O secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, afirmou, hoje (20 de Dezembro), que os serviços da área da segurança dão grande importância à conduta e integridade do seu pessoal, defendem tolerância zero nas forças de segurança, e prometeu articular os trabalhos com a investigação dos órgãos judiciais e autoridades que executam a lei, com o objectivo de evitar lacunas e melhorar as orientações de trabalho. Aproveitou para revelar ainda que a discussão do novo modelo de controlo fronteiriço no Posto Fronteiriço Qingmao vai na direcção da adopção de um modelo de controlo único na passagem da fronteira, ou seja, os cidadãos estarão sujeitos a apenas a uma inspecção fronteiriça. Instado a comentar pela comunicação social casos que envolvem elementos das Forças de Segurança em situações ilegais, Wong Sio Chak, que assistiu, esta manhã, às comemorações do 16º aniversário da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), afirmou que as direcções de serviços da tutela da segurança e o Gabinete do Secretário para a Segurança não vão tolerar casos de «ovelhas negras» nos serviços, e perante situações problemáticas serão instaurados processos disciplinares para se averiguar e investigar as mesmas com justiça e rigor. Prometeu articular, de forma activa, com os trabalhos de investigação dos órgãos judiciais e autoridades que executam e aplicam a lei, e sempre que necessário, os elementos das Forças de Segurança sob investigação serão suspensos de funções preventivamente, ou ainda poderão ser aplicadas medidas disciplinares de acordo com as instruções dos órgãos judiciais. O mesmo responsável salientou que os serviços da área de segurança valorizam bastante a conduta e intregidade do seu pessoal e defendem tolerância zero para quaisquer actos ilegais. Relativamente a casos ocorridos anteriormente, Wong Sio Chak disse que não deve recear a denúncia de situações, reiterando mesmo que alguns deles foram denunciados pelos próprios serviços, atitude que foi de encontro à lei e disciplina. Acrescentou que alguns dos crimes cometidos não estão relacionados com as funções dos elementos das Forças de Segurança, contudo vai estar mais atento aos casos de corrupção relacionados com as funções que o pessoal desempenha. Garantiu que cada um dos casos será avaliado e que irá procurar quais os motivos e razões que levaram ao crime e revelçou que irá rever os actuais procedimentos da execução da lei e mecanismo de fiscalização, com o objectivo de evitar lacunas na aplicação da lei, e ainda melhorar as respectivas orientações de trabalho para prevenir casos do género. Quanto à forma de passagem no Posto Fronteiriço Qingmao, o mesmo responsável afirmou que a passagem fronteiriça não é apenas a verificação do documento de identificação, mas também envolve vários trabalhos de diferentes áreas, por exemplo, a discussão de pormenores nos trabalhos de inspecção alfandegária e sanitária. Adiantou que as duas partes já definiram que será adoptado o controlo único na passagem da fronteira e que ambas as partes vão discutir esta matéria de forma mais estreita. Acrescentou que durante o processo irão auscultar opiniões da sociedade de forma abrangente. O mesmo responsável revelou estar previsto que as obras deste novo posto fronteiriço arranquem no terceiro trimestre de 2017 e, por isso, existe ainda tempo suficiente para acompanhar os trabalhos acima mencionados. Prometeu divulgar à sociedade, em tempo oportuno, assim que houver novas informações. Entretanto, no que se refere à circulação de veículos automóveis com matrícula de Macau na Ilha de Hengqin (Ilha da Montanha), o secretário disse que este é um assunto que compete às autoridades da China interior e os Serviços de Alfândega de Macau apenas coordenam áreas como o sistema informático e recursos humanos. Interpelado sobre a escolha do novo director dos Serviços de Alfândega, Wong Sio Chak adiantou que a decisão cabe ao Chefe do Executivo e Governo Central, e agora para que os trabalhos dos referidos serviços seguiam o normal funcionamento, ele acumula as funções conforme instrução do Chefe do Executivo.
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