A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) disponibiliza os resultados do Inquérito às Necessidades de Mão-de-obra e às Remunerações referentes ao terceiro trimestre de 2015, sendo o âmbito estatístico neste trimestre as “indústrias transformadoras”, os “hotéis”, os “restaurantes e similares”, os “seguros”, as “actividades de intermediação financeira”, a “produção e distribuição de electricidade, gás e água”, as “creches” e os “serviços de idosos”. Todavia, o objecto estatístico exclui os trabalhadores por conta própria, os mediadores e os agentes não directamente vinculados às companhias de seguros. No fim do terceiro trimestre deste ano, o número de trabalhadores a tempo completo que laboravam nos “hotéis” (50.132) e nos “restaurantes e similares” (27.709) aumentou 10,0% e 16,3%, respectivamente, em termos anuais, devido à entrada em funcionamento de novas instalações do sector do jogo e turismo. Em Setembro a remuneração média (excluindo as participações nos lucros e os prémios) dos ramos de actividade económica respectivos correspondeu a 16.460 e 9.200 Patacas, respectivamente, ou seja, mais 4,5% e 3,8%. As “indústrias transformadoras” e a “produção e distribuição de electricidade, gás e água” empregavam, respectivamente, 9.229 e 1.076 trabalhadores a tempo completo, números próximos aos registados no trimestre homólogo de 2014. A respectiva remuneração média atingiu 9.780 e 29.020 Patacas, respectivamente, tendo crescido 1,3% e 4,4%, em termos anuais. Nos “seguros” laboravam 506 trabalhadores a tempo completo (+6,8% em termos anuais), cuja remuneração média alcançou 24.400 Patacas, isto é, aumentou 5,7%, em termos anuais. Tinham ao serviço nas “actividades de intermediação financeira” 389 trabalhadores a tempo completo, número próximo ao verificado no trimestre homólogo de 2014, cuja remuneração média atingiu 14.180 Patacas, isto é, mais 8,1%. As “creches” e os “serviços de idosos” empregavam 1.151 e 662 trabalhadores a tempo completo, respectivamente, representando acréscimos de 18,2% e 5,9%, em termos anuais. A respectiva remuneração média dos trabalhadores a tempo completo foi de 12.640 e 12.320 Patacas, respectivamente, aumentando 7,1% e 8,0%. Relativamente ao número de vagas, no fim do terceiro trimestre os “hotéis” (1.624), “restaurantes e similares” (2.192) e “indústrias transformadoras” (1.021) apresentaram descidas face ao período homólogo do ano passado. Por outro lado, observou-se que 75,7% de postos vagos nas “indústrias transformadoras” e 72,6% de vagas nos “restaurantes e similares” requeriam apenas um nível académico inferior ou equivalente ao ensino secundário geral. O domínio do mandarim e inglês era exigido nas vagas das “actividades de intermediação financeira”, enquanto o conhecimento das línguas de mandarim e inglesa era exigido, respectivamente, em 80,0% e 47,2% das vagas nos “hotéis”. Durante o terceiro trimestre, a taxa de vagas (3,1%) e a taxa de rotatividade de trabalhadores (5,2%) nos “hotéis”, desceram 2,5 e 0,1 pontos percentuais, respectivamente, em termos anuais. Por seu turno, a taxa de recrutamento (8,3%) subiu 1,4 pontos percentuais, indiciando o preenchimento de algumas vagas existentes neste ramo de actividade económica. Nos “restaurantes e similares”, a taxa de vagas (7,3%) e a taxa de rotatividade de trabalhadores (6,6%) desceram 4,3 e 1,1 pontos percentuais, respectivamente, em termos anuais, indiciando uma ligeira melhoria em termos de perda de recursos humanos no ramo de actividade económica respectivo. O número de participantes em cursos de formação profissional aumentou consideravelmente, devido à entrada em funcionamento de novos estabelecimentos hoteleiros. Assim, havia 95.716 participantes (equivalentes a um aumento substancial de 330,0%) em cursos de formação proporcionados pelos seus estabelecimentos empregadores no terceiro trimestre (nomeadamente em cursos organizados pelos estabelecimentos, ou, realizados em conjunto com outras instituições, ou ainda, subsidiados pelos estabelecimentos). Refira-se que 92.451 formandos de “hotéis” participaram em cursos de formação, predominando 68,1% em cursos de “serviços” e 18,3% em cursos de “comércio e gestão”. Destes participantes, 99,8% frequentaram cursos dentro do seu horário laboral. No que concerne ao pagamento, os encargos de formação de mais de 70% dos trabalhadores na participação de cursos da maioria dos ramos de actividade económica foram suportados pelos estabelecimentos empregadores respectivos, enquanto a mesma percentagem supracitada das “indústrias transformadoras” e das “creches” representou apenas 51,1% e 26,4%, respectivamente.
Resultados do inquérito às necessidades de mão-de-obra e às remunerações referentes ao 3º trimestre de 2015
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