quais proferiram palestras sobre este tema da actualidade que é a “qualidade do ar”. Segundo os participantes, o referido fórum desempenhou um papel relevante na exploração das várias questões relacionadas com a qualidade do ar em todo o mundo.

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