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Mensagem de condolências do Chefe do Executivo, Chui Sai On, pelo falecimento de Lei Seng Chong


Mensagem de condolências do Chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Macau, Chui Sai On, pelo falecimento de Lei Seng Chong, fundador e presidente do jornal Ou Mun, presidente do Grupo de Média e Cultura de Macau, vice-presidente da 1ª e 2ª Comissão para a Lei Básica de Macau do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional. É o seguinte o teor da mensagem: «Foi com consternação e surpresa que recebi a notícia do falecimento de Lei Seng Chong, pessoa que deixa enormes saudades e faz muita falta. Lei Seng Chong, figura incontornável no meio jornalístico e cultural de Macau, sustentáculo principal na defesa dos ideais de amor à Pátria e a Macau. O seu desaparecimento é uma grande perda, não apenas para sua família, mas também para a RAEM. Em nome do governo de Macau, e em meu próprio, apresento as mais sentidas condolências à família de Lei Seng Chong, com a esperança de que possa superar a dor da perda com a brevidade possível. O amor ao país e a dedicação à família constituíram referências para todos, cidadão respeitado e que deu um contributo fundamental à sua terra. Quando jovem, integrou a tropa do Rio das Pérolas nas operações do pelotão de resistência ao Japão da província de Guangdong, transferindo-se depois para o pelotão de Dongjiang, o que lhe permitiu vivenciar em primeira mão a Guerra contra os invasores nipónicos. Após a vitória regressou a Macau, abrindo uma livraria para vender publicações patrióticas – sempre com o objectivo de divulgar o amor à Pátria. Em 1958, fundou o jornal Ou Mun com amigos, ocupando cargos como os de editor-geral e director, o que lhe garantiu o estatuto de liderança no meio jornalístico. Lei Seng Chong foi presidente do Jornal Ou Mun e do Grupo de Média e Cultura de Macau e director de numerosas organizações culturais, vogal honorário da União dos Artistas e Literatos da China, vogal da Associação dos Escritores da China, vogal do conselho das Agências Noticiosas da China, presidente honorário da Associação dos Trabalhadores da Imprensa de Macau, presidente honorário da Associação dos Escritores de Macau e vogal do conselho de diversas escolas locais. Desempenhou um papel essencial e firme empenho no desenvolvimento da imprensa, cultura, educação de Macau, com méritos notáveis aos olhos de todos. Como sinal de reconhecimento, foi agraciado pela RAEM com as medalhas de honra de lótus e de grande lótus. As suas qualidades pessoais e morais, assim como o amor à Pátria e a Macau, definiram a sua conduta de vida. Não somente pelas experiências sangrentas de combate ao inimigo, onde manifestou coragem e vigor, mas também pela persistência, ao longo de uma vida, em carregar a justiça sobre ombros de ferro. Foi representante de Guandong no 7º Congresso Nacional Popular e representante da RAEM à 8ª e 9ª Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, assim como ao 9º Congresso Nacional Popular. Integrou a Comissão Redactora da Lei Básica da RAEM e a Comissão de Planejamento da RAEM. Ocupou o cargo de Vice-Presidente da 1ª e 2ª Comissão para a Lei Básica de Macau do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional. Participou na redação da Lei Básica da RAEM e do planeamento da Região Administrativa Especial, apoiando vivamente a construção da RAEM. Fê-lo, do início ao fim, por amor à Pátria, tornou-se um exemplo digno a ser seguido por todos. Desde há anos, o sr. Seng Chon dedicou-se de corpo e alma à causa do amor à Pátria e a Macau. Não apenas comandou uma empresa jornalística e mostrou o seu valor à frente de organizações culturais, como também possuía uma profunda cultura e seus artigos e ensaios produziam uma forte impressão em seus leitores. Como seu leitor fiel, aprendi muito com ele, ao longo de muitos anos. Aqueles que tiveram o prazer de privar com ele e criar laços de amizade sabem que era uma pessoa com enorme experiência e muitos talentos, conhecedor da história e do presente. Com uma personalidade multifacetada marcada por um fino senso de humor, que com as suas anedotas deixava lições profundas no ar e muito valiosas para os seus ouvintes. O que produzia maior efeito constructivo era o facto de que as fortes convicções patrióticas de Seng Chon estavam lastreadas numa estrita racionalidade, que permeava todo o seu pensamento. Particularmente digno de nota é que, malgrado ser uma pessoa de tanta experiência e senioridade, não havia qualquer marca de cerimónia no seu trato, oferecendo apoio e orientação aos mais jovens, protegendo-os, zelando por eles. Ao lembramo-nos do seu modo de ser e interagir com as pessoas, damo-nos conta da necessidade de aprender com seu exemplo. As bases lançadas pelo sr. Seng Chon para o jornalismo e cultura serão consolidadas. A causa de amor à Pátria e amor a Macau pela qual lutou deve ser herdada e desenvolvida por mais pessoas! Sr. Seng Chong, sentiremos a sua falta eternamente!» [Fim]



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