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Investigação profunda da morte de Lai Man Wa

Gabinete do Porta-voz do Governo organiza conferência de imprensa para apresentar procedimentos das exéquias de Lai Man Wa, directora-geral dos Serviços de Alfândega

O Gabinete do Porta-voz do Governo do Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) realizou, hoje (3 de Novembro) uma conferência de imprensa, onde divulgou os procedimentos das exéquias e o andamento da investigação à de morte Lai Man Wa. A conferência foi presidida pelo porta-voz do Governo, Victor Chan, e contou ainda com a presença de o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, Comandante-geral dos Serviços de Polícia Unitários, Ma Io Kun, director da Polícia Judiciária, Chau Wai Kuong e médico legista do Centro Hospitalar do Conde de São Januário (CHCSJ), O Heng Wa. No início da conferência, Victor Chan divulgou os procedimentos das exéquias de Lai Man Wa, explicando que as cerimónias fúnebres começam, amanhã (4 de Novembro), na casa mortuária Kiang Vu, seguindo, no dia 5 de Novembro (quinta-feira) para o cemitério de S. Miguel Arcanjo. E acrescentou que devido à circulação de muitas notícias sobre a morte da directora-geral, gostaria de aproveitar esta oportunidade para esclarecer algumas dúvidas do público, passando a palavra ao secretário Wong Sio Chak. O secretário para a Segurança, por sua vez, apontou que devido à atenção que diversos sectores da sociedade e comunicação social estão a dar ao caso, e para esclarecer algumas dúvidas, bem como satisfazer o direito de acesso à informação da população, divulgou, sob autorização do Ministério Público (MP), a ocorrência do incidente, explicando de forma sucinta as informações do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), Corpo de Bombeiros (CB) e Polícia Judiciária (PJ): às 13:24h do dia 30 de Outubro de 2015 a Senhora Lai, transportada pelo seu condutor na viatura oficial, chegou ao edifício onde reside no Jardim dos Oceanos. Às 14:35h do mesmo dia a Senhora Lai, levando a mala identificada no presente caso, saiu da porta do edifício que fica do lado do arruamento interno. Às 14:37h do mesmo dia passou sozinha pela porta do edifício adjacente e dirigiu-se ao local de incidente. Às 15:30h desse mesmo dia uma senhora telefonou para a linha de emergência 999 do CPSP dizendo que encontrou uma senhora deitada no chão e havia sangue no chão numa casa de banho do referido local. Às 15:33h o CPSP comunicou ao CB para deslocação de uma ambulância ao local. Às 15:35h a ambulância deslocou-se ao local do incidente chegando aí às 15:38h. Às 15:40h o pessoal do CB chegou junto da pessoa deitada no chão tendo de imediato efectuado os procedimentos de emergência no local do incidente. Às 15:54h a ambulância transportou a senhora Lai para as urgências do CHCSJ. Pelas 16:03h a ambulância chegou às urgências do CHCSJ tendo sido prestados de imediato à Senhora Lai os tratamentos de emergência. Pelas 16:41h, o CHCSJ declarou a morte da Senhora Lai. O mesmo responsável anunciou que, até ao momento, não foram encontradas outras evidências ou factos suficientes para contrariar a conclusão preliminar da investigação feita pela PJ e análises efectuadas pelo médico legista, que indicam tratar-se de suicídio. Garantiu que todos os procedimentos realizados seguiram a vias formais e habituais conforme as orientações internas e legislação vigente. Sublinhou que não há qualquer intenção de esconder os factos reais, nem de impedir a cobertura noticiosa por parte da comunicação social. Considerou tratar-se de uma acusação injusta aos polícias. Frisou que, tanto o governo da RAEM, como a polícia ou os Serviços de Saúde não estão esconder absolutamente nada. Todavia, acrescentou que o governo da RAEM e a polícia entendem a atenção do público a este caso, pelo que os serviços em causa irão iniciar uma investigação pormenorizada para esclarecer todas as dúvidas do público, cujos resultados serão divulgados posteriormente. Também presente na ocasião, O Heng Wa revelou que, na tarde do dia 30 de Outubro, recebeu o corpo e começou a analisá-lo na emergência do hospital, chegando à conclusão preliminar que a causa da morte da directora-geral teria sido por asfixia. De seguida, com a autorização do MP, iniciou a autópsia, confirmando que a causa da morte foi asfixia e por não haver indícios de crime classificou-se como suicídio. O Heng Wa complementou que a análise à urina de Lai Man Wa registou uma reação positiva perante Benzodiazepine (grupo de fármacos ansiolíticos e para relaxantes musculares). Além disso, o Comandante-geral dos Serviços de Polícia Unitários, Ma Io Kun, apontou que na manhã do dia 30 de Outubro teve um contacto telefónico com a directora-geral, mas que não detectou qualquer sinal de que alguma coisa se passava.

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