De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) no 3.º trimestre de 2015, a duração média mensal da carteira de encomendas das empresas inquiridas foi de 2,16 meses, representando um decréscimo de 33,5% e 11,8% em relação ao trimestre anterior (3,25 meses) e ao período homólogo do ano passado (2,45 meses), respectivamente. A carteira de encomendas detidas pelos sectores de “Produtos Farmacêuticos”, “Vestuário e Confecções”, “Outros Sectores” e “Equipamentos Electrónicos/Eléctricos” foi de 3,32, 2,81, 1,91 e 1,45 meses. No que diz respeito aos mercados de destino das exportações, da análise ao índice geral da situação de encomendas trimestral por mercados, as empresas inquiridas consideram em geral que o Interior da China é o mercado com performance relativamente melhor, apresentando o índice de 20,4, enquanto os outros países da região da Ásia-Pacífico apresentam piores performance na sequência da fraca carteira de encomendas. No contexto das perspectivas de exportações para os próximos seis meses, o número das empresas inquiridas que antecipavam uma perspectiva optimista foi de 6,2%, menos de 14,2 pontos percentuais face ao trimestre anterior (20,4%) e menos de 23,1 pontos percentuais perante o mesmo período do ano passado (29,3%). Destas empresas inquiridas, 1,3% previam um forte aumento e 4,9% um ligeiro crescimento nas exportações. O conjunto das empresas que antecipavam uma evolução menos favorável foi de 34,6%, correspondendo a uma subida de 22,2 e 13,6 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior (12,4%) e ao mesmo período do ano passado (21%). Entre estas, 32,6% apontaram para um ligeiro decréscimo e 2% para um forte declínio. As empresas que previam uma situação semelhante decresceram de 67,2% no trimestre anterior, para 59,2% neste trimestre, representando um descida de 8 pontos percentuais. Estes dados traduzem uma diminuição da confiança das empresas em relação às exportações no futuro. No tocante ao mercado de emprego, as empresas inquiridas indicaram que o número de trabalhadores diminuiu ligeiramente 2% comparativamente ao trimestre anterior, mas aumentou 16,7% face ao período homólogo do ano passado. Por outro lado, 61,4% das empresas inquiridas afirmaram terem enfrentado falta de trabalhadores, nível ligeiramente inferior a 67,6% e 63,4% verificados, respectivamente, no trimestre anterior e no mesmo período do ano passado. Tudo isso implica uma ligeira redução na procura de trabalhadores na indústria transformadora; enquanto 69,9% das empresas inquiridas de “Outros Sectores” manifestaram haver uma notável procura de trabalhadores, o que significa que há uma grande procura de mão-de-obra neste sector. Com base nos resultados do Inquérito, de entre os problemas que afectam as actividades de exportação, 18,3% das empresas exportadoras consideram “Insuficiência de Trabalhadores” como o maior problema que estão a encarar, enquanto 11,4% apontaram para “Preços Elevados das Matérias-Primas”, 10,1% para “Insuficiente Volume de Encomendas” e 7% para “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro”. Além disso, durante o exercício das actividades exportadoras no 3.º trimestre de 2015, as empresas inquiridas que chegaram a enfrentar problemas relacionados com “Preços Elevados das Matérias-Primas” e “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro” foram de 58,2% e 54,3%, respectivamente, e as que enfrentaram “Insuficiência de Trabalhadores”, “Salários Elevados” e “Insuficiente Volume de Encomendas” foram de 32,3%, 24,3% e 12,3%. Para os próximos três meses, 43,4% das empresas inquiridas preocupam-se principalmente com “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro”, seguindo-se de “Preços Elevados das Matérias-Primas” (39,6%), “Insuficiência de Trabalhadores” (24,5%) e “Salários Elevados” (19,6%).