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RAEM pretende desenvolver a economia em três áreas

Chefe do Executivo, Chui Sai On, na sessão plenária na AL

O Chefe do Executivo, Chui Sai On, reiterou, hoje (18 de Novembro), que mantem-se prudente mas optimista sobre o futuro desenvolvimento da economia de Macau, e que o governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) perante a estabilidade financeira, irá continuar a empenhar-se no apoio ao desenvolvimento da indústria de jogo e a integração do sector não-jogo, promovendo assim a diversificação adequada da economia, reforçando a cooperação regional, entre outras linhas da acção governativa a serem levadas a cabo. Os três elementos referidos contribuirão para a economia de Macau e para que esta possa ser concretizada e reforçada, é necessário acumular a reserva de quadros de talentos locais, elevando assim as oportunidades de emprego e criando meios para a progressão nas carreiras tanto vertical como horizontalmente. Chui Sai On esteve presente na sessão de perguntas e respostas sobre o relatório das Linhas de Acção Governativa, na Assembleia Legislativa (AL) para o ano financeiro de 2016. Na ocasião, referiu que a economia de Macau entre 2003 e 2014 registou um desenvolvimento acelerado, e que se encontra num ajustamento profundo, todavia o governo mantem-se optimista e prudente sobre a situação geral da encomia e assim prevê-se que a taxa de inflação para o próximo ano possa reduzir-se até 4% e a taxa de desemprego mantem-se abaixo de 2%. O dirigente disse ainda que o governo irá cumprir escrupulosamente o que está estipulado na Lei Básica, ou seja, «segue o princípio de manutenção das despesas dentro dos limites das receitas, procurando alcançar o equilíbrio entre as receitas e as despesas», mas mantendo a prudência, o governo não terá grandes expectativas em relação às receitas voltarem para os mesmos números da altura em que o desenvolvido do território estava no auge, razão pela qual mantem-se conservador em relação às mesmas, assim, prevê-se que a receita bruta 2016 possa atingir os 200 mil milhões de patacas, ou seja cerca de 16,6 mil milhões por mês. Relativamente ao saldo acumulado para este ano, desde Janeiro até Outubro, este atingiu 30 mil milhões, mas como até ao final do ano ainda será necessário fechar as contas, prevê-se que o saldo total do ano seja superior a 20 mil milhões. Fazendo uma retrospectiva, o Chefe do Executivo disse que após mais de dez anos de crescimento acelerado, Macau pôde acumular riqueza, sendo a reserva básica, extraordinária e cambial de cerca de 570 mil milhões. De um modo geral, a RAEM não possui nem emitiu títulos de dívidas, por isso o governo vive numa situação financeira estável podendo fazer previsões para o futuro. O mesmo dirigente acrescentou que para promover o desenvolvimento da economia, o governo vai avançar com três medidas. Primeira: reforçar o apoio à integração do sector jogo e não jogo, cujos resultados já estão à vista, após a entrada em funcionamento de alguns projectos a nível internacional, dos elementos de jogo e não jogo, as percentagens são respectivamente 2/3 e 1/3. Entretanto, em relação aos postos de trabalho na área de jogo e não-jogo, quando estava no auge a situação era de 9 por 1, actualmente o valor está mais próximo, 5.5 por 4.5. Disse ainda que a indústria de jogo, como sector predominante, ocupa um espaço de extrema importância e por essa razão, o governo está a proceder à revisão intercalar da mesma, para que o sector tenha um desenvolvimento saudável. Segunda: promover a diversificação adequada da economia por forma a obter maiores resultados no desenvolvimento, apoiar as indústrias criativas, a medicina tradicional chinesa, os serviços de ponta, o desenvolvimento de indústria de convenções e exposições. Terceira: Macau terá que envolver-se na cooperação regional, reforçando a economia regional, desempenhado o papel de “Um Centro e Uma Plataforma” e participar activa e claramente, com o apoio do governo central, na cooperação regional nomeadamente no desenvolvimento da ilha de Hengqin (Ilha de Montanha ) e Nansha de Guangdong. Chui Sai On afirmou que o desenvolvimento da economia não foge de um elemento de extrema importância que é a reserva de quadros talentosos, nomeadamente a formação de quadros para postos de trabalho no sector não jogo. Reiterou que o governo irá fazer o seu trabalho e além de garantir emprego aos locais, irá também apoiar, através de formação, a progressão nas carreiras tanto vertical como horizontalmente. O Chefe do Executivo frisou que dará continuidade no reforço de apoio às Pequenas e Médias Empresas (PMEs) locais, criando mais medidas que beneficiam as mesmas para que tenham mais condições, que os negócios tenham melhor ambiente para prosperar e aproveitar as políticas e recursos já existentes e assim impulsionar a cooperação regional entre PMEs e jovens. Disse ainda que para desenvolver a economia comunitária, prevê-se que no próximo ano sejam introduzidos grandes apoios por forma a incentivar o consumo e apoiar as PMEs. Relativamente ao Fundo para o Desenvolvimento do Investimento da RAEM, Chui Sai On, referiu que independentemente de se tratar de economia global, asiática ou local, por mais que sejam complexas e encontrem-se em mudanças, em qualquer investimento existe risco. Macau pertence a um sistema micro económico e as reservas não foram fáceis de obter, por isso o Governo irá assumir uma postura responsável e através de pontos de vistas prudentes, estáveis e de baixo risco espera-se que os investimentos realizados tenham o capital protegido, lucros e dos quais sejam possíveis desistir a qualquer momento. No futuro, a forma como o governo irá investir as reservas extraordinárias, será submetido certamente à apreciação da AL conforme estipulado na lei. Durante a sessão plenária na AL, o Chefe do Executivo respondeu a perguntas de 30 deputados, cujo conteúdo recaiu sobre políticas de habitação, recursos de terras, trânsito e transportes, fiscalização das obras públicas, inovação urbanística, reforma na administração pública, regime de responsabilização, funcionários públicos, agentes da Força Segurança, construção de uma cidade inteligente, jurisdição do território marítimo, indústrias criativas e culturais, políticas de desporto, assistência médica, ensino sobre a pátria, reestruturação dos órgãos consultivos, desenvolvimento tecnológico, entre outros.

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